segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Relembre as principais ações do Papa Bento XVI em 2012


Um ano vivido intensa e corajosamente. Em 2012, Bento XVI realizou duas viagens internacionais: a primeira, ao México e Cuba, e a segunda, ao Líbano. Fez quatro visitas à Itália, entre as quais às vítimas do terremoto da região da Emilia Romagna.
Participou do Encontro Mundial da Família, realizado em Milão, abriu o Ano da Fé e presidiu o Sínodo dos Bispos dedicado à nova evangelização. Ademais, o Papa aderiu ao Twitter e publicou o terceiro e último volume sobre a figura de Jesus de Nazaré.
Fé, família e paz foram alguns dos temas comumente mais presentes em seu Magistério neste ano que viu também um forte compromisso seu em favor da transparência no Vaticano.
Pastor manso, firme e corajoso. Em 2012, um ano particularmente intenso também em nível pessoal, Bento XVI enfrentou com decisão os desafios apresentados para a vida da Igreja, ad intra e ad extra.
A começar por suas viagens internacionais, que dão novamente esperança às populações encontradas. Em março, o Pontífice voltou ao subcontinente latino-americano, visitando o México e Cuba.
Em terra mexicana – com tons que recordam o apelo de João Paulo II contra a máfia, em Agrigento, sul da Itália – denunciou a violência, a corrupção e o narcotráfico. Em terra cubana, ao invés, pediu coragem às autoridades de Havana e da comunidade internacional:
"Cuba e o mundo precisam de mudanças, mas elas existirão" somente se cada um se interrogar sobre a verdade e "se decidir a tomar o caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade."
E justamente no signo da reconciliação deu-se a histórica viagem apostólica ao Líbano, em setembro. Numa região dilacerada pela violência, com a Síria martirizada com a guerra civil, o Santo Padre fez-se peregrino de paz. Foi marcante o encontro de Bento XVI com os jovens sírios, cristãos e muçulmanos, aos quais dedicou palavras de coragem e esperança:
"É preciso que todo o Oriente Médio, olhando para vocês, compreenda que os muçulmanos e os cristãos, o Islã e o Cristianismo, podem viver juntos sem ódio, no respeito pelo credo de cada um, para construir juntos uma sociedade livre e humana."
A visita ao Líbano abraçou idealmente toda a região. De fato, o motivo da visita foi a entrega da Exortação apostólica pós-sinodal "Ecclesia in Medio Oriente", fruto do Sínodo dos Bispos médio-orientais realizado no Vaticano em outubro de 2010.
Este ano, ao invés, foi a vez da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, cuja edição foi dedicada à nova evangelização. Trata-se de um tema particularmente importante para Bento XVI que, para enfrentar esse desafio pastoral imperioso para a Igreja, criou um dicastério ad hoc.
O Papa reiterou com veemência que a Igreja "existe para evangelizar" e que todos os batizados são chamados ao compromisso da evangelização:
"Todos os homens têm o direito de conhecer Jesus Cristo e o seu Evangelho; e a isso corresponde o dever dos cristãos, de todos os cristãos – sacerdotes, religiosos e leigos –, de anunciar a Boa Notícia." (Missa de encerramento do Sínodo, 28 de outubro de 2012)
O Ano da Fé – convocado por Bento XVI no quinquagésimo aniversário de abertura do Concílio Vaticano II e no vigésimo aniversário de promulgação do Catecismo da Igreja Católica – está ligado ao tema da nova evangelização.
E na visita ao Santuário de Loreto, nas pegadas de João XXIII, o Papa confiou este Ano da Fé a Maria. "Se hoje a Igreja propõe um Ano da Fé e a nova evangelização, não é para honrar uma data, mas porque é necessário fazê-lo, mais ainda do que 50 anos atrás!", afirmou o Pontífice.
E ressaltou que a Igreja é chamada a fazer regredir o processo de "desertificação espiritual":
"Eis então como podemos representar este Ano da Fé: uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, no qual carregar consigo somente aquilo que é essencial: nem bastão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; tampouco tenhais duas túnicas – como diz o Senhor aos Apóstolos enviando-os em missão (cfr Lc 9,3) –, mas o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II são expressão luminosa." (Missa de abertura do Ano da Fé, 11 de outubro de 2012)
O 2012 de Bento XVI foi também fortemente marcado pelo empenho em favor da valorização da família, sempre mais ameaçada como recordou, inclusive, no discurso natalino dirigido à Cúria Romana.
Em maio, em Milão, celebrou-se o VII Encontro Mundial das Famílias. A eles, pais e filhos, o Papa confiou uma tarefa extraordinária: vocês, afirmou, são "a única força que verdadeiramente pode transformar o mundo".
O grande encontro permanece memorável também nas palavras que o Pontífice dirigiu, com amor paterno, aos casais separados:
"Parece-me uma grande tarefa de uma paróquia, de uma comunidade católica, fazer realmente o possível a fim de que tais casais sintam-se amados, aceitos, sintam que não estão 'fora', embora não possam receber a absolvição e a Eucaristia; devem ver que mesmo assim vivem plenamente na Igreja." (Festa dos testemunhos, 2 de junho de 2012).
Em Milão a dimensão da visita foi mais internacional que italiana, por outro lado, o Santo Padre fez outras três visitas na Itália: a Loreto, como recordado no contexto do Ano da Fé e do 50º aniversário do Concílio; a Arezzo e San Sepolcro e, sobretudo, às vítimas do terremoto na Emilia Romagna e da Lombardia. Em Rovereto di Novi, um dos centros mais atingidos pelo abalo sísmico, o Papa comovido assegurou a proximidade espiritual e concreta da Igreja:
"A Igreja faz-se próxima a vocês e o será com a oração e com a ajuda concreta das suas organizações, em particular da Caritas, que se empenhará também na reconstrução do tecido comunitário das paróquias." (Visita a Rovereto di Novi, 26 de junho de 2012)
Neste ano, o Papa publicou também um Motu proprio sobre o serviço da caridade e outro que instituiu a Pontifícia Academia de Latinidade. Elevou à honra dos altares sete novos Santos e proclamou "Doutores da Igreja" São João d'Ávila e Santa Ildegarda de Bingen.
Ademais, criou 28 cardeais, em dois consistórios: um em fevereiro, e o outro em novembro. Entre as nomeações importantes destaca-se a de Dom Gerhard Ludwig Müller a prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Foi um ano também de sofrimento para o Papa, que se viu traído em sua própria casa. Em maio foi detido seu mordomo por apropriar-se de documentos pessoais depois difundidos na mídia. Foi o cume do chamado "Vatileaks" que registrou um processo e uma condenação a Paulo Gabriele, ao qual Bento XVI concedeu a graça poucos dias antes do Natal. No auge do doloroso episódio, o Santo Padre confiou aos fiéis os seus sentimentos. É grande a amargura, mas não prevalece:
"Os eventos ocorridos nestes dias acerca da Cúria e meus colaboradores trouxeram tristeza ao meu coração, mas jamais foi ofuscada a firme certeza de que apesar da fraqueza do homem, as dificuldades e as provações, a Igreja é conduzida pelo Espírito Santo e o Senhor jamais deixará faltar-lhe o seu auxílio para sustentá-la em seu caminho." (Audiência geral, 30 de maio de 2012)
Bento XVI pediu transparência também na administração do Ior (Instituto para Obras de Religião). Tratou-se de um processo que levou a resultados significativos. De fato, em julho, a autoridade europeia "Moneywal" julgou positivamente as medidas tomadas no Vaticano para a prevenção à lavagem de dinheiro.
Ao longo do ano, o sétimo de seu Pontificado, Bento XVI não poupou energias para anunciar o Evangelho ao maior número possível de pessoas. E o fez nas celebrações, nas audiências e nos encontros, visitando paróquias, cárceres e institutos caritativos.
Por fim, teve bom êxito também a publicação do livro "A infância de Jesus", com o qual o Papa concluiu a sua trilogia sobre Jesus de Nazaré. Um presente para todos aqueles, fiéis e não somente, que se encontram em busca da verdade.
Texto: Rádio Vaticano

Aquiraz celebra festa de São Sebastião


Cartaz_Isabel300Começará no próximo dia 10 de janeiro, em Aquiraz, a festa de São Sebastião na Paróquia de São José de Ribamar, Região Episcopal São Pedro e São Paulo. O tema da festa é “com são Sebastião testemunhemos a fé assumindo a nossa missão”. A festa terá encerramento no dia 20 com uma procissão às 17 horas e Missa solene às 18h30min presidida pelo pároco Padre Robério e concelebradas pelos padres Luiz Gilderlane, Vigário Paroquial de Aquiraz, e Jairo Barbosa Leite, da Comunidade Shalom – Aquiraz. Após a Santa Missa acontecerá o momento cultural com leilão, barracas, parque de diversões e rifão. Leia aqui toda a programação. 
Informações (85) 3361 11 22 ou 3361 25 80 ou ainda: paroquiaaquiraz@gmail.com

domingo, 30 de dezembro de 2012

Comunidade Católica Shalom prepara Réveillon da Paz 2013

reveillon400A tradicional festa da Comunidade Católica Shalom retorna para a Praia do Futuro.
Dê uma virada na sua vida. É com este tema que a Comunidade Católica Shalom realiza no dia 31 de dezembro a 14ª edição do Réveillon da Paz, que em 2011 foi realizado na antiga Casa de Show Arena e, nesta edição, retorna à Praia do Futuro onde se tornou conhecido. A festa acontecerá na barraca Solarium e é aberta ao público em geral. Terá início às 21h.
O Réveillon contará com shows de Suely Façanha, Missionário Shalom, Misericórdia em Canção e a banda de pagode Shalom God. O ponto alto do encontro é a virada do ano diante do Santíssimo Sacramento, conduzido pelo Padre Antonio Furtado. “É o momento mais emocionante da noite. Colocamo-nos todos diante do Santíssimo Sacramento e fazemos um momento intenso de preces. Ali temos uma verdadeira experiência com a Paz que tanto pedimos e, entregamos nas mãos de Deus o ano vindouro na certeza da bênção da Deus”, explica Tobias Cortez, da organização do evento.
O Réveillon da Paz acontece desde 1998. A princípio era reservado à comunidade, hoje se tornou programa cultural de virada de ano para milhares de pessoas e famílias que desejam iniciar o ano sob a bênção de Deus pedindo pela Paz. A entrada é gratuita e a organização do evento oferece aos que desejarem serviço de buffet completo através da venda de mesas para quatro pessoas e cadeiras individuais.
Serviço
Réveillon da Paz – Uma virada na sua vida
Local: Praia do Futuro – Barraca Solarium (Av. Zezé Diogo, 5851)
Dia: 31 de dezembro de 2012
Horário: A partir das 21h
Entrada: Gratuita
Mesas:
2º lote – até dia 30 de dezembro: 4 pessoas (R$ 250,00) Com buffet completo
Cadeira individual: (R$ 70,00) Com buffet completo
3º lote – Dia 31 de dezembro: 4 pessoas (R$ 300,00) Com buffet completo
Cadeira individual: (R$ 80,00) Com buffet completo
Venda de mesas e cadeiras enquanto durar o estoque.
Mais informações: 85 3295.4583 / eventosfortaleza@comshalom.org
Por: Vanderlúcio Souza, assessor de imprensa da Comunidade Católica Shalom

A Sagrada Família


Sagrada Família Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.

Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:

O exemplo de Nazaré:

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.

João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:

A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja...

A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.


Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

Primeira leitura (Eclesiástico 3,3-7.14-17a)

Sagrada Família: Jesus, Maria, José

Leitura do Livro do Eclesiástico:
3Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. 4Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana. 5Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. 6Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. 7Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe. 14Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. 15Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita ao teu pai não será esquecida, 16mas servirá para reparar os teus pecados 17ae, na justiça, será para tua edificação.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Segunda leitura (Colossenses 3,12-21)



Sagrada Família: Jesus, Maria, José

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:

Irmãos: 12Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também.
14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.
15Que a paz reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos.
16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças.
17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.
18Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.
19Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas.
20Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor.
21Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

(Salmos 127)



Sagrada Família: Jesus, Maria, José


— Felizes os que temem o Senhor/ e trilham seus caminhos!
— Felizes os que temem o Senhor/ e trilham seus caminhos!

— Feliz és tu, se temes o Senhor/ e trilhas seus caminhos!/ Do trabalho de tuas mãos hás de viver,/ serás feliz, tudo irá bem!
— A tua esposa é uma videira bem fecunda/ no coração da tua casa;/ Os teus filhos são rebentos de oliveira/ ao redor de tua mesa.
— Será assim abençoado todo homem/ que teme o Senhor./ O Senhor te abençoe de Sião,/ cada dia de tua vida!

Um Pouco de Reflexão

Da gruta de Belém, onde naquela Noite Santa nasceu o Salvador, o olhar volta-se hoje para a humilde casa de Nazaré, para contemplar a Santa Família de Jesus, Maria e José, cuja festa celebramos, no clima festivo e familiar do Natal.
O Redentor do mundo quis escolher a família como lugar do seu nascimento e do seu crescimento, santificando assim esta instituição fundamental de todas as sociedades. O tempo passado em Nazaré, o mais longo da sua existência, permanece envolto por uma grande discrição e dele poucas notícias nos são transmitidas pelos evangelistas. Se, porém, desejamos compreender mais profundamente a vida e a missão de Jesus, devemos aproximar-nos do mistério da Santa Família de Nazaré para ver e ouvir. A liturgia de hoje oferece-nos para isso uma oportunidade providencial.
A humilde casa de Nazaré é para todo o crente, e especialmente para as famílias cristãs, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiramos a realização do projeto divino de fazer da família uma íntima comunidade de vida e de amor; aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser pequena «igreja doméstica», onde devem resplandecer as virtudes evangélicas. Recolhimento e oração, compreensão mútua e respeito, disciplina pessoal e ascese comunitária, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade são traços típicos que fazem da família de Nazaré um modelo para todos os nossos lares.
Desejei realçar estes valores na Exortação apostólica «Familiaris Consortio». O futuro da humanidade passa pela família que, nos tempos de hoje, mais do que qualquer outra instituição, foi assinalada por profundas e rápidas transformações da cultura e da sociedade. A Igreja, porém, nunca deixou de fazer chegar «a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do matrimônio e da família, procura vivê-lo fielmente; a quem, incerto e ansioso, anda à procura da verdade e a quem é injustamente impedido de viver livremente o próprio projeto familiar» (Familiaris consortio, 1). Ela dá conta da sua responsabilidade e deseja continuar, ainda hoje, «a oferecer o seu serviço a cada homem interessado nos caminhos do matrimônio e da família»
Para realizar esta sua ingente missão, a Igreja conta de modo especial, com o testemunho e contribuição das famílias cristãs. Melhor ainda, «perante os perigos e dificuldades que a instituição familiar atravessa, ela convida a um suplemento de audácia espiritual e apostólica, na consciência de que as famílias são chamadas a ser ‘sinal de unidade para o mundo’, e a testemunhar ‘o Reino e a paz de Cristo, para os quais o mundo inteiro caminha’» (ibid. 48).
Os cristãos, recorda o Concílio Vaticano II, atentos aos sinais dos tempos, devem promover «ativamente o bem do matrimônio e da família, quer pelo testemunho da sua vida pessoal, quer pela ação harmônica com todos os homens de boa vontade» (Gaudium et spes, 52). É necessário proclamar com alegria e coragem o Evangelho da família.
Jesus, Maria e José abençoem e protejam todas as famílias do mundo, para que nelas reinem a serenidade e a alegria, a justiça e a paz, que Cristo, ao nascer, trouxe como dom à humanidade.
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova


Evangelho (Lucas 2,41-52)

Sagrada Família: Jesus, Maria, José


— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:
— “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.
49Jesus respondeu:
— “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”
50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas. 52E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens
 - Palavra da Salvação. - Glória a vós, Senhor

sábado, 29 de dezembro de 2012

O Ano Novo

padre-Brendan200Estamos iniciando o ano 2013. Como será este ano novo? Deixamos de lado a futurologia e a astrologia. Deixamos de lado também o fatalismo do simples “como Deus quiser”. Nós cristãos procuremos compreender, à luz dos mandamentos e dos planos do criador, que, sem em nada diminuir a fé em Deus e o abandono em sua santa vontade e imperscrutáveis desígnios, o futuro deve ser por nós construídos. Não há dúvida que o futuro não se adivinhe, mas se edifica. O amanhã depende do acerto das nossas opções de hoje. O ano 2013 será aquilo que nós faremos. Acreditamos em Deus e na sua soberania, mas não nos deixamos ficar num passivo providencialismo ou num fatalismo acomodado. Se tudo depende de Deus, tudo depende também de nós.
O 1º. de janeiro é a Festa da Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria, e um dos títulos de Maria é Nossa Senhora da Paz. O primeiro de janeiro também é o Dia Mundial da Paz e da Fraternidade. No início de cada ano a Igreja Católica procura trazer à consciência de cada pessoa cristã a importância da paz e o dever de preservá-la. A melhor maneira de assegurar a paz é trabalhar pela justiça. A paz é o vértice de todos os bens terrenos. Sem ela perdem substância todas as conquistas do homem em seus mais variáveis setores. Hoje há uma enorme falta de paz no mundo e no Brasil. Basta ver o crescimento vertiginoso de todo tipo de violência: assassinatos, estupros, seqüestros, prostituição infantil, drogas, abortos, pedofilia, furtos e divórcios etc. para confirmar essa afirmação. Inicialmente ligados à paz estão os direitos humanos. Manter a paz à custa dos direitos humanos é uma contradição em termos. Onde hoje há a insana repressão dos direitos humanos, amanhã haverá toda forma de violência e, finalmente, a convulsão social. Obviamente não podemos contar com todos para preservar a paz, mas com as pessoas de boa vontade que realmente formam a maior parte das comunidades. Pessoas firmemente dispostas a preservá-la, constituem uma grande defesa e estímulo para a paz. A tranqüilidade no lar, a harmonia entre as gerações e a concórdia dos povos entre si, serão alcançadas pelos esforços dos homens, mas necessitam do Espírito vivificador de Deus. No Sermão da Montanha Cristo disse: “Bem aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 9).
A existência de milhões de empobrecidos em nosso país nos envergonha no início de mais um ano. A Igreja Católica no Brasil olha o conjunto do país a partir das massas sobrantes da modernização, e aponta a solidariedade, a união e a organização do povo como o caminho para uma sociedade mais democrática e não excludente em 2013. Que este ano novo então seja um ano de paz, alegria e abundância para todos, digo isso dedicando lhes as palavras de uma antiga benção irlandesa, minha terra natal: “Que o caminho seja brando a teus pés; que o vento sopre leve em teus ombros; que o sol brilhe cálido sobre tua face; que as chuvas caiam serenas nos campos; e até que, de novo, eu te veja, que Deus te guarde na palma de sua mão”.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista, professor titular aposentado da UFC e assessor da CNBB Reg. NE1

Bento XVI: “Onde Deus é esquecido, não existe paz”


PAPA_NATAL“A rejeição a Deus pelo mundo contemporâneo leva à rejeição do outro, principalmente dos mais vulneráveis”. Foi uma das advertências feitas pelo Papa durante a tradicional Missa do Galo, segunda-feira, 24 de dezembro, na Basílica de São Pedro.
“Estamos completamente ‘cheios’ de nós mesmos, de modo que não resta qualquer espaço para Deus; deste modo, a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os estrangeiros, os refugiados, os imigrantes ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós?” – questionou o Papa na missa, concelebrada no Altar da Confissão por cerca de 30 cardeais.
No início da cerimônia, de mais de duas horas, acompanhada por um coral em latim, música de órgão e som de trombetas, Bento XVI percorreu a Basílica de São Pedro sobre uma plataforma móvel, saudando e abençoando os fiéis que o aplaudiam.
“Correntes de pensamento muito difundidas afirmam que a religião, em particular o monoteísmo, seria a causa da violência e das guerras no mundo; que seria preciso libertar a humanidade da religião para se estabelecer a paz; que o monoteísmo, a fé em um único Deus, seria prepotência, motivo de intolerância, já que por sua natureza tentaria se impor a todos com a pretensão da única verdade”.
“É certo que o monoteísmo serviu durante a história como pretexto para a intolerância e para a violência” – esclareceu o Pontífice, continuando: “É verdade que uma religião pode se desviar e chegar a se opor à natureza mais profunda quando o homem pensa que deve tomar em suas mãos a causa de Deus, fazendo de Deus sua propriedade privada. Devemos estar atentos contra a distorção do sagrado”.
A este respeito, Bento XVI definiu a violência em nome de Deus como uma “doença da religião”:
“Mas mesmo que seja incontestável um certo uso indevido da religião na história, não é verdade que o “não” a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, se extingue também a dignidade divina do homem”, concluiu Bento XVI
Em seguida, o Papa convidou os fiéis a “irem ‘virtualmente’ a Belém, aos lugares onde o Senhor viveu, trabalhou e sofreu:
“Rezemos nesta hora pelas pessoas que atualmente vivem e sofrem em Belém. Rezemos para que lá haja paz. Rezemos para que israelenses e palestinos possam conduzir sua vida na paz do único Deus e na liberdade. Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, etc. – para que lá se consolide a paz. Que os cristãos possam conservar suas casas naqueles países onde teve origem a nossa fé; que cristãos e muçulmanos construam, juntos, seus países, na paz de Deus”.
Publicamos a seguir a íntegra da homilia proferida por Bento XVI na Missa do Galo, na noite desta segunda, 24, na Basílica de São Pedro. A tradução em português é de autoria da Secretaria de Estado do Vaticano.
“Amados irmãos e irmãs!
A beleza deste Evangelho não cessa de tocar o nosso coração: uma beleza que é esplendor da verdade. Não cessa de nos comover o facto de Deus Se ter feito menino, para que nós pudéssemos amá-Lo, para que ousássemos amá-Lo, e, como menino, Se coloca confiadamente nas nossas mãos. Como se dissesse: Sei que o meu esplendor te assusta, que à vista da minha grandeza procuras impor-te a ti mesmo. Por isso venho a ti como menino, para que Me possas acolher e amar.
Sempre de novo me toca também a palavra do evangelista, dita quase de fugida, segundo a qual não havia lugar para eles na hospedaria. Inevitavelmente se põe a questão de saber como reagiria eu, se Maria e José batessem à minha porta. Haveria lugar para eles? E recordamos então que esta notícia, aparentemente casual, da falta de lugar na hospedaria que obriga a Sagrada Família a ir para o estábulo, foi aprofundada e referida na sua essência pelo evangelista João nestes termos: «Veio para o que era Seu, e os Seus não O acolheram» (Jo 1, 11).
Deste modo, a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os prófugos, os refugiados, os imigrantes ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós? Temos tempo e espaço para Ele? Porventura não é ao próprio Deus que rejeitamos? Isto começa pelo facto de não termos tempo para Ele. Quanto mais rapidamente nos podemos mover, quanto mais eficazes se tornam os meios que nos fazem poupar tempo, tanto menos tempo temos disponível.
E Deus? O que diz respeito a Ele nunca parece uma questão urgente. O nosso tempo já está completamente preenchido. Mas vejamos o caso ainda mais em profundidade. Deus tem verdadeiramente um lugar no nosso pensamento? A metodologia do nosso pensamento está configurada de modo que, no fundo, Ele não deva existir. Mesmo quando parece bater à porta do nosso pensamento, temos de arranjar qualquer raciocínio para O afastar; o pensamento, para ser considerado «sério», deve ser configurado de modo que a «hipótese Deus» se torne supérflua. E também nos nossos sentimentos e vontade não há espaço para Ele. Queremo-nos a nós mesmos, queremos as coisas que se conseguem tocar, a felicidade que se pode experimentar, o sucesso dos nossos projetos pessoais e das nossas intenções. Estamos completamente «cheios» de nós mesmos, de tal modo que não resta qualquer espaço para Deus. E por isso não há espaço sequer para os outros, para as crianças, para os pobres, para os estrangeiros.
A partir duma frase simples como esta sobre o lugar inexistente na hospedaria, podemos dar-nos conta da grande necessidade que há desta exortação de São Paulo: «Transformai-vos pela renovação da vossa mente» (Rm 12, 2). Paulo fala da renovação, da abertura do nosso intelecto (nous); fala, em geral, do modo como vemos o mundo e a nós mesmos. A conversão, de que temos necessidade, deve chegar verdadeiramente até às profundezas da nossa relação com a realidade. Peçamos ao Senhor para que nos tornemos vigilantes quanto à sua presença, para que ouçamos como Ele bate, de modo suave mas insistente, à porta do nosso ser e da nossa vontade. Peçamos para que se crie, no nosso íntimo, um espaço para Ele e possamos, deste modo, reconhecê-Lo também naqueles sob cujas vestes vem ter connosco: nas crianças, nos doentes e abandonados, nos marginalizados e pobres deste mundo.
Na narração do Natal, há ainda outro ponto que gostava de refletir juntamente convosco: o hino de louvor que os anjos juntam à sua mensagem acerca do entoam depois de anunciar o Salvador recém-nascido: «Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens do seu agrado». Deus é glorioso. Deus é pura luz, esplendor da verdade e do amor. Ele é bom. É o verdadeiro bem, o bem por excelência. Os anjos que O rodeiam transmitem, primeiro, a pura e simples alegria pela percepção da glória de Deus. O seu canto é uma irradiação da alegria que os inunda. Nas suas palavras, sentimos, por assim dizer, algo dos sons melodiosos do céu. No canto, não está subjacente qualquer pergunta sobre a finalidade; há simplesmente o facto de transbordarem da felicidade que deriva da percepção do puro esplendor da verdade e do amor de Deus. Queremos deixar-nos tocar por esta alegria: existe a verdade; existe a pura bondade; existe a luz pura.
Deus é bom; Ele é o poder supremo que está acima de todos os poderes. Nesta noite, deveremos simplesmente alegrar-nos por este facto, juntamente com os anjos e os pastores.
E, com a glória de Deus nas alturas, está relacionada a paz na terra entre os homens. Onde não se dá glória a Deus, onde Ele é esquecido ou até mesmo negado, também não há paz. Hoje, porém, há correntes generalizadas de pensamento que afirmam o contrário: as religiões, mormente o monoteísmo, seriam a causa da violência e das guerras no mundo; primeiro seria preciso libertar a humanidade das religiões, para se criar então a paz; o monoteísmo, a fé no único Deus, seria prepotência, causa de intolerância, porque pretenderia, fundamentado na sua própria natureza, impor-se a todos com a pretensão da verdade única.
É verdade que, na história, o monoteísmo serviu de pretexto para a intolerância e a violência. É verdade que uma religião pode adoecer e chegar a contrapor-se à sua natureza mais profunda, quando o homem pensa que deve ele mesmo deitar mão à causa de Deus, fazendo assim de Deus uma sua propriedade privada. Contra estas deturpações do sagrado, devemos estar vigilantes. Se é incontestável algum mau uso da religião na história, não é verdade que o «não» a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, apaga-se também a dignidade divina do homem. Então, este deixa de ser a imagem de Deus, que devemos honrar em todos e cada um, no fraco, no estrangeiro, no pobre. Então deixamos de ser, todos, irmãos e irmãs, filhos do único Pai que, a partir do Pai, se encontram interligados uns aos outros.
Os tipos de violência arrogante que aparecem então com o homem a desprezar e a esmagar o homem, vimo-los, em toda a sua crueldade, no século passado. Só quando a luz de Deus brilha sobre o homem e no homem, só quando cada homem é querido, conhecido e amado por Deus, só então, por mais miserável que seja a sua situação, a sua dignidade é inviolável. Na Noite Santa, o próprio Deus Se fez homem, como anunciara o profeta Isaías: o menino nascido aqui é «Emmanuel – Deus-connosco» (cf. Is 7, 14). E verdadeiramente, no decurso de todos estes séculos, não houve apenas casos de mau uso da religião; mas, da fé no Deus que Se fez homem, nunca cessou de brotar forças de reconciliação e magnanimidade. Na escuridão do pecado e da violência, esta fé fez entrar um raio luminoso de paz e bondade que continua a brilhar.
Assim, Cristo é a nossa paz e anunciou a paz àqueles que estavam longe e àqueles que estavam perto (cf. Ef 2, 14.17). Quanto não deveremos nós suplicar-Lhe nesta hora! Sim, Senhor, anunciai a paz também hoje a nós, tanto aos que estão longe como aos que estão perto. Fazei que também hoje das espadas se forjem foices (cf. Is 2, 4), que, em vez dos armamentos para a guerra, apareçam ajudas para os enfermos. Iluminai a quantos acreditam que devem praticar violência em vosso nome, para que aprendam a compreender o absurdo da violência e a reconhecer o vosso verdadeiro rosto. Ajudai a tornarmo-nos homens «do vosso agrado»: homens segundo a vossa imagem e, por conseguinte, homens de paz.
Logo que os anjos se afastaram, os pastores disseram uns para os outros: Coragem! Vamos até lá, a Belém, e vejamos esta palavra que nos foi mandada (cf. Lc 2, 15). Os pastores puseram-se apressadamente a caminho para Belém – diz-nos o evangelista (cf. 2, 16). Uma curiosidade santa os impelia, desejosos de verem numa manjedoura este menino, de quem o anjo tinha dito que era o Salvador, o Messias, o Senhor. A grande alegria, de que o próprio anjo falara, apoderara-se dos seus corações e dava-lhes asas.
Vamos até lá, a Belém: diz-nos hoje a liturgia da Igreja. Trans-eamus – lê-se na Bíblia latina – «atravessar», ir até lá, ousar o passo que vai mais além, que faz a «travessia», saindo dos nossos hábitos de pensamento e de vida e ultrapassando o mundo meramente material para chegarmos ao essencial, ao além, rumo àquele Deus que, por sua vez, viera ao lado de cá, para nós. Queremos pedir ao Senhor que nos dê a capacidade de ultrapassar os nossos limites, o nosso mundo; que nos ajude a encontrá-Lo, sobretudo no momento em que Ele mesmo, na Santa Eucaristia, Se coloca nas nossas mãos e no nosso coração.
Vamos até lá, a Belém! Ao dizermos estas palavras uns aos outros, como fizeram os pastores, não devemos pensar apenas na grande travessia até junto do Deus vivo, mas também na cidade concreta de Belém, em todos os lugares onde o Senhor viveu, trabalhou e sofreu. Rezemos nesta hora pelas pessoas que actualmente vivem e sofrem lá. Rezemos para que lá haja paz. Rezemos para que Israelitas e Palestinianos possam conduzir a sua vida na paz do único Deus e na liberdade. Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, etc. – para que lá se consolide a paz. Que os cristãos possam conservar a sua casa naqueles países onde teve origem a nossa fé; que cristãos e muçulmanos construam, juntos, os seus países na paz de Deus.
Os pastores apressaram-se… Uma curiosidade santa e uma santa alegria os impelia. No nosso caso, talvez aconteça muito raramente que nos apressemos pelas coisas de Deus. Hoje, Deus não faz parte das realidades urgentes. As coisas de Deus – assim o pensamos e dizemos – podem esperar. E todavia Ele é a realidade mais importante, o Único que, em última análise, é verdadeiramente importante. Por que motivo não deveríamos também nós ser tomados pela curiosidade de ver mais de perto e conhecer o que Deus nos disse? Supliquemos-Lhe para que a curiosidade santa e a santa alegria dos pastores nos toquem nesta hora também a nós e assim vamos com alegria até lá, a Belém, para o Senhor que hoje vem de novo para nós. Amém.
Por Rádio Vaticano

Bento XVI convida cristãos a serem testemunhas convictas e corajosas

PAPA_CONVIDAAo meio-dia da última quarta-feira, 26 de dezembro, Bento XVI assomou à janela de seus aposentos – que dá para a Praça São Pedro – para a oração do Angelus.
A exemplo de Santo Estevão, “dar um testemunho convicto e corajoso”: foi o convite do Pontífice, na oração mariana, a todos os cristãos.
“Primeiro mártir”, “homem cheio de graça”, o diácono Santo Estevão “operou, falou e morreu animado pelo Espírito Santo, testemunhando o amor de Cristo até o extremo sacrifício”, realizando plenamente – recordou Bento XVI – a promessa de Jesus àqueles “fiéis chamados a dar testemunho em circunstâncias difíceis e perigosas, não serão abandonados e indefesos”. Toda a vida de Santo Estevão “é inteiramente plasmada por Deus, conformada a Cristo”, e, como Ele, soube perdoar os seus inimigos: “Senhor – pediu no momento da morte –, não lhe impute este pecado”.
“Deixar-se atrair por Cristo, como fez Santo Estevão, significa abrir a própria vida à luz que a evoca, a orienta e a faz percorrer o caminho do bem, o caminho de uma humanidade segundo o desígnio de amor de Deus.”
Santo Estevão “modelo para todos aqueles que querem colocar-se a serviço da nova evangelização”.
“Ele demonstra que a novidade do anúncio não consiste primariamente no uso de métodos ou técnicas originais, que certamente têm a sua utilidade, mas no ser repleto do Espírito Santo e deixar-se conduzir por Ele.”
E, portanto, “a novidade do anúncio está na profundidade da imersão no mistério de Cristo, na assimilação da sua Palavra…”
“Substancialmente, o evangelizador torna-se capaz de levar Cristo aos outros de modo eficaz quando vive de Cristo, quando a novidade do Evangelho se manifesta em sua própria vida.”
Em seguida, o Papa fez uma invocação a Nossa Senhora:
“Rezemos à Virgem Maria, a fim de que a Igreja, neste Ano da Fé, veja multiplicarem-se os homens e as mulheres que, como Santo Estevão, sabem dar um testemunho convicto e corajoso do Senhor Jesus.”
Após a oração mariana, o Pontífice saudou, em várias línguas, os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro e a todos desejou “uma boa festa, na luz e na paz do Natal do Senhor”.
Eis o que disse na saudação aos fiéis e peregrinos de língua portuguesa:
“Com afeto, saúdo também os peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta vinda a Roma encha de paz e alegria natalícia os vossos corações, com uma viva adesão a Cristo como fez Santo Estêvão: Confiai no seu poder, deixai agir a sua graça! De coração vos agradeço e abençoo.”
O Santo Padre concedeu a todos a sua Bênção apostólica.
Por Rádio Vaticano

Comunidade Católica Shalom prepara Réveillon da Paz 2013

reveillon400A tradicional festa da Comunidade Católica Shalom retorna para a Praia do Futuro.
Dê uma virada na sua vida. É com este tema que a Comunidade Católica Shalom realiza no dia 31 de dezembro a 14ª edição do Réveillon da Paz, que em 2011 foi realizado na antiga Casa de Show Arena e, nesta edição, retorna à Praia do Futuro onde se tornou conhecido. A festa acontecerá na barraca Solarium e é aberta ao público em geral. Terá início às 21h.
O Réveillon contará com shows de Suely Façanha, Missionário Shalom, Misericórdia em Canção e a banda de pagode Shalom God. O ponto alto do encontro é a virada do ano diante do Santíssimo Sacramento, conduzido pelo Padre Antonio Furtado. “É o momento mais emocionante da noite. Colocamo-nos todos diante do Santíssimo Sacramento e fazemos um momento intenso de preces. Ali temos uma verdadeira experiência com a Paz que tanto pedimos e, entregamos nas mãos de Deus o ano vindouro na certeza da bênção da Deus”, explica Tobias Cortez, da organização do evento.
O Réveillon da Paz acontece desde 1998. A princípio era reservado à comunidade, hoje se tornou programa cultural de virada de ano para milhares de pessoas e famílias que desejam iniciar o ano sob a bênção de Deus pedindo pela Paz. A entrada é gratuita e a organização do evento oferece aos que desejarem serviço de buffet completo através da venda de mesas para quatro pessoas e cadeiras individuais.
Serviço
Réveillon da Paz – Uma virada na sua vida
Local: Praia do Futuro – Barraca Solarium (Av. Zezé Diogo, 5851)
Dia: 31 de dezembro de 2012
Horário: A partir das 21h
Entrada: Gratuita
Mesas:
2º lote – até dia 30 de dezembro: 4 pessoas (R$ 250,00) Com buffet completo
Cadeira individual: (R$ 70,00) Com buffet completo
3º lote – Dia 31 de dezembro: 4 pessoas (R$ 300,00) Com buffet completo
Cadeira individual: (R$ 80,00) Com buffet completo
Venda de mesas e cadeiras enquanto durar o estoque.
Mais informações: 85 3295.4583 / eventosfortaleza@comshalom.org
Por: Vanderlúcio Souza, assessor de imprensa da Comunidade Católica Shalom

Feliz Ano Novo!


A equipe do Secretariado de Pastoral da Arquidiocese de Fortaleza deseja a todos os leitores, seguidores, colaboradores e membros das paróquias, comunidades, regiões episcopais, pastorais, movimentos, organismos e amigos um ano que chega cheio de realizações, esperança de dias  melhores. Que o Menino Deus que nasceu no Natal possa ser presença em nossas vidas o ano inteiro.
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Primeira leitura (1João 2,3-11)


5º Dia na Oitava do Natal
Leitura da Primeira Carta de São João.

Caríssimos, 3para saber que conhecemos Jesus, vejamos se guardamos os seus mandamentos. 4Quem diz: “Eu conheço a Deus”, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. 5Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado. O critério para saber se estamos com Jesus é este: 6quem diz que permanece nele, deve também proceder como ele procedeu.
7Caríssimos, não vos comunico um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o início; este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. 8No entanto, o que vos escrevo é um mandamento novo – que é verdadeiro nele e em vós – pois que as trevas passam e já brilha a luz verdadeira. 9Aquele que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas. 10O que ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. 11Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas, caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas ofuscaram os seus olhos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 95)


5º Dia na Oitava do Natal
— O céu se rejubile e exulte a terra!
  R-O céu se rejubile e exulte a terra!

  1-Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!
  2-Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
  3-Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor!

Um Pouco de Reflexão!

"Levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, conforme o que está escrito na Lei do Senhor” (Lc 2, 22).
Conforme a Lei, sobre a mulher gestante incidiam várias exigências a serem cumpridas quando do nascimento da criança. A consagração dos primogênitos era feita no ato da circuncisão, no sexto dia do nascimento (Ex 22,28s; Lv 12,3). A purificação da mãe acontecia trinta e três dias depois da circuncisão.
No Templo de Jerusalém, por ocasião da purificação de Maria, o justo Simeão profetiza sobre o menino Jesus, que será sinal de contradição. Uma das características marcantes de Jesus em seu ministério foi o conflito com as tradições da Lei e com os chefes religiosos. O empenho em libertar os pequenos e humildes oprimidos sob o jugo da Lei levou-o à morte de cruz, momento culminante em que uma espada traspassa a alma de sua mãe.
A Igreja, hoje, revive o mistério da Apresentação de Jesus no Templo. Revive-o com a admiração da Sagrada Família de Nazaré, iluminada pela plena revelação daquele “Menino” que é o juiz escatológico prometido pelos profetas (cf. Ml 3,1-3), o “Sumo Sacerdote misericordioso e fiel”, que veio para “expiar os pecados do povo” (Hb 2,17).
O Menino, que Maria e José levam com emoção ao Templo, é o Verbo encarnado, o Redentor do homem, da história!
Também nós somos convidados a entrar no Templo, para meditar sobre o mistério de Cristo, Filho Unigênito do Pai que, com a sua Encarnação e a sua Páscoa, tornou-se o primogênito da humanidade redimida.
“Luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel” (Lc 2, 32). Estas palavras proféticas são proferidas pelo velho Simeão, inspirado por Deus quando toma o Menino Jesus nos seus braços. Ele preanuncia ao mesmo tempo em que “o Messias do Senhor” realizará a sua missão como um “sinal de contradição” (Lc 2, 34). Quanto a Maria, a Mãe, também Ela participará pessoalmente na paixão do seu Filho divino (cf. Lc 2, 35).
O ícone de Maria que contemplamos enquanto oferece Jesus no Templo, prefigura o ícone da Crucifixão, antecipando também a sua chave de leitura, Jesus, Filho de Deus, sinal de contradição. Com efeito, é no Calvário que alcança o seu cumprimento a oblação do Filho e, unida a esta, também a da Mãe. A mesma espada atravessa ambos, a Mãe e o Filho (cf. Lc 2, 35). A mesma dor, o mesmo amor.
Ao longo deste caminho, a Mãe de Jesus tornou-se Mãe da Igreja. A sua peregrinação de fé e de consagração constitui o arquétipo para a peregrinação de cada batizado. Como é consolador saber que Maria está ao nosso lado, como Mãe e Mestra, no itinerário de nossa vida de batizados! Além do plano afetivo, encontra-se ao nosso lado mais profundamente na eficácia sobrenatural demonstrada pelas Escrituras, pela Tradição e pelo testemunho dos santos, muitos dos quais seguiram Cristo no caminho exigente dos conselhos evangélicos.
Cada ano, no Tempo Litúrgico do Natal, recorda-se a imensidão do amor de Deus por nós. É preciso acreditar e viver esse amor e a ele entregar-se sem reservas. Assim como Simeão realizou sua esperança, também nós podermos contar sempre com a presença redentora de Cristo. Deixemos, pois, que Deus nos ame, para que sejamos, de fato, transformados, pois Ele continua amorosamente presente no meio de nós. Louvor e Glória ao Senhor!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Lucas 2,22-35)



— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti uma espada te traspassará a alma”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Quando irei ao encontro de Deus?


Preparemos para o encontro com Deus
dEsta é uma realidade que permeia toda a nossa vida terrena.
De uma coisa nós precisamos tomar consciência: năo podemos ir ao encontro de Deus de qualquer jeito e sem estarmos preparados.
Săo Paulo vai nos dizer que: 'somos cidadăos do céu.
De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo' ( Fl 3,20).
Todos os dias, nós precisamos pedir ao Espírito Santo que nos ajude a viver aqui na terra como vivem os santos que já estăo no céu.
Năo podemos colocar a nossa esperança nesta vida terrena, porque nós estamos de passagem neste mundo, e nada podemos levar a năo ser o amor; as outras coisas ficarăo para atrás.
Jesus, eu confio em vós!         

Luzia Santiago
Canção Nova

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Horário das Missas deste final de Ano na Área Pastoral São José

 

  *Dia 29- Sábado- às 19:30- Santa Missa na Comunidade Nossa Senhora de Fátima- Jd Castelão                                        
 *Dia 31- Segunda-feira-  às 18:00- Santa Missa na Comunidade São José e às 20:00- Santa Missa na  Comunidade São Joaquim  e   Sant'Ana .                                                                                                                                                                
Dia 1º de Janeiro- Terça-feira- às 9:00(Manhã) - Santa Missa na Comunidade Consolação e às 19:00- Santa Missa na Comunidade Santo Antônio.                                                                                                     *Estará celebrando conosco nosso Vigário: Luciano Gonzaga  
* Todos os fiéis estão sendo convidado à participarem desse momento tão importante deste Final de Ano. 
Que os exemplos de Jesus Menino no Presépio e na casa de Nazaré sejam forte estímulo que nos faça superar toda as dificuldades na prática das virtudes e nos dêem uma coragem verdadeiramente forte e que nos faça atender à mais sublime santidade. Feliz e Próspero Ano Novo à todos da Área Pastoral São José.Muita Paz...São os sinceros votos deste blog que pertence a todos vocês!

                                        

O TEMPO DE NATAL CONTINUA



Os quatro Pilares da Família 

Uma casa se apóia em quatro pilares, uma mesa em quatro pés, a natureza em quatro estações, o mundo em quatro direções, uma sala em quatro lados. Quais são os quatro pilares da família? 

1 - Comunidade de pessoas - O que faz a família ser uma comunidade, um lar é a convivência, o relacionamento, a comunicação das pessoas. Cada membro da família precisa estar de bem consigo mesmo, com os outros familiares, com a comunidade e com Deus. Família é reciprocidade e complementariedade entre as pessoas, é uma comunidade de vida e de amor onde se experimenta a conjugalidade, a filiação, a fraternidade, a sociabilidade. 

Por ser comunidade de pessoas é necessário o diálogo, o perdão, a oração e a ternura entre seus componentes. A família é o lugar primário de humanização da pessoa, é a primeira sociedade natural, lugar de relações interpessoais entre o eu - tu formando o “nós”, isto é, a comunidade de pessoas. 

2 - Santuário da vida - A família, fundamentada no consenso e no amor entre um homem e uma mulher pelo sacramento do matrimonio, é o berço e o ninho da vida. Nela a vida é transmitida, gerada, nascida, acolhida, cuidada, desenvolvida. Por isso, a família é “patrimônio na humanidade”. Os pais são colaboradores de Deus e benfeitores da sociedade. Como santuário de vida a família rejeita o aborto, a eutanásia e o egoísmo na transmissão da vida. Ela é um tesouro dos povos porque é um “capital humano” a serviço da vida. Nela a pessoa recebe identidade, dignidade e personalidade. 

Enquanto santuário de vida, a família protege a “ecologia humana” possibilitando a transmissão da vida e garantindo a sobrevivência humana. A consangüinidade, o parentesco, a familiaridade são valores que garantem a dignidade da pessoa e lhe conferem serenidade. A vida é o bem primário e fundamental que fundamenta todas as outras instituições e direitos. O direito à vida é inviolável. A vida, porém, é frágil. Precisa do amparo da família, dos cuidados básicos, do afeto, da presença e da fé dos pais e irmãos. Na família acontece o “evangelho da vida”. Pais, filhos, irmãos “são ministros da vida”, da dignidade, inviolabilidade e sacralidade da vida. 

3 - Célula da sociedade - A família educa os cidadãos, ensina as virtudes sociais, promove a aprendizagem das responsabilidades sociais e da solidariedade. Ela está no centro da vida social. É titular de direitos próprios e originários. É o lugar primário das relações interpessoais, é célula vital da sociedade. 

A família é a primeira instituição social, é uma comunidade natural para o bem da sociedade, aliás, é a primeira sociedade humana. Sem a família as estruturas, as instituições e os povos se debilitam. Todo sistema social que pretende servir ao bem da sociedade não pode prescindir da família. 

Ela tem prioridade em relação à sociedade e ao Estado, porque é a condição da existência da pessoa e da sociedade. Ela precede em importância e valor às funções que a sociedade e o Estado devem cumprir. Ela encontra sua legitimação na natureza humana e não no reconhecimento do Estado. A sociedade e o Estado estão para a família. Ela é célula da sociedade que tem direito a políticas familiares como: emprego, habilitações, saúde, escola, etc. 


4 - Igreja domestica - O sacramento do matrimonio faz dos pais os sacerdotes da família, os primeiros catequistas, os educadores da fé pelo exemplo e pelo ensino. A família é uma instituição divina e lugar de salvação e de santificação. É necessário uma autêntica e profunda espiritualidade conjugal e familiar que se expressa na oração, na vivência da fé, no engajamento eclesial. Os pais têm o direito e o dever de transmitir a fé a seus filhos. Eles são mestres, catequistas e primeiros ministros de seus filhos. 

Jesus cresceu em idade, sabedoria e graça na família de Nazaré. Deus no mais íntimo de seu mistério não é solidão, mas uma família. O matrimônio é sinal e instrumento do amor de Deus pela humanidade e a família é imagem da Trindade, uma aliança de pessoas, uma igreja doméstica. 

Dom Orlando Brades – Arcebispo de Londrina 

Para o Jornal Folha de Londrina – 08 / 08 / 2009

Nosso Deus năo é carrasco. Deus é perdão!


fSó em Jesus recebemos a força para suportar toda espécie de desamor e injustiça, especialmente vindos de quem, muitas vezes, temos razőes para desistir de amar.
Quanto mais exercitarmos o amor gratuito para com todos, sem exceçăo, tanto mais ficaremos parecidos com o coraçăo de Deus, pois, a única coisa impossível para Ele é deixar de amar.
Quando vem sobre nós uma contrariedade, seja qual for o motivo, devemos nos colocar imediatamente dispostos a deixar a graça do Altíssimo agir e louvar o Senhor, em vez de dar espaço aos sentimentos negativos.
Que em tudo vença somente o que o Todo-poderoso quer.
Năo devemos pensar que o Senhor se esqueceu de nós ou que essas coisas acontecem conosco porque somos marcados para sofrer.
Năo, Deus năo é carrasco como muitos pensam, que aplica castigos e faz imposiçőes sem dar condiçőes para que os homens as cumpram.
O amor divino nos fez livres e age de acordo com a nossa abertura.
Ele nos capacita para acolhermos o sofrimento como um dom e uma graça especial.
Somente quando o nosso coraçăo se volta completamente em Deus é que encontramos a verdadeira felicidade!
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
Canção Nova
   

Os Santos Inocentes



Os Santos InocentesA festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um "bispo", estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o "derrubado" oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de "pequenos inocentes": crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Santos Inocentes, rogai por nós!

Primeira leitura (1João 1,5–2,2)


Leitura da Primeira Carta de São João.

5Caríssimos, a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos é esta: Deus é luz e nele não há trevas. 6Se dissermos que estamos em comunhão com ele, mas andamos nas trevas, estamos mentindo e não nos guiamos pela verdade. 7Mas, se andamos na luz, como ele está na luz, então estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de seu Filho Jesus nos purifica de todo pecado.
8Se dissermos que não temos pecado estamo-nos enganando a nós mesmos, e a verdade não está dentro de nós. 9Se reconhecermos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda culpa. 10Se dissermos que nunca pecamos, fazemos dele um mentiroso e sua palavra não está dentro de nós. 2,1Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. 2Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo inteiro.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.