quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Cinco Venenos do cotidiano

O SIM dado a Deus deve ser total, por isso é preciso rever continuamente nosso comportamento frente à missão assumida. Dom Orlando Brandes, arcebispo de Londrina, nos apresenta cinco comportamentos que enfraquecem o impulso vocacional e que, portanto, devem se banidos do nosso dia-a-dia.                                                                   O APEGO é a raiz de todo o sofrimento moral, de ciúmes, invejas, agressões. O apego nos torna escravos de coisas e pessoas, roubando-nos a liberdade e a paz.

Pior ainda, o apego é uma dependência emocional servil, que nos deixa angustiados, ansiosos, atemorizados. A única solução está em tomar consciência de nossos apegos e urgentemente abandoná-los.

A ROTINA
Torna a vida, as pessoas e a existência corriqueiras, chatas e molestas. Faz as pessoas perderem o elã vital e viver na mesmice, na superficialidade, na falta de sentido. A rotina reduz a beleza da vida, acaba em cansaço e quando não em depressão.

O mistério da vida acaba em trivialidade e pessimismo. A rotina corrói a vida como a traça, a ferrugem, o cupim e a cárie. Há muitas maneiras de superação da rotina, como: a oração, o amor no trabalho, a valorização do cotidiano, a gratuidade do agir, a intenção de dar glória a Deus e servir a humanidade em tudo que fazemos. Sem a esperança na glória futura, seremos vítimas da rotina.

A MEDIOCRIDADE
É a falta de empenho, de interesse e de cuidado. Muito parecida com a preguiça e com a indolência, a mediocridade nos coloca no patamar da acomodação, da ética do jeito, da instalação, da meia ciência, da inconsciência. O medíocre diz: As coisas são assim mesmo, deixa como está para ver como vai ficar.

É o aburguesamento, a vida soft e light, o levar tudo com a barriga, sob o comando da alienação, da lei do menor esforço, da facilidade, da brincadeira. Só o sofrimento, a conscientização, um choque emocional, e a graça da conversão podem mudar o ritmo da pessoa medíocre.

AS PREOCUPAÇÕES

Nada trazem de soluções, pelo contrário, aumentam os problemas que são antecipados. É falta de sabedoria e de discernimento deixar-se afetar pelas preocupações que tiram o sono, apressam o estresse, precipitam o nervosismo, destroem a paz e o bom senso, acarretando a velhice antes do tempo.

Nosso lema deve ser: Ocupação sim, preocupação não. Evitemos lamentar os problemas e busquemos as soluções cabíveis. Mudar o que pode ser mudado e aceitar o que não pode ser mudado. Libertar-se das preocupações é terapia, é sabedoria.

AS OMISSÕES
É deixar de fazer o bem, fazê-lo pela metade, contentar-se com o mínimo, não usar os dons, as qualidades, as graças, as oportunidades que nos são dadas.

A omissão dos pais, professores, médicos, sacerdotes, políticos…, acarreta uma série de problemas para a sociedade. Os maus são atrevidos, os bons são omissos, eis o drama! Quem prejudica alguém pela omissão tem a obrigação moral de reparar os danos. A educação e a religião podem nos libertar do veneno da omissão.

Dom Orlando Brandes

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