O Papa
Bento XVI indultou a seu ex-mordomo Paolo Gabriele, condenado a 18 meses
de reclusão em outubro deste ano por filtrar documentos da Santa Sé,
revelou o Vaticano neste sábado 22 de dezembro.
O
Pontífice visitou Gabriele pessoalmente na prisão do Vaticano onde
cumpre sua pena para comunicar-lhe pessoalmente o indulto.
Posteriormente, Gabriele foi posto em liberdade e se reencontrou com sua
família.
O Pontífice também indultou o programador de informática condenado por cumplicidade no caso de filtração, Claudio Sciarpelletti.
Em suas
palavras prévias à oração do Angelus dominical na Praça de São Pedro, o
Papa Bento XVI exortou os milhares de fiéis presentes na ocasião a
Imitarem a Virgem Maria neste m Natal, e refletiu sobre a visita de
Nossa Senhora a sua parenta Isabel.
O Santo
Padre pediu que “imitemos Maria no tempo de Natal, visitando quantos
vivem em situações de precariedade, em particular os doentes, os presos,
os idosos e as crianças. E imitemos também Isabel, que acolhe o hóspede
como o próprio Deus. Sem O desejarmos, nunca O conheceremos; sem
aguardá-Lo, não O encontraremos; sem O procurar, não O encontraremos”.
“Com a
mesma alegria de Maria que vai às pressas à casa de Isabel, também nós
vamos ao encontro do Senhor que vem. Oremos para que todos os homens
procurem Deus, descobrindo que é Ele mesmo quem primeiro deve
visitar-nos”.
O Papa
assinalou que o episódio da visitação, narrado no Evangelho do dia, “não
representa somente um gesto de cortesia, mas descreve com grande
simplicidade o encontro do Antigo com o Novo Testamento”.
“As duas
mulheres, as duas grávidas, encarnam com efeito a espera e o Esperado. A
anciã Isabel simboliza o Israel que espera o Mesías, enquanto a jovem
Maria leva consigo o cumprimento de tal espera, para o bem toda a
humanidade”.
O Santo Padre sublinhou que “nas duas mulheres se encontram e reconhecem sobre tudo os frutos de seus ventres, João e Cristo”.
“A Exultação de João no ventre de Isabel é o sinal do cumprimento da espera: Deus está prestes a visitar seu povo”.
Bento XVI
recordou que já “na Anunciação, o arcanjo Gabriel tinha falado a Maria
da gravidez da Isabel como prova da potência de Deus: a esterilidade,
apesar da idade avançada, transformou-se em fertilidade”.
Isabel,
assinalou o Papa, ao acolher Maria “reconhece que a promessa de Deus à
humanidade está sendo realizada e exclamou: ‘És bendita entre todas as
mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Quem sou eu, para que a mãe
de meu Senhor venha a visitar-me?’”.
“A
expressão 'bendita és tu entre as mulheres' é referida no Antigo
Testamento a Jael e Judite, duas mulheres guerreiras que intervêm para
salvar Israel. Agora é dirigida a Maria, jovenzinha pacífica que está
para gerar o Salvador do mundo”.
O Papa
indicou que a alegria de João no ventre “recorda a dança que o rei David
fez quando acompanhou o ingresso do Arca da Aliança em Jerusalém”.
“A Arca,
que continha as tábuas da Lei, o maná e o cetro de Arão, era o sinal da
presença de Deus no meio do seu povo. João que vai nascer exulta de
alegria diante de Maria, Arca da nova Aliança, que leva no seio Jesus, o
Filho de Deus feito homem”.
O Santo Padre enfatizou que a cena da Visitação expressa também a beleza do gesto de acolher. Onde há acolhimento recíproco, escuta, o dar espaço ao outro, disse o Papa, aí está Deus e a alegria que d’Ele vem.
O Santo Padre enfatizou que a cena da Visitação expressa também a beleza do gesto de acolher. Onde há acolhimento recíproco, escuta, o dar espaço ao outro, disse o Papa, aí está Deus e a alegria que d’Ele vem.
“A Maria,
Arca da Nova e Eterna Aliança, confiamos nosso coração, para que o faça
digno de acolher a visita de Deus no mistério do seu Natal”, concluiu.
Fonte: acidigital
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