“Cristo”, sinônimo de “Messias” ou
“Ungido”, é um título aplicado, abundantemente, a Davi, ou a um de seus
descendentes, no Antigo Testamento, estando associado à ideia de um
chefe poderoso e dominador.
“Por isso eu te digo que tu és Pedro,
e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno
nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). A Igreja é imortal e seu fundamento deve perdurar sempre.
Nós católicos temos a certeza e o orgulho
de sermos a única Igreja cristã edificada sobre o fundamento rochoso,
sobre Pedro (ver Mt 7,24). Daí que nós, simples e humildemente, nos
orgulhamos em afirmar: “Onde está Pedro, aí está a Igreja!”
Deixemos a primeira pergunta: “Quem dizem os homens que eu sou?”. Respondamos a segunda pergunta: “E vós?”. Hoje, não é suficiente a resposta de Pedro: “O Messias, o esperado de Israel”. A nossa deveria ser: “O Filho de Deus encarnado, ‘que se entregou e morreu por nós’” (cf. Gl 2,20). Por isso, vivemos a vida presente pela fé no Filho de Deus.
Na verdade, essa imagem de Cristo, que
levamos dentro de nós desde o batismo, está destroçada ou escurecida.
Como poderemos ser apóstolos se não sentimos Sua presença dentro de nós?
Como “vender um produto” do qual não estamos, nós mesmos, convencidos?
A resposta de Jesus, dada a Simão, indica
que a nossa resposta, admitindo Seu senhorio total como Messias e Filho
de Deus, é também um dom do céu. Não seremos os chefes, como Pedro, mas
a Igreja estará fundada em nós e nas nossas famílias.
Além de Cristo, como figura central,
temos Pedro como figura destacada por duas razões: por sua fé em Jesus e
por sua lista de serviços como chefe da comunidade. A revelação de
confessar Jesus como Messias, Filho de Deus, é um dom do Pai, e isso
serve para todos nós. A chefia da comunidade eclesial é própria dele
[Pedro] e continua em seus sucessores através dos séculos. A eles
pertence o poder das chaves, jurídico e doutrinal, como o entende a
Igreja Católica. Não foi dado este poder aos outros discípulos e,
portanto, devemos distingui-lo do poder evangelizador e de governo dado
ao resto dos apóstolos, do qual todos nós participamos como discípulos e
missionários de Jesus Cristo com uma missão específica.
Que os dois pilares da Igreja, Pedro e
Paulo, intercedam por cada um de nós a fim de que sejamos
verdadeiramente discípulos e missionários, exercendo as nossas tarefas
diárias e professando a nossa fé em Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova
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