Meus irmãos, São
Paulo escrevendo à comunidade de Corinto, faz uma exortação bem atual:
“Irmãos, no que tenho a dizer-vos, eu não vos louvo, pois vossas reuniões
não têm sido para o vosso bem, mas para o mal. Com efeito, e em primeiro lugar,
ouço dizer que, quando vos reunis em assembleia, têm surgido divisões entre vós.
E, em parte, acredito” (I Cor 11,17-18).
A Eucaristia não
divide, ela nos une. E isto é muito sério! Será que – como ensina o apóstolo –
as nossas celebrações podem ser elogiadas? Será que, quando vamos celebrar a
Eucaristia, não temos nos fechado, de forma egoísta em nosso
“mundinho”?
A Palavra de
Deus vem nos questionar neste início de semana. A palavra “Eucaristia” significa
“ação de graças”. Temos participado da Eucaristia com um coração
agradecido?
Não podemos nos
apresentar diante do Senhor com um coração soberbo. Faz-se necessário a
humildade diante d’Aquele que detém todo o poder: Deus. É o que vemos no
Evangelho de hoje.
Aquele oficial
romano sabia que não era digno de se encontrar com o Senhor. De fato, ele tinha
uma autoridade própria decorrente da sua atividade como oficial militar, mas ele
não se apegou a isso. Aquele homem vivia uma fé humilde.
Eu peço, hoje,
ao Senhor esta graça: uma fé humilde como a daquele oficial romano.
Hoje é um dia
para refletirmos sobre como temos trabalhado nossa fé. Se, de fato, ela é uma fé
humilde, de confiança. E esta fé exige também um esforço da nossa parte,
portanto, nada de “moleza”, meus irmãos!
Quantos são
aqueles que vão participar da Santa Eucaristia com uma pressa enorme! O mundo em
que vivemos nos leva a sermos apressados. E, infelizmente, trazemos toda essa
pressa também para a nossa vida espiritual. Conheci uma pessoa que disse
conseguir rezar as “Mil Ave-Marias” em apenas uma hora. Meu Deus! O que é
isso?
Essa pressa toda
é prejudicial à fé. Porque somos tão apressados, não conseguimos mais esperar em
Deus.
Hoje, refletindo
sobre tudo isso, que você possa dizer a exemplo daquele oficial romano:
“Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa”
(Lc 7,6). Abra as portas do seu coração e deixe o Senhor agir do jeito
d’Ele e não do seu jeito. Peça a graça de ter um coração aberto à humildade, a
graça da disposição em viver bem a Santa Missa. E não queira nada
apressadamente. Saiba “degustar” tudo aquilo de maravilhoso que o Senhor lhe
oferece neste dia.
Padre
Toninho - Comunidade Canção Nova
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