Tomé, um dos doze apóstolos,
chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Só este discípulo
estava ausente. Ao voltar e ouvir contar o que acontecera, negou-se a
acreditar no que ouvia. Veio outra vez o Senhor e apresentou ao
discípulo incrédulo o Seu lado para que ele pudesse tocar, mostrou-lhe
as mãos e também a cicatriz das Suas chagas. O Senhor curou a ferida
daquela incredulidade.
Tudo isto não aconteceu por acaso, mas
por disposição da Providência Divina. A bondade de Deus atuou de modo
admirável, a fim de que aquele discípulo que duvidara, ao tocar as
feridas do corpo do seu Mestre, curasse as feridas da nossa
incredulidade. Mais proveitosa foi para a nossa fé a incredulidade de
Tomé do que a fé dos discípulos que não duvidaram; porque, enquanto ele é
reconduzido à fé, porque pode tocar, a nossa alma põe de parte toda a
dúvida e confirma-se na fé. Deste modo, o discípulo que duvidou e tocou,
tornou-se testemunha da realidade da ressurreição. Tocou e exclamou: “Meu Senhor e meu Deus!” Disse-lhe Jesus: “Porque me viste, Tomé, acreditaste”.
A fé é o fundamento dos bens que se
esperam, a prova das realidades que não se vêem, torna-se claro que ela é
a prova da verdade daquelas coisas que não podemos ver. Pois aquilo que
se vê já não é objeto de fé, mas de conhecimento direto. Então, se Tomé
viu e tocou, porque é que lhe diz o Senhor: “Porque me viste, acreditaste”?
É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser
vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e fez a profissão de
fé na Sua divindade exclamando: “Meu Senhor e meu Deus!” Portanto, tendo visto acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver.
Muita alegria nos dá o que se segue: “Felizes os que não viram e acreditaram”. Por
esta frase, não há dúvida que somos nós especialmente visados, pois não
O vimos em Sua carne, mas O possuímos no nosso espírito. Somos nós
visados, desde que as obras acompanhem a nossa fé. Na verdade, só
acredita verdadeiramente aquele que procede segundo a fé que professa.
A partir da dúvida de Tomé, já não há
mais motivos para duvidarmos da presença operante de Cristo Divino entre
nós. Ele pode tudo e quer nos retirar da morte do corpo e nos dar a
vida eterna. Jesus quer nos revestir de um corpo glorioso como o d’Ele.
Com Tomé, digamos: “MEU SENHOR E MEU DEUS!” Louvor e Glória ao Senhor!
Por :Padre Bantu Mendonça - Canção Nova
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