A
pergunta poderia parecer um tanto irreverente por querer comparar a
criatura ao Criador, entretanto ela tem um sentido profundo. Num
primeiro lance pensar-se-ia que Jesus sendo infinitamente superior à Sua
Mãe Santíssima tem em grau infinito todas as virtudes e portanto
infinitamente mais do que qualquer um.
Entretanto a Teologia
ensina que Jesus em sua vida terrena, tinha em grau infinito todas as
virtudes que eram convenientes a Ele ter. Diz o escritor e teólogo
Cônego Campana que “nem todas as virtudes são praticáveis por todos.
Assim há virtudes que tendem a liberar o homem do pecado ou das
consequências destes, virtudes que somente podem aflorar numa
consciência antes maculada pela iniquidade. Claro, que tais virtudes não
se poderiam encontrar nem em Jesus nem em Maria”.
E por que não era conveniente que Jesus tivesse a virtude da fé?
São Tomas, citando um
trecho da Carta aos Hebreus, explica que “a fé é o argumento das coisas
que não se vêem”. Mas para Cristo tudo foi manifesto, conforme lhe disse
Pedro: “Tu conheces todas as coisas”. E conclui o Doutor Angélico:
“Logo, em Cristo não houve fé”.
A resposta parece surpreendente: Maria teve mais fé.
Mas somente enquanto
esteve vivendo entre nós é que a praticou. Hoje, na Glória Eterna em que
se encontra, mais do que nunca está unida a Seu Divino Filho não pela
Fé mas pelo Amor, pois como disse o Apóstolo: “Quando vier a perfeição, o
que é limitado desaparecerá… Agora vemos em espelho e de maneira
confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora, portanto permanecem
fé, esperança, caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a
caridade… A caridade jamais passará”.
Jesus e Maria rogai por nós.
Fonte: reporterdeCristo
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