quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Despedida dos Cardeais ao Papa: Nosso coração ardeu ao caminhar junto a ti


Papa Bento XVI
VATICANO, 28 Fev. 13 / 08:43 am (ACI/EWTN Noticias).- O Decano do Colégio Cardenalício, Cardeal Angelo Sodano, pronunciou nesta manhã as palavras de despedida ao Papa Bento XVI, assegurando-lhe o carinho dos cardeais e que, a semelhança dos discípulos de Emaús com Jesus, "também ardia nosso coração quando caminhávamos contigo nestes últimos anos".
Em seu discurso breve na Sala Clementina do Palácio Apostólico, o Cardeal Sodano assegurou que os Cardeais "em coro lhe repetimos uma expressão típica de sua querida terra natal: ‘Vergelt's Gott’, que Deus lhe pague!".
"Com grande emoção, os Padres Cardeais presentes em Roma se reúnem hoje em torno a Ti, para manifestar-te mais uma vez seu profundo carinho e para expressar-te sua viva gratidão por Teu testemunho de abnegado serviço apostólico, pelo bem da Igreja de Cristo e da humanidade inteira", disse.
O Cardeal Sodano recordou que no sábado passado, ao concluir os Exercícios Espirituais para a Cúria Vaticano, o Papa Bento XVI agradeceu a seus colaboradores "com estas comovedoras palavras: Queridos amigos eu gostaria de agradecer a todos, e não só por esta semana, mas também por estes oito anos, em que levastes comigo, com grande competência, afeto, amor e fé, o peso do ministério petrino".
"Amado e venerado Sucessor de Pedro, somos nós quem devemos agradecer-te pelo exemplo que nos destes nestes oito anos de Pontificado", assinalou.
O Decano do Colégio de Cardeais indicou que "em 19 de abril de 2005, Tu te inserias na longa cadeia de Sucessores do Apóstolo Pedro e hoje, 28 de fevereiro de 2013, Tu te dispões a nos deixar, em espera que o leme da barca de Pedro passe a outras mãos".
"Assim se continuará aquela sucessão apostólica, que o Senhor prometeu a sua Santa Igreja, até quando sobre a terra se ouvirá a voz do Anjo do Apocalipse que proclamará: ‘Tempus non erit amplius ... consummabitur mysterium Dei’ , ‘Acabou-se o tempo da espera!.. Cumprir-se-á o mistério de Deus!’. Terminará assim a história da Igreja, junto à história do mundo, com o advento de céus novos e terra nova", disse.      Fonte: Acidigital

Bento XVI se despede de Cardeais: Prometo total obediência ao futuro Papa



VATICANO, 28 Fev. 13 / 09:00 am (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras de agradecimento aos Cardeais reunidos na Sala Clementina do Palácio Apostólico, o Papa Bento XVI assegurou sua "total obediência e benevolência" para com seu sucessor.
O Santo Padre assegurou aos Cardeais que "também foi uma alegria caminhar com vocês à luz da presença do Senhor ressuscitado. Como falei ontem ante os fiéis que enchiam a Praça de São Pedro, sua proximidade e seu conselho foi de grande ajuda para o meu ministério".
O Papa assinalou que durante seus 8 anos de pontificado, "vivemos momentos muito belos de luz radiante com a Igreja, assim como momentos que foram escuros. Nestes momentos buscamos seguir a Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total".
"Quero alentá-los a crescer nesta amizade profunda, de tal maneira que o Colégio dos Cardeais seja expressão da diversidade da Igreja universal, marcada por uma concorde harmonia".
O Santo Padre recordou as palavras dedicadas a ele por seu mentor, o sacerdote e teólogo italiano Romano Guardini, quem lhe escreveu que "a Igreja não é uma realidade passada, é uma realidade viva, ela vive com o passar do tempo, no suceder, como todo ser vivente transformando-se e, entretanto, permanece sempre a mesma e seu coração é o mesmo".
"Esta é a experiência que tive ontem na Praça, que a Igreja é um corpo vivo", assegurou Bento XVI, acrescentando que a Igreja "está no mundo, mas não é do mundo".
O Papa remarcou que "a Igreja vive, cresce e se reflete nas almas, que como a Virgem Maria acolhem a palavra de Deus e a concebem por obra do Espírito Santo".
"Permanecemos unidos neste mistério, na oração, especialmente na Eucaristia cotidiana", indicou, "esta é a alegria que ninguém poderá nos tirar".
Bento XVI assegurou aos Cardeais que continuará "servindo à Igreja na oração, especialmente nos próximos dias", para que a eleição do novo Papa seja fruto da docilidade ao Espírito Santo.
Depois de concluir suas palavras, o Papa Bento XVI recebeu a afetuosa saudação dos Cardeais presentes, assim como de diversos funcionários da Cúria Vaticana.   Fonte: Acidigital

Presidente da CNBB: “Muitos comparavam o papa Bento 16 aos grandes padres do início da igreja”


dom-damasceno-cardealEm entrevista concedida ao jornal “Folha de Sâo Paulo”, o cardeal dom Raymundo Damasceno trata de várias questões relacionadas ao momento presente vivido pela Igreja, elogia o Papa Bento XVI e fala da expectativa da eleição do novo Papa.
Folha – O que significa “sinais dos tempos” para o senhor?
Dom Raymundo Damasceno Assis – Significa mudanças profundas que todos nós experimentamos. Estamos falando hoje de uma mudança de época, e não de uma época de mudanças. Não são mudanças superficiais, mas que atingem a pessoa, os seus valores, o seu modo de viver, o seu estilo de vida, a sua maneira de julgar as coisas e de se relacionar com Deus, com o próximo, com a natureza.
O avanço das comunicações está afetando as pessoas no comportamento, nos valores, nas relações. Basta pensarmos hoje no celular, na internet, em todos esses meios modernos de comunicação, blog, YouTube etc.
Há a crise pela qual a família passa, o modelo de família hoje. São muitas as mudanças que estamos enfrentando, e a igreja tem de estar atenta a isso. São sinais dos tempos que nos falam também e que, portanto, o papa e nós, os bispos, temos de estar atentos para responder pastoralmente.
São muitos os desafios, não podemos desconhecer que a igreja também vive neste mundo, numa realidade histórica, não é só humana e divina. E a missão da igreja é responder a esses desafios com o anúncio do Evangelho. Sem perder a fidelidade do Evangelho, mas tem de atualizá-lo. Como fazer? Com que linguagem? De que maneira? Esses são os grandes desafios que nós temos pela frente.
Qual legado o papa Bento 16 deixará para a igreja?
Ele nos deixa um legado muito rico quanto ao magistério. Grande teólogo, grande pensador, mesmo antes de ser papa, como sacerdote, como professor em uma das principais universidades da Alemanha. Depois, como cardeal em Munique e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ele publicou muitos textos, muitos livros.
Como papa, infelizmente não deixou as três encíclicas que esperávamos. Deixou uma sobre a caridade, sobre a esperança, mas faltou a encíclica sobre a fé. As homilias, as audiências gerais às quartas-feiras são riquíssimas.
Muitos comparavam o papa Bento 16 aos grandes padres do início da igreja, tamanha a riqueza teológica. Será apreciado ainda mais com o passar do tempo.
O papa Bento 16 é chamado de conservador, mas inovou ao renunciar pela primeira vez em mais de 600 anos. O ato abriu uma discussão sobre os rumos da igreja, como a fala recente de um cardeal escocês a favor do fim do celibato?
Primeiramente, você vê que esse termo conservador/progressista é relativo. Muitas vezes, chama-se um papa de conservador e ele faz inovações extraordinárias.
João 23 (1958-63) era considerado conservador. Ele começou a usar aquela toca que nenhum papa mais usava e estabeleceu o latim para a igreja, para Roma, num sínodo em que ele realizou.
E, no entanto, foi ele quem convocou o Concílio Vaticano 2º, que maior repercussão teve na vida da igreja.
O papa Bento 16 realmente inovou nesse sentido. Ninguém esperava essa renúncia. Sabíamos que o papa estava fragilizado fisicamente, faltava força, vigor, como ele disse, do ponto de vista físico e também de espírito.
Isso todo mundo sentia e via pela televisão, mas não se esperava que viria a renunciar. Foi um gesto de humildade, porque reconheceu as suas limitações e não ficou apegado ao poder. Quantos ficam apegados ao poder mesmo estando doente, que não largam de jeito nenhum, que se acham insubstituíveis?
Foi também um gesto de coragem, porque ele tem consciência da repercussão que teria o seu ato. Estamos vendo pelos meios de comunicação o impacto que a renúncia teve em toda a igreja.
E é um sinal profético. Se nós estamos preocupados com poder, com carreirismo na igreja, como ele fez aceno em algumas homilias, que é um dos pecados da igreja, essa busca do poder que cria divisão na igreja, então ele diz: “Eu renuncio, o cargo não é fundamental pra mim, eu cumpri a minha missão até quando eu podia cumprir. O apego ao poder, as honras, a glória do cargo, entrego a quem conduzir melhor a igreja no momento de hoje”.
Com a consciência tranquila de quem cumpriu seu dever diante de nós. É um exemplo pra todos. Aqui em Aparecida, o papa nos deu um exemplo de humildade, de simplicidade, até um pouco tímido.
O sr. mencionou o carreirismo. Esse é o grande motivo da divisão interna?
O papa Bento 16 fez uma alusão a isso. Muitas vezes a pessoa está usando o seu cargo não para servir. [Mas] muitas vezes, quem sabe, em busca de benesses, até para se promover mais ainda.
Ele não citou nomes, mas deu a entender que a comunhão é fundamental na igreja, que é fundamental entender na igreja que todo cargo é serviço, serviço à igreja, à comunidade, à sociedade.
Cargo na igreja não é honra, não é poder no sentido como entendemos, de opressão às outras pessoas, ou de ser favorecido pelo cargo. Nesse sentido, a sua renúncia é um gesto profético.
Em 2007, o sr. disse que havia chegado a hora de a América Latina evangelizar a Europa. Essa percepção deveria ser levada em conta na escolha do papa?
Eu digo sempre que o continente não é decisivo, mas a América Latina está contribuindo hoje para a evangelização da Europa, da África, da Ásia. É um fato, é verdade.
Quantos brasileiros hoje, padres, membros de novas comunidades e leigos consagrados estão na Europa no campo da evangelização, da comunicação?
Então a América Latina está contribuindo para a Europa, embora não tanto quanto nós gostaríamos.
Mas isso não quer dizer que seja o critério decisivo para a escolha do papa.
Então quais são esses critérios?
Um perfil que atenda às necessidades de hoje da igreja. Isso se faz num processo de discernimento, num clima de oração e reflexão, de partilha de experiências durante o conclave, talvez até antes do conclave, nos contatos entre os cardeais.
É muito difícil antecipar isso, mas, de um modo geral, é uma pessoa de experiência pastoral, de diálogo, que promova o diálogo no mundo de hoje entre os povos, entre as religiões, cristãs e não cristãs, uma pessoa sensível aos problemas sociais. E preparado também do ponto de vista teológico, filosófico, intelectual. É um conjunto de elementos.
Como presidente da CNBB, o que o senhor quer falar ao novo papa?
Os nossos anseios são de uma igreja missionária, dinâmica, uma igreja capaz de renovar-se para cumprir sua missão, que quer justamente estar no estado permanente de missão. Essa missão não é só dos bispos, mas de todo cristão e de todo batizado.
Uma igreja solidária com os pobres sobretudo, que esteja a serviço do mundo, e não o mundo a serviço da igreja.
Fonte: CNBB

Com o tema “Iluminados pela Palavra de Deus, São José, ajuda-nos a crescer na fé” Área Pastoral Barroso II festeja seu padroeiro

São José3A segunda festa de São José, na Área Pastoral Barroso II, em Fortaleza, acontece no período de 10 a 19 de março e tem o seguinte tema central: Iluminados pela Palavra de Deus, São José, ajuda-nos a crescer na fé. Os festejos estão em sintonia com o ANO DA FÉ e o centenário da Arquidiocese de Fortaleza. No dia 2 de março acontecerá passeata pelas comunidades com a Capelinha Missionária e, no dia seguinte, será o dia “D” de visitas às famílias começando com um momento de oração e envio seguido das visitas, almoço, partilha a partir das visitas e encerramento com celebração eucarística às 17h. Durante o período dos festejos a comunidade contará com a presença do Bispo Auxiliar de Fortaleza, Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, e nos demais dias com a participação de sacerdotes diferentes a cada dia.
Padre Luciano, vigário local, e todos os que fazem a Área Pastoral, convidam as comunidades, famílias, escolas, esportistas, comerciantes, amigos e devotos, para participarem desse momento de crescimento espiritual, agradecendo a Deus as bênçãos e graças recebidas, pela intercessão de São José. No dia 19, às 17 horas será realizada Procissão, seguida da Santa Missa presidida pelo padre Luciano Gonzaga, vigário paroquial responsável pela Área Pastoral. Após as celebrações religiosas, como de costume, haverá a parte social com barracas, leilões e shows com artistas da terra.
A capela de São José está localizada na Av. Pompílio Gomes (Castelo de Castro), 300, Passaré, Fortaleza. Informações pelos telefones [85] 3295 3616 e 8731 6117.

NA ÍNTEGRA: Texto da última Audiência Geral de Bento XVI



VATICANO, 27 Fev. 13 / 02:53 pm (ACI).- Catequese
Audiência Geral da Quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Praça São Pedro

Venerados irmãos no Episcopado e no Sacerdócio!
Ilustres Autoridades!
Queridos irmãos e irmãs!

Agradeço-vos por terem vindo em tão grande número para esta minha última Audiência geral.

Obrigado de coração! Estou realmente tocado! E vejo a Igreja viva! E penso que devemos também dizer um obrigado ao Criador pelo tempo belo que nos doa agora ainda no inverno.

Como o apóstolo Paulo no texto bíblico que ouvimos, também eu sinto no meu coração o dever de agradecer sobretudo a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que semeia a sua Palavra e assim alimenta a fé no seu Povo. Neste momento a minha alma se expande para abraçar toda a Igreja espalhada no mundo; e dou graças a Deus pelas “notícias” que nestes anos do ministério petrino pude receber sobre a fé no Senhor Jesus Cristo, e da caridade que circula realmente no Corpo da Igreja e o faz viver no amor, e da esperança que nos abre e nos orienta para a vida em plenitude, rumo à pátria do Céu.

Sinto levar todos na oração, um presente que é aquele de Deus, onde acolho em cada encontro, cada viagem, cada visita pastoral. Tudo e todos acolho na oração para confiá-los ao Senhor: para que tenhamos plena consciência da sua vontade, com toda sabedoria e inteligência espiritual, e para que possamos agir de maneira digna a Ele, ao seu amor, levando frutos em cada boa obra (cfr Col 1,9-10).

Neste momento, há em mim uma grande confiança, porque sei, todos nós sabemos, que a Palavra de verdade do Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida. O Evangelho purifica e renova, traz frutos, onde quer que a comunidade de crentes o escuta e acolhe a graça de Deus na verdade e vive na caridade. Esta é a minha confiança, esta é a minha alegria.

Quando, em 19 de abril há quase oito anos, aceitei assumir o ministério petrino, tive a firme certeza que sempre me acompanhou: esta certeza da vida da Igreja, da Palavra de Deus. Naquele momento, como já expressei muitas vezes, as palavras que ressoaram no meu coração foram: Senhor, porque me pedes isto e o que me pede? É um peso grande este que me coloca sobre as costas, mas se Tu lo me pedes, sobre tua palavra lançarei as redes, seguro de que Tu me guiarás, mesmo com todas as minhas fraquezas. E oito anos depois posso dizer que o Senhor me guiou, esteve próximo a mim, pude perceber cotidianamente a sua presença. Foi uma parte do caminho da Igreja que teve momentos de alegria e de luz, mas também momentos não fáceis; senti-me como São Pedro com os Apóstolos na barca no mar da Galileia: o Senhor nos doou tantos dias de sol e de leve brisa, dias no qual a pesca foi abundante; houve momentos também nos quais as águas eram agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e o Senhor parecia dormir. Mas sempre soube que naquela barca está o Senhor e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua. E o Senhor não a deixa afundar; é Ele que a conduz, certamente também através dos homens que escolheu, porque assim quis. Esta foi e é uma certeza, que nada pode ofuscá-la.  E é por isto que hoje o meu coração está cheio de agradecimento a Deus porque não fez nunca faltar a toda a Igreja e também a mim o seu consolo, a sua luz, o seu amor.

Estamos no Ano da Fé, que desejei para reforçar propriamente a nossa fé em Deus em um contexto que parece colocá-Lo sempre mais em segundo plano. Gostaria de convidar todos a renovar a firme confiança no Senhor, a confiar-nos como crianças nos braços de Deus, certo de que aqueles braços nos sustentam sempre e são aquilo que nos permite caminhar a cada dia, mesmo no cansaço. Gostaria que cada um se sentisse amado por aquele Deus que doou o seu Filho por nós e que nos mostrou o seu amor sem limites. Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão. Em uma bela oração para recitar-se cotidianamente de manhã se diz: “Adoro-te, meu Deus, e te amo com todo o coração. Agradeço-te por ter me criado, feito cristão…”. Sim, somos contentes pelo dom da fé; é o bem mais precioso, que ninguém pode nos tirar! Agradeçamos ao Senhor por isto todos os dias, com a oração e com uma vida cristã coerente. Deus nos ama, mas espera que nós também o amemos!

Mas não é somente a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na guia da barca de Pedro, mesmo que seja a sua primeira responsabilidade. Eu nunca me senti sozinho no levar a alegria e o peso do ministério petrino; o Senhor colocou tantas pessoas que, com generosidade e amor a Deus e à Igreja, ajudaram-me e foram próximas a mim. Antes de tudo vós, queridos Cardeais: a vossa sabedoria, os vossos conselhos, a vossa amizade foram preciosos para mim; os meus Colaboradores, a começar pelo meu Secretário de Estado que me acompanhou com fidelidade nestes anos; a Secretaria de Estado e toda a Cúria Romana, como também todos aqueles que, nos vários setores, prestaram o seu serviço à Santa Sé: são muitas faces que não aparecem, permanecem na sombra, mas propriamente no silêncio, na dedicação cotidiana, com espírito de fé e humildade foram para mim um apoio seguro e confiável. Um pensamento especial à Igreja de Roma, a minha Diocese! Não posso esquecer os Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio, as pessoas consagradas e todo o Povo de Deus: nas visitas pastorais, nos encontros, nas audiências, nas viagens, sempre percebi grande atenção e profundo afeto; mas também eu quis bem a todos e a cada um, sem distinções, com aquela caridade pastoral que é o coração de cada Pastor, sobretudo do Bispo de Roma, do Sucessor do Apóstolo Pedro. Em cada dia levei cada um de vós na oração, com o coração de pai.   Fonte: Acidigital

Comentando o Evangelho

A parábola do rico e Lázaro
O rico compreende que é a obediência à Lei o meio de entrar no Reino de Deus, por isso ele pede que Lázaro seja enviado aos irmãos dele para alertá-los. Mas Abraão insiste que eles já têm os meios: Moisés e os Profetas, isto é, a Escritura. Se eles rejeitam esse meio, rejeitarão também Lázaro ressuscitado dos mortos.


Carlos Alberto Contieri, sj- Paulinas

Evangelho do Dia-Evangelho do Dia

Ano C - DIA 28/02

Apelo à conversão - Lc 16,19-31

Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e dava festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, ficava sentado no chão junto à porta do rico. Queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico, mas, em vez disso, os cães vinham lamber suas feridas. Quando o pobre morreu, os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: "Pai Abraão, tem compaixão de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas". Mas Abraão respondeu: "Filho, lembra-te de que durante a vida recebeste teus bens e Lázaro, por sua vez, seus males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós". O rico insistiu: "Pai, eu te suplico, manda então Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Que ele os avise, para que não venham também eles para este lugar de tormento". Mas Abraão respondeu: "Eles têm Moisés e os Profetas! Que os escutem!" O rico insistiu: "Não, Pai Abraão. Mas se alguém dentre os mortos for até eles, certamente vão se converter". Abraão, porém, lhe disse: "Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão".
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a oração, rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo,
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser,
eu vos adoro, amo e agradeço.

1- Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Começo lendo atentamente o texto do dia: Lc 16,19-31.
Nesta parábola que Jesus contou está um forte apelo à conversão. Enquanto vivemos é tempo de conversão, mudança de vida, solidariedade, tempo de viver as propostas do Reino que é amor, justiça, fraternidade. Depois da morte este tempo não existirá mais.

2- Meditação (Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
Pergunto-me se não estou deixando o tempo passar, deixando a conversão para depois.
O bem-aventurado Alberione recebeu de Deus e comunicou à Família Paulina, o apelo de viver em "contínua conversão". Os bipos, na Conferência de Aparecida, disseram: "No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação. (DA 351).

3- Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Jesus me recomenda a dar aos outros o melhor, a partilhar, a viver a fraternidade. Começo meu gesto concreto, com minha atitude de conversão, rezando com toda Igreja, a Oração da CF 2013
Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.
Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.
Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.
Amém!

4- Contemplação (Vida e Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu olhar de contemplação é um olhar de conversão que cancela tudo aquilo que em minha vida é omissão, como evitar as pessoas que precisam de mim. Que Deus abençoe este meu propósito.

Bênção

A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar,
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,
qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!  Fonte: Paulinas

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Simpósio de Missiologia reflete sobre a natureza missionária da Igreja

Por Jaime Carlos Patias   
27 / Fev / 2013 13:04

A “natureza missionária” da Igreja foi tema de reflexão na manhã desta quarta-feira, 27, durante o 2º Simpósio de Missiologia que acontece no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília.
Ao abordar esse tema, o teólogo e assessor do Conselho Indigenista Missionária (Cimi), padre Paulo Suess, trouxe reflexões sobre as origens da Missão. “A natureza missionária tem a sua raiz na atração de Deus”, afirmou. “É do Deus-amor que brota a missão. Portanto, a natureza missionária da Igreja está em Deus. A missão, que nasce de Deus, precede a Igreja que nasce do envio trinitário, na Festa de Pentecostes e já envolve interpretações e questões específicas do cristianismo”.
O teólogo sublinhou ainda que a dimensão teológica da Missão está ancorada no próprio Deus-Amor e não em suas missões, seus mensageiros ou profetas. “A Missão pertence à teologia que considera Deus em si e como ponto de partida de tudo. Só em seguida ela faz parte da Economia de Salvação, que parte do caminho que Deus percorre com a humanidade. Esse plano nos foi revelado por Jesus Cristo e já faz parte de uma interpretação particular”.
A distinção entre “atividade” e “natureza missionárias”, foi outro aspecto destacado por Paulo Suess. “Se as raízes da natureza missionária da Igreja se encontram na essência de Deus, não faz sentido distinguir ‘atividades missionárias’ de atividades que quase clandestinamente se emanciparam de Deus sem serem atividades missionárias”. Nesse sentido, “o Documento conciliar Ad Gentes afirma que ‘a atividade missionária entre as nações se distingue da ação pastoral exercida entre os fiéis e das iniciativas empreendidas para restaurar a unidade dos cristãos’, acrescenta, porém, que tanto a ação pastoral como a ação ecumênica ‘estão intimamente ligadas ao esforço missionário da Igreja” (AG 6,6).
Ao aprofundar a ideia da “atração de Deus”, Paulo Suess, observou que o Documento de Aparecida assumiu literalmente esse tópico. Demonstrou isso com as palavras do papa Bento XVI pronunciadas na abertura da Conferência de Aparecida, quando afirmou: ‘A Igreja não faz proselitismo. Ela cresce muito mais por atração’.
“Neste momento eclesial de migração de fiéis para outras denominações, de escândalos, de perda do sentido da relevância da missão, somos obrigados a admitir, que a ferida aberta da nossa Igreja, é a falta de atratividade ou, às vezes, substituída por uma atratividade alienada. Essa falsa atratividade está baseada em marketing, propaganda para uma determinada comunidade, eventos espetaculares ou atividades e obras que se silenciam sobre o escândalo da cruz”, observou, para em seguida, apresentar a “atração da missão” e a “atratividade da Igreja” como meta e metáfora.
Os missionários e as missionárias não são caçadores de borboletas, mas zeladores das flores de um jardim que atrai as borboletas. Não salvam almas, mas vidas. Também o Bom Pastor e o Bom Samaritano não são caçadores de borboletas. A atração de Deus opera também na ovelha perdida e naquele que caiu na mão do ladrão e é encontrado pelo samaritano”.
Na opinião de Paulo Suess, o termo de comparação da natureza missionária é a “atração”. “A atratividade é a marca registrada do nosso Deus. Por tanto, o essencial da natureza missionária é sua atratividade: atrai como a natureza e atrai como Deus”, arrematou.
O 2º Simpósio de Missiologia, reúne cerca de 50 pessoas envolvidas na ação e na reflexão missiológica em todo o Brasil. O encontro começou nesta segunda-feira, 25, e se estende até o dia 01 de março.
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Equipes dos setores da Comissão de Liturgia se reúnem para encontro de reflexão



encontro_comissão_de_liturgia_26.02A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB realiza de 25 a 28 de fevereiro, o Encontro das Equipes de Reflexão dos três setores da Comissão (Pastoral, Música e Espaço Litúrgico), na Casa de retiros e eventos Irmãs Cabrini, em São Paulo (SP).
Tradicionalmente, a Comissão de Liturgia promove um encontro a cada dois anos para refletir a realidade da vida litúrgica no Brasil. Este ano, o principal objetivo é fazer a revisão final do texto “Orientações para projeto e construção de Igrejas e disposição do espaço celebrativo”. O encontro fará também a definição dos conteúdos de liturgia a serem apresentados na próxima Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em abril.
Durante o encontro, cada assessor terá a oportunidade de reunir-se com sua equipe de reflexão para confirmar a agenda do ano e dar encaminhamentos aos projetos e atividades da Comissão.
O presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia, dom Armando Bucciol, falou sobre a importância do encontro e, consequentemente, a reflexão sobre a liturgia: “Estamos no clima das comemorações dos 50 anos da promulgação da constituição conciliar Sacrosanctum Concilium e se impõe a necessidade de aprofundar os grandes assuntos da liturgia, à luz da caminhada da Igreja, sobretudo a Igreja no Brasil. Pensemos, por exemplo, no fenômeno da comunicação e na importância da beleza do espaço litúrgico”.
Por CNBB

Bento XVI se despede dos fiéis na Praça São Pedro


Histórica audiência geral na manhã desta quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013. Papa Bento XVI, que no último dia 11 surpreendeu o mundo anunciando sua renúncia ao ministério petrino, despediu-se hoje dos fiéis católicos na Praça São Pedro.
A Cidade do Vaticano e seus arredores se coloriram com dezenas de milhares de pessoas providas de bandeiras, bancos dobráveis, garrafinhas de água e máquinas fotográficas para imortalizar o evento.
Muitas famílias levaram suas crianças, e visto que as Universidades Pontifícias cancelaram as aulas para permitir aos alunos participar da audiência, a Praça estava também repleta de jovens, muitos religiosos e religiosas estudantes na cidade.
Bento XVI chegou a bordo do papamóvel, saudando os fiéis de todos os setores do perímetro da Praça São Pedro. O automóvel parou por alguns instantes para pegar nos braços uma criança e beijá-la na cabeça.
Do palco montado para a ocasião, recebeu um caloroso aplauso de todos os presentes e proferiu a catequese, a última de seu pontificado. Agradecendo principalmente a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, o Pontífice quis “abraçar” a Igreja de todo o mundo, assegurando que tem consigo todos nós em suas orações. “Estou realmente comovido e vejo a Igreja viva!” – prosseguiu. Em seguida, disse sentir-se muito confiante de que o Evangelho purifique e renove, levando frutos aonde quer que a comunidade o escute e receba a graça de Deus, vivendo na caridade.
Relembrando o dia 19 de abril de quase 8 anos atrás e o tempo passado até hoje, o Pontífice disse que o Senhor sempre lhe esteve próximo e ele pode sentir cotidianamente sua presença:
Foi um trecho do caminho da Igreja que teve instantes de alegria e de luz, mas também momentos difíceis; tempos de sol e brisas leves, em que a pesca foi abundante, e momentos em que as águas estiveram agitadas e o vento contrário. Mas eu sempre soube que naquele barco estava o Senhor e que o barco não era meu, nem de vocês, mas Dele, que não o deixa naufragar. É Ele que o conduz, certamente através também dos homens que escolhe, porque os quer. Esta foi e é uma certeza que nada pode ofuscar. E é por isso – completou Bento XVI – que hoje meu coração está pleno de graças a Deus, porque nunca fez faltar à Igreja e a mim o seu consolo, sua luz e seu amor”.

O Pontífice destacou também que “um Papa nunca está sozinho no timão do barco de Pedro, embora esta seja a sua primeira responsabilidade”:
“Nunca me senti sozinho, com a alegria e o peso do ministério petrino. O Senhor colocou a meu lado muitas pessoas que com generosidade e amor a Deus e à Igreja, me ajudaram, estando perto de mim”. Bento XVI citou os cardeais, os colaboradores e todos os funcionários da Santa Sé; os irmãos bispos e a Igreja de Roma, da qual é bispo; e naturalmente todo o povo de Deus:
Nas visitas pastorais, nos encontros, nas audiências, nas viagens, sempre senti muito carinho; mas eu também quis bem a todos, sem distinção. Sempre levei vocês, todos os dias, na oração, com o coração de pai” – disse, estendendo também seu agradecimento aos diplomatas que representam na Santa Sé “a grande família das Nações”, e aos jornalistas “que trabalham por uma boa comunicação e que desempenham um serviço importante”
Na sequência dos agradecimentos, Bento XVI citou especialmente as pessoas que de todo o mundo lhe enviaram mensagens de amizade e orações, nas últimas semanas:
“O Papa pertence a todos e muita gente se sente próximo a ele. Recebo cartas de Chefes de Estado, de líderes religiosos, mas também de pessoas simples, que querem enviar-me o seu afeto, que me escrevem como se escrevessem a um irmão, irmã, filho ou filha, com que mantêm uma relação ‘familiar’ muito carinhosa. Viver a Igreja assim é razão de alegria nestes tempos em que tanto se fala de declínio”.
Em seguida, ele explicou aos fiéis que nos últimos meses, à medida que sentiu que suas forças estavam diminuindo, pediu a Deus, insistindo com as orações, que o iluminasse para tomar a decisão mais justa para o bem da Igreja:
Fiz este passo na plena consciência de sua gravidade e da novidade, mas profundamente tranquilo no espírito. Amar a Igreja significa também ter a coragem de tomar decisões difíceis, tendo sempre em vista o bem da Igreja e não de si próprio”.
Lembrando novamente o que sentiu no dia de sua eleição, em 2005, o Papa disse que “quem assume o ministério petrino perde a sua privacidade; passa a pertencer sempre e totalmente a todos, a toda a Igreja. A dimensão privada é excluída de sua vida. Eu pude perceber, e percebo especialmente agora, que ao doar a própria vida, nós a recebemos”.
“Minha decisão não implica no retorno à vida privada. Não terei mais viagens, audiências, conferências, etc; mas não abandonarei a Cruz, continuarei junto ao Senhor Crucificado, de um modo novo. No ofício da oração, permanecerei no ‘espaço’ de São Pedro. São Bento, cujo nome adotei como Papa, será um grande exemplo para mim. Ele mostrou o caminho para uma vida que, ativa ou passiva, pertence totalmente à obra de Deus”.
Após quase uma hora de sua chegada na Praça, o Papa se despediu de todos sob os aplausos da multidão, assegurando que acompanhará o caminho da Igreja com orações e reflexões e pediu que rezemos pelos Cardeais, chamados a um dever tão importante, e pelo novo Sucessor do Apóstolo Pedro.
Bento XVI fez resumos de sua catequese em francês, inglês, espanhol, alemão, árabe, polonês, croata, tcheco, romeno, eslovaco e português. Eis o que disse:
No dia dezenove de Abril de dois mil e cinco, quando abracei o ministério petrino, disse ao Senhor: «É um peso grande que colocais aos meus ombros! Mas, se mo pedis, confiado na vossa palavra, lançarei as redes, seguro de que me guiareis». E, nestes quase oito anos, sempre senti que, na barca, está o Senhor; e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor. Entretanto não é só a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade; e o Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que as minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a sua luz para tomar a decisão mais justa, não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito.
Amados peregrinos de língua portuguesa, agradeço-vos o respeito e a compreensão com que acolhestes a minha decisão. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja, na oração e na reflexão, com a mesma dedicação ao Senhor e à sua Esposa que vivi até agora e quero viver sempre. Peço que vos recordeis de mim diante de Deus e sobretudo que rezeis pelos Cardeais chamados a escolher o novo Sucessor do Apóstolo Pedro. Confio-vos ao Senhor, e a todos concedo a Bênção Apostólica” .
Fonte: Rádio Vaticano

Após a renúncia, o Papa continuará a chamar-se “Sua Santidade Bento XVI”

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O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, realizou na manhã desta terça-feira (26), mais uma coletiva de imprensa, em que esclareceu algumas das muitas dúvidas dos jornalistas.
Uma delas é sobre como Bento XVI será chamado a partir do dia 28 de fevereiro. O diretor respondeu que continuará a chamar-se “Sua Santidade Bento XVI”, mas também será chamado “Papa Emérito” ou “Romano Pontífice Emérito”.
Sobre as vestes: branca, simples, sem mantelete. Não são mais previstas os sapatos vermelhos. “Parece que o Papa ficou muito satisfeito com os sapatos que lhe presentearam no México, em Leon”, disse padre Lombardi.
Não usará mais o anel do pecador, para o qual o Camerlengo, com o decano, darão o fim que a Constituição prevê.
Para a Audiência Geral de quarta-feira, foram distribuídos 50 mil bilhetes. Prevê-se o mesmo esquema: um amplo giro com o papamóvel. Não terá lugar o “beija-mão” – este será feito após a Audiência Geral, na Sala Clementina, para algumas autoridades, como o Presidente da Eslováquia, o Presidente da região da Baviera.
Quinta-feira, às 11h, haverá a saudação aos Cardeais, com o discurso do Decano no início. Às 16h55 (hora local), a partida de carro do pátio de São Dâmaso, saudação dos superiores. No heliporto, haverá a saudação do Cardeal Decano. Às 17h15, a chegada a Castel Gandolfo, onde estarão presentes o Bispo de Albano e outros autoridades. Às 17h30, no Pátio interno o Papa saúda os fiéis – a última saudação pública do Santo Padre. Às 20h, a Guarda Suíça, fecha a porta do Palácio Apostólico, encerrando o serviço para o Papa como chefe da Igreja.
POR: CNBB / RÁDIO VATICANO

Nota de Falecimento


Faleceu na madrugada de sábado para domingo, Frei Antônio José Martins, OFMCap. Frei Martins, como era conhecido, foi pároco dafrei-martins Paróquia Nossa Senhora das Graças de 1986 a 1998. Foi um atuante pároco, trabalhando e incentivando a construção dos meios populares, através de uma evangelização pautada no Evangelho. Em sua gestão trouxe para a Paróquia do Pirambu uma nova reconfiguração, no início de 1990, quando nasciam as áreas, que chamamos hoje de comunidade: Santo Antônio, São José, Santa Teresinha, Nossa Senhora Aparecida e São Pedro. Apoiou também a criação de círculos bíblicos, de grupos de discussões sociais, religiosas e políticas. No campo social construiu o CIPI, entidade sem fins lucrativos que durante muitos anos atendeu inúmeros adolescentes, encaminhando a uma vida profissional.
Deixa para a memória a figura de homem atuante na vida da Igreja e da sociedade. Compreendia que ambas se entrelaçam. E que nunca se separam. Atuante militante foi candidato a cargos políticos. Muitas vezes incompreendido, mas convicto em seus ideais. A ele nossa eterna gratidão e nossas homenagens póstumas.
A missa de sétimo dia será celebrada na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças no Pirambu, às 20 horas, pelo Frei Ademir Andrade, atual pároco do Pirambu.

SERVIÇO:
Paróquia Nossa Senhora das Graças
Rua Nossa Sra. das Graças, s/n, ao lado da Maternidade Nossa Sra. das Graças.
Secretaria paroquial: (85) 3214 46 34 (horário comercial)

Alex Ferreira – Paróquia Nossa Senhora das Graças – Pirambu  Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Comentando o Evangelho

Solicitação de um privilégio
É o terceiro anúncio da paixão no evangelho segundo Mateus. Já o dissemos: o anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus é uma prolepse que interessa, sobretudo, ao ouvinte ou leitor do evangelho. A mãe dos filhos de Zebedeu, juntamente com seus dois filhos, entra em cena para pedir um favor que, na verdade, é a solicitação de um privilégio: "Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda". O pedido dela é fruto da incompreensão. A verdadeira recompensa está em participar da vida de Jesus e de sua paixão, pois "ao discípulo basta ser como o Mestre" (Mt 10,25), que "não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos".

Carlos Alberto Contieri, sj

Evangelho do Dia- Mt 20,17-28

Ano C -

O maior é o que serve - Mt 20,17-28

Subindo para Jerusalém, Jesus chamou os doze discípulos e disse-lhes: "Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, açoitá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia, ressuscitará". A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido. Ele perguntou: "Que queres?" Ela respondeu: "Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda". Jesus disse: "Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber?" Eles responderam: "Podemos". "Sim", declarou Jesus, "do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou". Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus chamou-os e disse: "Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos".
Leitura Orante

Oração Inicial

Inicio este momento, orando com todos os que estão neste ambiente virtual, a oração de Bento XVI:
Senhor, dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito,
que ilumine as nossas mentes
e desperte entre nós o desejo de contemplar-vos,
o amor aos irmãos, especialmente aos aflitos,
e o ardor por anunciar-vos no início deste século.

1- Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio atentamente o texto de hoje: Mt 20,17-28.
No caminho para Jerusalém Jesus anuncia a sua morte como conseqüência de toda a sua vida. Enquanto isso, Tiago e João sonham com poder e honrarias, suscitando discórdia e competição entre os outros discípulos. Jesus mostra que a única coisa importante para o discípulo é segui-lo : servir e não ser servido. Na nova sociedade que Jesus projeta, a autoridade não é exercício de poder, mas serviço que se exprime na entrega de si mesmo para o bem comum. Os bispos, em Aparecida, lembraram o serviço de muitos que, inclusive, dão a própria vida serviço dos demais, como Jesus: "Apesar das deficiências e ambigüidades de alguns de seus membros, a Igreja tem dado testemunho de Cristo, anunciado seu Evangelho e oferecido seu serviço de caridade principalmente aos mais pobres, no esforço por promover sua dignidade e também no empenho de promoção humana nos campos da saúde, da economia solidária, da educação, do trabalho, do acesso à terra, da cultura, da habitação e assistência, entre outros. Com sua voz, unida à de outras instituições nacionais e mundiais, tem ajudado a dar orientações prudentes e a promover a justiça, os direitos humanos e a reconciliação dos povos. Isto tem permitido que a Igreja seja reconhecida socialmente em muitas ocasiões como uma instância de confiança e credibilidade. Seu empenho a favor dos mais pobres e sua luta pela dignidade de cada ser humano tem ocasionado, em muitos casos, a perseguição e, inclusive, a morte de alguns de seus membros, os quais consideramos testemunhas da fé. Queremos recordar o testemunho valente de nossos santos e santas, e aqueles que, inclusive sem haver sido canonizados, tem vivido com radicalidade o evangelho e oferecido sua vida por Cristo, pela Igreja e por seu povo." (DA 98).

2- Meditação (Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
O meu ser discípulo é conforme o Evangelho? Sou aquela pessoa que serve porque segue Jesus? Sou capaz de viver a radicalidade do Evangelho?

3- Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda Igreja a Oração da Campanha da Fraternidade 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

4- Contemplação (Vida e Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou hoje, descobrir a presença e os sinais de Deus em tudo que me acontecer.

Bênção

O Senhor o abençoe e guarde!
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!

O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27).   ( Paulinas )

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Evangelho do dia-- Mt 23,1-12


Eles falam mas não praticam.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 23,1-12
Naquele tempo:
1Jesus falou às multidões e a seus discípulos:
2"Os mestres da Lei e os fariseus
têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés.
3Por isso,
deveis fazer e observar tudo o que eles dizem.
Mas não imiteis suas ações!
Pois eles falam e não praticam.
4Amarram pesados fardos
e os colocam nos ombros dos outros,
mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los,
nem sequer com um dedo.
5Fazem todas as suas ações
só para serem vistos pelos outros.
Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura,
na testa e nos braços,
e põem na roupa longas franjas.
6Gostam de lugar de honra nos banquetes
e dos primeiros lugares nas sinagogas;
7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas
e de serem chamados de Mestre.
8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre,
pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos.
9Na terra, não chameis a ninguém de pai,
pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.
10Não deixeis que vos chamem de guias,
pois um só é o vosso Guia, Cristo.
11Pelo contrário, o maior dentre vós
deve ser aquele que vos serve.
12Quem se exaltar será humilhado,
e quem se humilhar será exaltado."
Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho


Dois elementos são importantes para nós a partir da leitura do Evangelho de hoje. O primeiro é que nenhum ser humano pode ser para nós modelo absoluto para a vivência do Evangelho, uma vez que todas as pessoas são pecadoras. O segundo é que não podemos fazer da religião forma de relação de poder e de promoção pessoal. As distinções que existem na vida religiosa devem ser de cargos e funções, porque existem ministérios diferentes, mas todos na Igreja têm uma dignidade igual: a de filhos e filhas de Deus. Mesmo dentro da Igreja, a hierarquia só pode ser concebida à luz do Evangelho e a partir do conceito de serviço.   Por: CNBB

Caminhada Penitencial no 3º Domingo da Quaresma

pe-confessando400 O arcebispo metropolitano de Fortaleza, dom José Antonio Aparecido T. Marques, convida através de uma Carta Circular, todos os fieis de Fortaleza a participarem da Caminhada Penitencial 2013 que acontecerá no 3º Domingo da Quaresma com início às 7 horas saindo da Igreja Nossa Senhora da Saúde, no Mucuripe, indo até a Catedral Metropolitana de Fortaleza. Em sua Carta o arcebispo diz que “esta caminhada quer ser a expressão externa e a oportunidade para se fazer um caminho mais profundo de conversão para o seguimento de Jesus no acolhimento de sua graça salvadora”. Leia  a íntegra da Carta Circular 003/2013 (frente/verso)
Durante a caminhada haverá a oportunidade de gestos concretos, como uma cruz nos ombros dos fiéis para recordar como o Senhor Jesus Cristo tomou sobre si todos os pesos da humanidade para redimi-la.
Na Celebração Penitencial haverá oportunidade de confissões para os fiéis que desejarem. O arcebispo solicita aos presbíteros que se façam presentes com túnica e estola roxa, disponíveis para atendimento às confissões durante a Caminhada Penitencial.
Por orientação do arcebispo, para que o maior número possível de fiéis possa participar, todas as celebrações aconteçam nas igrejas nas Primeiras Vésperas do dia 2 e na parte da tarde do dia 3, ficando reservada a manhã do dia 3 de março para esta grande manifestação comum de conversão da Igreja Arquidiocesana.   Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Arcebispo ministra segunda Catequese “Testemunha da fé”


semanamissionáriacatequese A Catedral Metropolitana de Fortaleza foi palco da segunda edição do “Testemunha da Fé”, catequese ministrada pelo arcebispo Dom José Antonio aos jovens.
Neste dia as orações são dedicadas a Bento XVI, uma forma de agradecê-lo por seu pontificado. Os jovens são dos diversos movimentos e Novas Comunidade da Arquidiocese que se preparam para a Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em julho deste ano na cidade do Rio de Janeiro.
O ponto central da catequese é o ensinamento do arcebispo que neste sábado abordou alguns artigos do Credo, também conhecido como Símbolo da fé cristã. “Temos o resumo da nossa fé no Símbolo apostólico (o Credo) que rezamos todos os domingos na Missa”, disse Dom José, baseando-se no Youcat, versão do catecismo da Igreja Católica para os jovens.
” O que é celebrar? Como celebramos? O que celebramos?”. A estas resposta o próprio arcebispo as respondeu a partir de uma comparação com o templo da Catedral. “Este templo encerra nele a tradição de 2 mil anos da Igreja. Possui uma grande nava onde ficam os fieis; um espaço de destaque para o altar; a cadeira sede que indica que alguém a preside. E neste local é que celebramos a fé, toda a comunidade unida a Cristo”, ensinou.
A fala posterior de Dom José enfocou a segunda parte do catecismo dedicado a explicar os que são os sacramentos e a liturgia. ” Temos três sacramentos da iniciação, Batismo , Eucaristia e Crisma; dois de cura, Reconciliação e Unção dos Enfermos e dois de missão, Matrimônio e Sacerdócio”, explicou.
Testemunho de Fé
Na catequese deste sábado o convidado para testemunhar a fé foi Moysés Azevedo, Fundador e Moderador Geral da Comunidade Católica Shalom, instituição que recebeu durante o pontificado de Bento XVIo reconhecimento definitivo de seus estatutos como Associação Internacional Privada de Fieis.
Homilia
“Deus teve a iniciativa de nos amar por primeiro,de conosco fazer aliança e espera de nós uma resposta de fé”;
“Na promessa da Nova Aliança Cristo é quem se oferece em sacrifício por nós, a fim de obtermos a vida eterna”;
Confira imagens do evento acessando http://semanamissionariafortaleza.org/585/ (Fotos: Wallace Freitas).
Notícia da Semana Missionária.

No último século a Igreja teve Papas excepcionais, afirma o bispo de Córdoba

Bispo de Córdoba, Dom Demetrio Fernández
MADRI, 26 Fev. 13 / 08:21 am (ACI/EWTN Noticias).- O Bispo do Córdoba (Espanha), Dom Demetrio Fernández, destacou o pontificado de Bento XVI e afirmou que no último século a Igreja esteve dirigida por Papas excepcionais.
"Os Papas que teve a Igreja no último século, quase todos estão canonizados ou em caminho de sê-lo. São Pio X, Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II. A Igreja nunca teve uma lista de Papas deste calibre. E nesta lista se insere Bento XVI", afirmou em sua carta enviada ao grupo ACI.
Em seu texto, o Prelado afirmou que em todos eles "se cumpre o chamado à santidade que o Concílio Vaticano II mostrou para todos".
"A santidade não são somente qualidades pessoais nem é principalmente o esforço humano. A santidade acima de tudo é graça. E, portanto, Deus esteve grande conosco, dando-nos esta fila de Papas que enchem as melhores páginas da história da humanidade com sua santidade de vida (…) e enfrentaram com o vigor sempre renovado do Evangelho os graves problemas da humanidade de nosso tempo".
Nesse sentido, Dom Fernández convidou os fiéis a "pensar no que significa o primado do apóstolo Pedro para o conjunto da Igreja e para toda a humanidade", pois "Jesus Cristo fundou sua Igreja sobre o alicerce dos apóstolos e a um deles –Pedro- colocou à frente daquela comunidade nascente".
"Por isso, o sucessor de Pedro está à frente de toda a Igreja. Pedro foi bispo de Roma, ali encontrou o martírio. E por isso, o bispo de Roma é sucessor do apóstolo Pedro (…). Foi Jesus quem lhe examinou no amor e lhe confiou a bela tarefa de apascentar suas ovelhas, as que Cristo tinha resgatado com seu sangue precioso", acrescentou.
Por isso, o Bispo de Córdoba convidou a agradecer a Deus pelo pontificado de Bento XVI e pedir-lhe "que nos dê um novo pastor segundo seu coração, que apascente a todos com o amor de Cristo".
"As circunstâncias que estamos vivendo são propícias para perguntar-nos se de verdade amamos o Papa, se escutamos o que nos ensina, se obedecemos no que nos manda. Afastar-se da comunhão com o sucessor de Pedro, seria afastar-se da verdadeira Igreja do Senhor. A oração destes dias nos situa em um clima de fé, pelo que podemos entender o que significa a sucessão apostólica, e só em clima de fé estaremos preparados para viver em comunhão com o Sucessor de Pedro, o Papa que Deus quer dar a sua Igreja hoje", finalizou.     Fonte: Acidigital

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Conclave para escolher o novo Papa poderia começar entre o dia 9 e 11 de março

ROMA, 25 Fev. 13 / 07:49 am (ACI).- O conclave com os 116 cardeais eleitores que farão parte dele para escolher o novo Papa, sucessor de Bento XVI, poderia começar entre o dia 9 e 11 de março.
Em declarações ao grupo ACI neste domingo 24 de fevereiro, um funcionário do Vaticano disse que estas são as datas que estiveram pensando para iniciar o conclave para escolher o sucessor de São Pedro.
A possibilidade de não esperar os 15 dias que normalmente se espera para começar o conclave se originou no fato de que o Papa Bento XVI anunciasse sua renuncia 17 dias antes que este ato se faça concreto.
De acordo com as normas da Igreja, os cardeais não poderiam escolher uma data anterior ao 15 de março, mas o Papa Bento XVI publicará um documento hoje, 25 de fevereiro, onde esclarecerá algumas questões para adiantar alguns dias.
Antes do início do conclave, os cardeais terão uma série de reuniões, conhecidas como congregações gerais, nas que conversarão sobre temas administrativos, as necessidades da Igreja e sobre quais devem ser as capacidades do próximo Papa.
Durante o conclave os 116 cardeais eleitores (eram 117 até que o Cardeal da Indonésia anunciasse que não assistirá por motivos de saúde) irão reunir-se na Capela Sixtina e escolherão o próximo Papa.
Quando o novo Santo Padre seja escolhido, os fiéis poderão ver a fumaça branca (fumata branca) saindo da chaminé da Sixtina. Quando uma votação termine sem haver um cardeal eleito, a fumaça será preta.       Fonte: Acidigital

Em oração estamos sempre juntos, sempre próximos”, disse o Papa em sua última oração do Angelus


Milhares de pessoas tomaram a Praça de São Pedro, no Vaticano, ao meio-dia desse domingo, para ver Bento XVI aparecer na janela do Palácio Apostólico e rezar o Angelus pela última vez antes de renunciar ao pontificado no dia 28 de fevereiro.
Como no período em que foram realizados os funerais de João Paulo II, em 2005, um forte esquema de segurança isolou a região do Vaticano para favorecer o acesso da multidão. O Papa apareceu, como sempre, entrou rapidamente e foi servido pelo recém-ordenado arcebispo Georg Gänswein e já passou à meditação, tratando nesse domingo sobre o episódio da Transfiguração (Lc 9,28-36). O Papa lembrou que essa passagem do evangelho lembra aos cristãos a necessidade da oração, especialmente nesse tempo da Quaresma.
Bento XVI considerou que a passagem se dirige a ele próprio. Deus o pede para se recolher à oração, mas isso "não significa abandonar à Igreja". Significa, disse o Papa, que continuará a rezar e se dedicar à atividade que estará mais de acordo com sua idade e condições físicas. Depois dessa meditação, procedeu à oração do Angelus.
"Obrigado. Agradecemos a Deus pelo dia de sol!", disse o Papa antes de iniciar as mensagens em várias línguas. Primeiro, francês e em seguida apresentou uma brevíssima mensagem em outros idiomas e terminou em italiano. Quando falou em português, o Papa agradeceu, particularmente, pela solidariedade com que as pessoas estão acompanhando esse momento da vida dele.
O Papa rezou o Angelus cerca de 380 vezes durante os últimos 8 anos. Neste domingo, bandeiras de várias países do mundo e cartazes com dizeres de apoio foram levados pelos peregrinos. Na última mensagem, uma promessa: "Em oração estamos sempre juntos, sempre próximos".
O Papa volta a aparecer em público, pela última vez, na quarta-feira, 27 de fevereiro, na Praça de São Pedro, na Audiência Geral.
Confira a meditação do Papa Bento XVI sobre o Evangelho da Transfiguração. O Pontífice explica que a própria renúncia não significa "abandonar a Igreja", mas servi-la "com uma dedicação mais adequada às minhas forças".
***
Queridos irmãos e irmãs!
No segundo domingo da Quaresma, a liturgia sempre nos apresenta o Evangelho da Transfiguração do Senhor. O evangelista Lucas coloca especial atenção no fato de que Jesus foi transfigurado enquanto orava: a sua é uma profunda experiência de relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que Jesus vive em um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João , os três discípulos sempre presentes nos momentos da manifestação divina do Mestre (Lc 5,10; 8,51; 9,28). O Senhor, que pouco antes havia predito a
sua morte e ressurreição (9,22),oferece a seus discípulos uma antecipação da sua glória. E também na Transfiguração, como no batismo, ouvimos a voz do Pai Celestial: "Este é o meu filho, o eleito; ouvi-o" (9, 35). A presença de Moisés e Elias, representando a Lei e os Profetas da Antiga Aliança, é muito significativa: toda a história da Aliança está focada Nele, o Cristo, que faz um novo "êxodo" (9,31) , não para a terra prometida, como no tempo de Moisés, mas para o céu. A intervenção de Pedro: "Mestre, é bom para nós estarmos aqui" (9,33) representa a tentativa impossível de parar esta experiência mística. Santo Agostinho diz: "[Pedro] ... no monte... tinha Cristo como alimento da alma. Por que deveria descer para voltar aos trabalhos e dores, enquanto lá encima estava cheio de sentimentos de santo amor por Deus e que inspiravam-lhe uma santa conduta? "(Sermão 78,3).
Meditando sobre esta passagem do Evangelho, podemos tirar um ensinamento muito importante. Primeiro, o primado da oração, sem a qual todo o trabalho do apostolado e da caridade é reduzido ao ativismo. Na Quaresma aprendemos a dar o justo tempo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e das suas contradições, como Pedro quis fazer no Tabor, mas a oração traz de volta para o caminho, para a ação. "A existência cristã - escrevi na Mensagem para esta Quaresma – consiste num contínuo subir o monte do encontro com Deus, para depois descer trazendo o amor e a força que provém dele, a fim de servir os nossos irmãos e irmãs com o mesmo amor de Deus "(n. 3).
Queridos irmãos e irmãs, sinto essa Palavra de Deus especialmente dirigida a mim, neste momento da minha vida. O Senhor me chama para “subir o monte”, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, pelo contrário, se Deus me pede isso é para que eu a possa continuar servindo com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual fiz até hoje, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças. Invoquemos a intercessão da Virgem Maria: que ela sempre nos ajude a seguir o Senhor Jesus, na oração e nas obras de caridade.
[Depois da oração do Angelus o Santo Padre dirigiu estas palavras aos peregrinos de língua portuguesa:]
Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos.
Fonte: Rádio Vaticano