2013-05-30 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – Papa Francisco deixou o Vaticano, na tarde de hoje, para celebrar a Santa Missa de Corpus Christi na Basílica de São João de Latrão, sede da diocese de Roma.
O Santo Padre deixou a Casa Santa Marta, no Vaticano, às 18.40, hora local, e se dirigiu de automóvel à Basílica Lateranense, onde, às 19.00 deu início à celebração da Santa Missa no patamar da Basílica. Antes da Missa, se deteve por alguns instantes em adoração diante do Santíssimo Sacramento.
Em sua homilia, o Papa partiu da frase evangélica da liturgia de hoje: ”Dai-lhes vós mesmos de comer”. Esta expressão chamou a atenção do Santo Padre, que se deixou guiar por três palavras chaves: seqüela, comunhão, partilha. E perguntou: “Mas, dar de comer a quem”? E respondeu: “À multidão que seguia a Jesus, da qual escolheu seus Doze Apóstolos. E acrescentou:“O povo o segue, o escuta, porque Jesus fala e age de modo novo com a autoridade de quem é autêntico e coerente, de quem age na verdade, de quem transmite a esperança que vem de Deus, de quem revela o rosto de um Deus que é Amor. Por isso, o povo louva a Deus!”
Hoje, disse o Papa aos fiéis presentes, também nós viemos aqui para seguir a Jesus, ouvi-lo, acompanhá-lo e entrar em comunhão com Ele na Eucaristia. Jesus nos fala através do silêncio do Mistério da Eucaristia. Eis porque Jesus pede aos discípulos para dar de comer à multidão. E acrescentou:“Esta noite, também nós estamos em torno da mesa do Senhor, da mesa do Sacrifício Eucarístico, durante o qual Ele nos dá, mais uma vez, o seu corpo, tornando presente o único sacrifício da Cruz. A Eucaristia é o Sacramento da comunhão, que nos faz sair do nosso individualismo para passarmos à seqüela e à fé no Senhor”.
Enfim, depois de explicar os dois aspectos da sua homilia, seqüela e comunhão, o Santo Padre passou ao terceiro: a partilha ou solidariedade, que nasce da distribuição dos pães e dos peixes à multidão, ou seja, colocar o que temos e as nossas humildes capacidades à disposição de Deus e dos irmãos. E o Papa concluiu:
“Esta noite, mais uma vez, o Senhor, distribuiu entre nós o pão, que é seu corpo e se torna dom. Por isso, também nós experimentamos a solidariedade de Deus para com o homem, uma solidariedade que nunca se esgota e nunca deixa de nos maravilhar. Na Eucaristia o Senhor nos faz percorrer seu caminho, que é serviço, partilha e dom”.
Portanto, seqüela, comunhão e partilha. O Papa pediu a Deus para que a Eucaristia nos provoque sempre a seguir o Senhor, a ser instrumentos de comunhão, a partilhar com Ele e com os nossos irmãos o que temos e o que somos. Somente assim a nossa existência será fecunda.
Ao término da celebração Eucarística, o Santo Padre presidiu à procissão de Corpus Christi, da qual participaram o clero e os numerosos fiéis presentes. No final, o Papa concedeu a todos a bênção Eucarística e retornou ao Vaticano. (MT)Fonte: News.VA
quinta-feira, 30 de maio de 2013
A Santíssima Eucaristia
O significado de Corpus Christi é oriundo do latim e significa "Corpo de Cristo". Esta solenidade, no Brasil comemorada sempre na quinta-feira depois da Festa da Santíssima Trindade, tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Acontece sempre em uma quinta-feira em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e em seu Sangue. "O que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 - 59). Através da Santíssima Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.
Corpus Christi remonta ao século XI. A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria sido inspirada para que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. O Papa Urbano IV, em 1264, através da Bula "Transiturus de hoc mundo" estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e os textos litúrgicos, que até hoje são usados durante a celebração. Compôs o hino "Lauda Sion Salvatorem" (Louva, ó Sião, o Salvador), também ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia nos cinco continentes. A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
A Santíssima Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Jesus por nós. É pela Eucaristia que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Jesus e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui na Terra mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.
Na procissão de Corpus Christi acompanhamos o Ressuscitado no seu caminho pelo mundo inteiro, como dissemos. E, precisamente fazendo isto, respondemos também ao seu mandamento: "Tomai e comei... Bebei todos" (Mt 26, 26s.). Comer este pão é comunicar, é entrar em comunhão com a pessoa do Senhor vivo. Esta comunhão, este ato de "comer", é realmente um encontro entre duas pessoas, é deixar-se penetrar pela vida d'Aquele que é o Senhor, d'Aquele que é o meu Criador e Redentor. A finalidade desta comunhão, deste comer, é a assimilação da minha vida à sua, a minha transformação e conformação com Aquele que é Amor vivo. Por isso, esta comunhão exige a adoração, requer a vontade de seguir Cristo, de seguir Aquele que nos precede. Assim sendo, a adoração e a procissão fazem parte de um único gesto de comunhão; respondem ao seu mandamento: "Tomai e comei".
Uma dimensão da Eucaristia é a de banquete. A Eucaristia nasceu na noite de Quinta-feira Santa, no contexto da ceia pascal. Traz, por conseguinte, inscrito na sua estrutura o sentido de sentar-se à mesa: "Tomai, comei... Tomou, em seguida, um cálice e... entregou-lho dizendo: Bebei dele todos..." (cf. Mt 26,26.27). Este aspecto exprime bem a relação de comunhão que Deus quer estabelecer conosco e que nós mesmos devemos fazer crescer uns com os outros.
Irmãos, celebremos com fé e esperança esta manifestação de Jesus Eucarístico e coloquemo-nos como adoradores de Jesus Sacramentado para que a nossa vida seja uma perene Eucaristia!
Fonte: Catequese católica
Corpus Christi remonta ao século XI. A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria sido inspirada para que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. O Papa Urbano IV, em 1264, através da Bula "Transiturus de hoc mundo" estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e os textos litúrgicos, que até hoje são usados durante a celebração. Compôs o hino "Lauda Sion Salvatorem" (Louva, ó Sião, o Salvador), também ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia nos cinco continentes. A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
A Santíssima Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Jesus por nós. É pela Eucaristia que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Jesus e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui na Terra mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.
Na procissão de Corpus Christi acompanhamos o Ressuscitado no seu caminho pelo mundo inteiro, como dissemos. E, precisamente fazendo isto, respondemos também ao seu mandamento: "Tomai e comei... Bebei todos" (Mt 26, 26s.). Comer este pão é comunicar, é entrar em comunhão com a pessoa do Senhor vivo. Esta comunhão, este ato de "comer", é realmente um encontro entre duas pessoas, é deixar-se penetrar pela vida d'Aquele que é o Senhor, d'Aquele que é o meu Criador e Redentor. A finalidade desta comunhão, deste comer, é a assimilação da minha vida à sua, a minha transformação e conformação com Aquele que é Amor vivo. Por isso, esta comunhão exige a adoração, requer a vontade de seguir Cristo, de seguir Aquele que nos precede. Assim sendo, a adoração e a procissão fazem parte de um único gesto de comunhão; respondem ao seu mandamento: "Tomai e comei".
Uma dimensão da Eucaristia é a de banquete. A Eucaristia nasceu na noite de Quinta-feira Santa, no contexto da ceia pascal. Traz, por conseguinte, inscrito na sua estrutura o sentido de sentar-se à mesa: "Tomai, comei... Tomou, em seguida, um cálice e... entregou-lho dizendo: Bebei dele todos..." (cf. Mt 26,26.27). Este aspecto exprime bem a relação de comunhão que Deus quer estabelecer conosco e que nós mesmos devemos fazer crescer uns com os outros.
Irmãos, celebremos com fé e esperança esta manifestação de Jesus Eucarístico e coloquemo-nos como adoradores de Jesus Sacramentado para que a nossa vida seja uma perene Eucaristia!
Fonte: Catequese católica
Liturgia Diária
Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Oração: | |
Espírito de solidariedade e partilha, faze-me sensível à lição eucarística da partilha, movendo-me a manifestar minha solidariedade efetiva com os pobres deste mundo. | |
Primeira leitura: Gn 14, 18-20 | |
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Salmos: Sl 109 | |
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2° Leitura: 1Cor 11, 23-26 | |
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Evangelho: Lc 9, 11-17 | |
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Comentário do Evangelho | |
Festa do Corpo e Sangue de Cristo A festa de “Corpus Christi” é festa de ação de graças, pois a vida entregue do Senhor, seu corpo e sangue, é nosso verdadeiro alimento e sustento. É, igualmente, festa da unidade da Igreja, corpo de Cristo (1Cor 12,12-31), sacramento do Senhor, neste mundo. O relato da multiplicação dos pães é precedido da acolhida da multidão por Jesus, seu ensinamento sobre o Reino de Deus e gestos que acompanham e autenticam sua palavra. O diálogo dos discípulos com Jesus, que querem despedir a multidão, possibilita compreender qual é o verdadeiro alimento do povo de Deus, qual o verdadeiro sustento do povo que o Senhor reúne. É preciso uma mudança profunda de mentalidade, pois este alimento não se compra. O verdadeiro alimento do povo que o Cristo reúne é espiritual, “o pão descido do céu” (Jo 6,33), “o pão da vida” (Jo 6,34), a carne, a vida de Jesus entregue para a vida do mundo (Jo 6,51). É um alimento abundante e que sacia plenamente: “Todos comeram e se saciaram” (Lc 9,17). “A Eucaristia faz a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia.” | |
Leitura Orante | |
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terça-feira, 21 de maio de 2013
Liturgia Diária
Oração do Espírito Santo
Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Oração:
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Senhor Jesus, tira do meu coração todo ideal humano de grandeza, e faze-me compreender que ela consiste em fazer-me servidor.
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Primeira leitura: Eclo 2,1-13
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Salmos: Sl 36
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Evangelho: Mc 9,30-37
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Comentário do Evangelho
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Na vida cristã é maior quem serve
O Jesus apresentado por Marcos é um Mestre que continuamente ensina seus discípulos e a multidão (cf. 6,34). Marcos não nos informa, em geral, explicitamente acerca do conteúdo do ensinamento de Jesus. Aqui, em concreto, o ensinamento diz respeito à sua Páscoa (v. 31). Os discípulos, porém, não compreendiam (cf. v. 32). O anúncio da paixão-morte-ressurreição não é previsão de futuro. Ele tem, no relato, uma função específica: preparar o ouvinte e/ou leitor do evangelho para entrar, sem esmorecer e sem medo, na paixão e morte de Jesus, iluminado pela certeza de sua ressurreição. A discussão dos discípulos acerca de quem era o maior entre eles (cf. vv. 33-34) revela a incompreensão deles, não somente acerca do destino de Jesus, mas também de sua própria condição. No seguimento de Cristo e na vida cristã, o mais é quem serve, a exemplo do Senhor que se fez Servo de todos (cf. vv. 35-36). Serviço que tem que se traduzir no acolhimento de todos, sobretudo, dos que precisam de mais cuidado (cf. v. 37). Carlos Alberto Contieri,sj | |
Leitura Orante
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A força da palavra
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Liturgia diária
Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém
Oração:
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Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.
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Primeira leitura: Eclo 1,1-10
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Salmos: Sl 92
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Evangelho: Mc 9,14-29
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Comentário do Evangelho
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Jesus é vitorioso sobre o mal
No tempo de Jesus, algumas enfermidades, sobretudo as psíquicas, em que não se sabia a origem, tampouco o tratamento adequado e eficaz, eram atribuídas a um espírito impuro. O mal é o que faz mal ao ser humano. O mal desfigura o ser humano, impede-o de falar, e de falar bem, confunde e distorce a palavra. A fé, a confiança e adesão à pessoa de Jesus Cristo possibilitam reconhecer sua presença como dom da salvação de Deus; somente recorrendo à ajuda de Deus é que mal não tem poder sobre nós. O homem entregue às próprias forças não pode vencer o mal. Por isso, Jesus responderá à pergunta dos discípulos desse modo: “Essa espécie só pode ser expulsa pela oração” (v. 29). O evangelho é uma proclamação da fé: Jesus é vitorioso sobre o mal. | |
Leitura Orante
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sexta-feira, 17 de maio de 2013
A festa de Pentecostes
No
dia 19 de maio deste ano de 2013, a Igreja Católica celebra a Festa de
Pentecostes. A liturgia do dia nos apresenta a descida do Espírito Santo sobre a
comunidade dos discípulos, em duas tradições – a de Lucas (Atos) e da Comunidade
de São João. Em João, a Ressurreição, a Ascensão e a Decida do Espírito se deram
no mesmo dia da Páscoa, enquanto Lucas separe os três eventos, Páscoa, Ascensão
e Descida do Espírito Santo, num período de 50 dias. Encerra o ciclo pascal com
a Festa do Pentecostes. Pentecostes que significa cinquenta, cinquenta dias após
a ressurreição do Senhor. A Festa de Pentecostes era nos primórdios a Festa da
Colheita, os povos agradecidos a Deus pelas bênçãos do Céu, faziam uma grande
festa pelos frutos colhidos graças à providência do Criador. A leitura enfatiza
que no dia de Pentecostes todos estavam reunidos com “os mesmos sentimentos, e
eram assíduos na oração” (At 1, 14). Quer dizer, a descida do espírito não é
algo mágico, mas consequência da unidade na fé e no seguimento do projeto de
Jesus. De repente, “veio do céu um ruído como de violento vendaval que encheu
toda a casa onde eles estavam. Então lhes apareceu algo como línguas de fogo,
que se repartiam, e pousou um sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do
Espírito Santo, e se puderam a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes
concedia exprimirem-se” (Atos. 2,4). Este relato usa imagens apocalípticas,
símbolos da teofania, ou da manifestação da presença de Deus – o som de um
vendaval e as línguas de fogo. O Catecismo da Igreja Católica afirma: “Terminada
a obra que o Pai havia confiado ao Filho para realizar na terra, foi enviado o
Espírito Santo no dia de Pentecoste para santificar a Igreja permanentemente.
Foi então que “a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou
a difusão do Evangelho com a pregação” (CIC no. 767). A Bíblia nos diz que com a
descida do Espírito Santo os presentes pudessem “ouvir, na sua própria língua, o
que os discípulos falaram” (Atos, 2, 8-11). Assim, Lucas quer enfatizar que o
dom do Espírito Santo tem um objetivo missionário e profético – de fazer com que
toda a humanidade possa ouvir e compreender a nova linguagem, que une todas as
raças e culturas – ou seja, a linguagem do amor, da solidariedade, do Projeto de
Jesus, do Reino de Deus.
A função do Espírito Santo em nós é: a)
santificar: “Fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados em nome do
Senhor Jesus, mediante o Espírito do nosso Deus” (1Cor 6, 11). b) iluminar: “O
Confortador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará
tudo e vos recordará tudo o que vos disse” (Jo 14, 26). c) fortificar: “O
Espírito Santo vem em auxílio de nossa fraqueza” (Rom 8, 26). O Catecismo da
Igreja Católica nos apresenta os dons e frutos do Espírito Santo. No sacramento
de crisma recebemos os sete dons do Espírito Santo: sabedoria, inteligência,
conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus (CIC no. 1831). Os frutos
do espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como primícias da
glória eterna. A Tradição da Igreja enumera doze: “caridade, alegria, paz,
paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia,
domínio de si e castidade” (Gl 5, 22-23).
A Festa de Pentecostes é uma festa missionária
que marca a transformação da Igreja de uma seita judaica numa comunidade
universal, missionária, mas, não proselitista, comprometida com a construção do
Reino de Deus “até os confins da terra”. Aprendamos dos dois relatos da decida
do Espírito Santo no Novo Testamento, não a de falar em línguas, mas a falar a
língua única do amor e do compromisso com o Reino, para que a mensagem do
Evangelho penetre todos os povos, culturas, raças e etnias. O dom do Espírito
Santo é dado a cada um de forma individual, mas somente quando agimos na missão
comum de evangelizar é que sua manifestação acontece de forma completa.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald – Redentorista
Nota sobre uniões estáveis de pessoas do mesmo sexo
Na
quinta-feira, 16 de maio, na coletiva de imprensa que apresentou o balanço da
reunião do Conselho Episcopal Pastoral (CONESP), foi divulgado uma nota sobre
uniões estáveis de pessoas do mesmo sexo, diante da Resolução do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a “habilitação, celebração de
casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas de
mesmo sexo”. De acordo com a entidade, “o matrimônio natural entre o homem e a
mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do
Direito Natural”.
Nota sobre uniões estáveis de pessoas do
mesmo sexo
Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos
dias 14, 15 e 16 de maio de 2013, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa
vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar. Desejamos também
recordar nossa rejeição à grave discriminação contra pessoas devido à sua
orientação sexual, manifestando-lhes nosso profundo respeito.
Diante da Resolução do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), que dispõe sobre a “habilitação, celebração de casamento civil,
ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo” (n.
175/2013), recordamos que “a diferença sexual é originária e não mero produto de
uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a
família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural” (Nota
da CNBB, 11 de maio de 2011). A família, assim constituída, é o âmbito adequado
para a plena realização humana e o desenvolvimento das diversas gerações,
constituindo-se o maior bem das pessoas.
Ao dar reconhecimento legal às uniões estáveis
como casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em nosso país, a Resolução
interpreta a decisão do Supremo Tribunal Federal de 2011 (cf. ADI 4277; ADPF
132). Certos direitos são garantidos às pessoas comprometidas por tais uniões,
como já é previsto no caso da união civil. As uniões de pessoas do mesmo sexo,
no entanto, não podem ser simplesmente equiparadas ao casamento ou à família,
que se fundamentam no consentimento matrimonial, na complementaridade e na
reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e à educação dos
filhos.
Com essa Resolução, o exercício de controle
administrativo do CNJ sobre o Poder Judiciário gera uma confusão de
competências, pois orienta a alteração do ordenamento jurídico, o que não diz
respeito ao Poder Judiciário, mas sim ao conjunto da sociedade brasileira,
representada democraticamente pelo Congresso Nacional, a quem compete propor e
votar leis.
Unimo-nos a todos que legítima e democraticamente
se manifestam contrários a tal Resolução. Encorajamos os fiéis e todas as
pessoas de boa vontade, no respeito às diferenças, a aprofundar e transmitir, no
seio da família e na escola, os valores perenes vinculados à instituição
familiar, para o bem de toda a sociedade.
Que Deus ilumine e oriente a todos em sua vocação
humana e cristã!
Brasília-DF, 16 de maio de 2013
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Presidente da CNBB em exercício
Dom Sergio Arthur Braschi
Bispo de Ponta Grossa
Vice-Presidente da CNBB em exercício
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
Fonte: CNBB
Registrando momentos : Comemorando o Dom da Vida do Padre Luciano Gonzaga- 16 de Maio de 2013
PARABÉNS PADRE LUCIANO!!!!
Na casa da FAMÍLIA
A Área Pastoral São José deseja- lhe padre Luciano,
uma vida de muitas graças e bênçãos...Nós o amamos pela pessoa simples, dedicada e maravilhosa que és. Somos felizes por essa convivência fraterna. Que Jesus o ilumine sempre!
Liturgia Diária
Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Oração:Pai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho Jesus, e confirma minha condição de discípulo que deseja dar testemunho autêntico de sua fé. | |
Primeira leitura: At 25,13b-21 | |
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Salmos: Sl 102 | |
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Evangelho: Jo 21,15-19 | |
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Comentário do Evangelho | |
A única resposta adequada a esse amor é o amor O capítulo 21 do evangelho segundo João é tardio. Esta segunda parte do capítulo (vv. 15-19) tem por finalidade legitimar a missão de Pedro de ser “o primeiro entre iguais”, e que sua missão está fundada na palavra do Senhor: “Apascenta as minhas ovelhas” (v. 17). Lembremo-nos de que, ao longo de todo o evangelho, Simão Pedro não é propriamente o ícone do homem de fé (Jo 20,6-7). Ele depende, para o reconhecimento, do “discípulo que Jesus amava” (20,8; 21,7). A missão de Pedro está fundada num amor primeiro, no amor que antecede tudo e todos. A única resposta adequada a esse amor é o amor. Só o amor incondicional à pessoa de Jesus Cristo pode permitir que o seguimento e a missão confiada sejam vividos na mais pura gratuidade e entrega. Somente um amor sem reservas permitirá a Pedro a disponibilidade para ir aonde o Senhor quer que ele vá: “… quando, porém, fores velho, estenderás as mãos e outro te amarrará pela cintura e te levará para onde não queres ir” (v. 18). A maturidade da fé supõe deixar-se conduzir pelo Senhor. O amor, que está na origem do seguimento, permite atualizar na vida o sacrifício de Jesus. | |
Leitura Orante | |
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