Primeiro, a pessoa não consegue mais viver sem a bebida, começa aos pouquinhos, um golinho... Porque o encardido tem uma tática, a tática do diminutivo.
É
fabuloso que São Paulo faça essa analogia com o vinho. Não vos
embriagueis com o vinho. E é muito interessante que há outras duas
passagens na bíblia que relacionam o Espírito Santo com a bebida. A
primeira, na oração de Ana, no livro de Samuel, quando ela começa a
rezar, ela entra num êxtase de oração, e começa a se soltar, ela vai
rezando, rezando, e se abre inteira e completamente diante de Deus.
Então o próprio sacerdote desconfia: “Essa mulher está bêbada”. Então
ele vai até ela e chama sua atenção: “Bebeu? Vai curar sua ressaca na
rua, aqui não é lugar de bêbado não!”. E ela disse; “Eu não bebi meu
senhor, eu nunca pôs uma gota de bebida alcoólica na minha boca. Eu
apenas derramo minha alma na presença do altíssimo”. E pra mim, essa é a
maior definição de oração do Antigo Testamento. Eu acho isso fabuloso!
Rezar é derramar a sua alma na presença de Deus.
E o segundo caso que faz analogia da bebida com o Espírito Santo é no
dia de Pentecostes. Quando o Espírito desceu sobre os apóstolos em
Pentecostes, e eles começaram a rezar, cantarolar, cantar em outras
línguas, qual foi o comentário geral? Estão bêbados, ou “trêbados”.
Tanto que Pedro no discurso fala: “Não estamos bêbados! Nós estamos
embriagados sim, mas é do Espírito Santo”.
Paulo, no final da Carta aos Efésios, retoma esse grande tema da
embriagues física para falar da embriagues espiritual. E qual é a
analogia de uma com a outra? A pessoa quando começa a se viciar na
bebida, chega um momento em que acontecem duas coisas importantes.
Primeira, a pessoa não consegue mais viver sem a bebida, começa aos
pouquinhos, um golinho... Porque o encardido tem uma tática, a tática do
diminutivo. Para não agravar as coisas, o encardido diminui tudo a
nomes diminutivos: “um golinho”, “uma cervejinha”, “uma caipirinha”, “dá
uma saidinha, uma escapadinha”, “fumar um cigarrinho”, “usar uma
camisinha”, “dá um tapinha”... Um tapinha não dói. Bebidinha não faz
mal, é só um golinho.
Então começa assim, a pessoa vai num golinho, noutro golinho, bebe
final de semana, é uma cervejinha. E a bebida começa a beber a pessoa. E
aquela bebidinha que você bebe, e depois sobe para a cabeça, quando
você fica “alegre”, ela começa a tomar conta do corpo da pessoa. Bebe
com a boca, mas toma conta do corpo inteiro.
Trecho do livro: Renovados pelo Espírito Santo, Pe. Léo
Fonte: bethania
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