Nesta
sexta-feira, 12 de outubro, o Santo Padre recebeu em audiência, no
Vaticano, o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I e os
bispos que participaram do Concílico Ecumênico Vaticano II, e os
Presidentes de Conferências Episcopais.
O Papa ainda almoçou com os Padres
Sinodais, com os bispos que participaram do Concílio Ecumênico Vaticano
II, e com os Presidentes de Conferências Episcopais, cerca 500 pessoas.
Presentes também o Patriarca Bartolomeu I e o Arcebispo anglicano,
Willians.
No seu discurso aos Padres Conciliares e
aos presidentes das Conferências Episcopais o Santo Padre afirmou que
nos seus rostos via também os centenas de bispos que em todas as regiões
da terra estão comprometidos no anúncio do Evangelho e no serviço à
Igreja e ao homem, em obediência ao mandato recebido de Cristo.
São muitas as recordações que vêem à
nossa mente – continuou o Papa – e que cada um tem bem guardado no
coração daquele período tão vivaz, rico e fecundo que foi o Concílio.
Gostaria de recordar de como uma palavra, lançada pelo Beato João XXIII
quase de modo programático, retornava continuamente nos trabalhos
conciliares: a palavra “atualização”.
Passados 50 anos da abertura daquele
solene Encontro da Igreja alguém poderia se perguntar se aquela
expressão, não teria sido, talvez no início, não muito feliz. Creio –
disse Bento XVI –, que o Beato João XXIII queria com aquela palavra era
exato e ainda o é hoje. O Cristianismo não deve ser considerado como
“algo do passado”, nem deve ser vivido com o olhar perenemente dirigido
“para trás”, porque Jesus Cristo é ontem, hoje e para sempre. O
Cristianismo é marcado pela presença do Deus eterno, que entrou no tempo
e está presente em todos os tempos, para que cada tempo surja do seu
poder criador, do seu eterno “hoje”.
Por isso o Cristianismo é sempre novo,
continuou o Santo Padre. Nós não o devemos jamais vê-lo como uma árvore
plenamente desenvolvida como o grão de mostrada evangélico, que cresce,
dá frutos e um dia envelhece e chega ao fim a sua energia vital. O
Cristianismo é uma árvore em perene “aurora”, sempre jovem. E esta
atualidade, esta “atualização” não significa ruptura com a tradição, mas
exprime a contínua vitalidade; não significa reduzir a fé, abaixando-se
aos modismos dos tempos, ao que nós gostamos, ao que a opinião pública
gosta, mas é o contrário: exatamente como fizeram os Padres conciliares,
devemos levar o “hoje” que vivemos à medida do evento cristão, devemos
levar o “hoje” do nosso tempo no “hoje” de Deus.
O Concílio foi um tempo de graça no qual
o Espírito Santo nos ensinou que a Igreja, no seu caminho na história,
deve sempre falar ao homem contemporâneo, mas isso pode ocorrer somente
através da força daqueles que têm raízes profundas em Deus, se deixam
guiar por Ele e vivem com pureza a sua fé; não vem de quem se adapta ao
momento que passa, de quem escolhe o caminho mais cômodo.
O Papa concluiu afirmando que o Ano da
fé que teve início nesta quinta-feira nos sugere o melhor modo para
recordar e comemorar o Concílio: concentrar-se no coração da sua
mensagem, que é a mensagem da fé em Cristo, único Salvador do mundo,
proclamada ao homem do nosso tempo.
POR: CNBB/RADIO VATICANO
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