Na primeira parábola de hoje, temos a
exposição de como o Reino se expande com uma força que não depende dos
homens, mas do próprio Deus. Poderíamos dizer que a Palavra descreve sua
força interna.
Na segunda parábola, encontramos a visão
externa do Reino. Seu crescimento seria espetacular, desde um pequeno
grupo insignificante – como é a semente de mostarda que se parece com a
cabeça de um alfinete -, até uma árvore, que nada tem a invejar aos
carrascos da Palestina.
Uma certeza é evidente: o Reino é uma
realidade que não se pode ser ignorada. Mas em que ele consiste? Jesus
não revela Sua essência, mas, devido ao nome, estamos inclinados a
afirmar que o Reino, como nova instituição, é uma irrupção da presença
de Deus na história humana.
Numa época em que revoluções externas e
lutas pelo poder estavam unidas a uma teocracia religiosa, era perigoso
anunciar a natureza verdadeira do Reino. Daí que só as externas
qualidades dele tenham sido descritas de modo a não levantar reações
violentas. O Reino sofrerá violências, mas não será o violentador.
Nessa parábola, Jesus encoraja a
esperança de sua comunidade. Qual é a semelhança entre o Reino de Deus e
um grão de mostarda? Ambos parecem quase nada, insignificantes no
começo, mas tornam-se muito grandes em seus resultados.
Agora, olhemos para nossa realidade.
Podemos dizer que vivemos numa sociedade caracterizada pela cultura do
“instantâneo” e do espetáculo, pela qual a proposta de um Reino que se
inicia pequenino, mas cresce lentamente, quase sem se perceber, é, sem
dúvida, contracultural. Por isso, as parábolas de Jesus são um convite,
ou melhor, uma proposta ousada que requer a resposta dos ouvintes. Em
primeiro lugar, convida-nos a erguer os olhos e ver os campos, pois já
branquejam para a ceifa, propõe-nos descobrir o que já está crescendo
lentamente, florescendo silenciosamente e até dando fruto ao nosso
redor.O fruto do reino de Deus aparece lentamente.Quando menos esperamos
algo acontece.Por sermos cristãos, temos uma força advinda do reino da
qual não nos damos conta. Deus se dá a conhecer por sua força
libertadora que se encontra em cada cristão. Senhor,dá-nos sensibilidade
para perceber Teu Reino acontecendo no meio de nós e que possamos a
cada dia lutar para a construção de uma sociedade mais justa, humana e
fraterna.Louvor e Glória ao Senhor!
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