sábado, 26 de dezembro de 2015

Rei da paz será chamado

Padre Geovane Saraiva*
Nascimento do Menino Jesus: tão pequeno na gruta de Belém. Ele, que entrou no mundo como uma criança frágil, viveu na sociedade de seu tempo sendo filho de Maria de Nazaré e do carpinteiro José, querendo, evidentemente, desmanchar a montanha do orgulho e do egoísmo, amparado pela simbologia do manto da paz, da justiça, da ternura e da solidariedade, falando-nos ao interior do coração humano, como assevera tão bem o Papa Francisco: “A verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração”.
padre-geovane_t
Estamos, alegremente, comemorando o Natal! É claro que no coração das pessoas a estribaria concreta de hoje, com suas angústias, misérias, solidão e sofrimento de toda natureza, o Deus Menino quer nascer. Na Belém de outrora, em uma cidade pequena, nasceu uma pobre criança, aliás nem nasceu na cidade, e sim no campo, como tão bem sabemos, em um lugar humilde, entre animais e pastores. Ele que veio para dar a vida por suas ovelhas, chamando atenção para uma realidade, antagônica e ao mesmo tempo misteriosa: nasceu durante a noite, na escuridão, mas na condição de luz ou estrela da humanidade. O que nos conforta enormemente é saber que Nosso Senhor Jesus Cristo não veio para os sãos, mas para os enfermos, e Ele conhece quais são as enfermidades de nosso corpo, coração e alma.
O Filho de Deus entra no mundo para que as pessoas percebam, do mais  íntimo do íntimo, que a sua missão é misteriosa e divina. É o Verbo de Deus que se encarnou e veio se estabelecer entre nós (cf. Jo 1, 14). O convite que Ele nos faz é de “participar da divindade daquele que uniu a Deus nossa humanidade”, manifestando-se como luz a iluminar todos os povos no caminho da salvação, na inefável “troca de dons entre o Céu e a Terra”. Temos consciência do ambiente nem sempre favorável, nas palavras do Sumo Pontífice, que faz-nos pensar: “O grande risco do mundo atual é a tristeza individualista que brota do coração mesquinho”.
O que o mundo propõe não deve ser causa de alegria. Alegria de verdade encontramos no Evangelho como uma palavra de ordem: “Eis que eu anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo”. E qual é mesmo a alegria no sentido mais profundo? “Nasceu-vos hoje na cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor” (cf. Lc 2, 10-11). A nós, católicos, cabe exultar e, ao mesmo tempo, contemplar associados aos anjos, que povoaram os céus naquela noite feliz e memorável, no indizível e misterioso coro:

“Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade”.

*Escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE –geovanesaraiva@gmail.com

Registrando Momentos:Dom José Antonio ordenou novos padres na Arquidiocese de Fortaleza


006-DSC03400
035-IMG_4661
O Arcebispo de Fortaleza, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, ordenou  na noite de 22 de Dezembro de 2015, na Catedral Metropolitana, nove novos padres. São eles:
  • José Isaac da Silva Lopes
  • Marcos Ronney dos Santos Matos
  • Sidney Mendonça de Oliveira
  • Wesley Sousa da Silva
  • Francisco José Costa de Sousa
  • Cristiano Pinheiro Campelo Bedê
  • Edie Bethlem Suassuna Lemos
  • Gustavo José Mendes Pinto
  • Hirtz Dagoberto dos Santos
  • 075-IMG_4709
018-DSC03412

021-DSC03415

025-IMG_4647
050-DSC03444
130-IMG_4765
 106-DSC03500
046-IMG_4673

030-IMG_4656

066-IMG_4699067-IMG_4700095-DSC03489
088-DSC03482110-IMG_4745119-IMG_4754
138-IMG_4773
156-DSC03550



160-DSC03554


 Desejamos aos jovens sacerdotes  a graça e a fortaleza para continuar o caminho do discipulado de Jesus Cristo, o Salvador.


 Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Catedral de Fortaleza divulga programação de Final de Ano

  • Dia 31 de dezembro 2015
Celebração da Santa Missa na Catedral às 20 horas (Ação de Graças – Ano Novo) presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza;
Celebração da Santa Missa, às 19 horas, na Igreja de São Pedro presidida pelo Pe. Luis Madeira;
Celebração da Santa Missa, às 20 horas, na Igreja da Prainha, presidida pelo Pe. Luis Alberto;
Celebração da Santa Missa, às 7 horas, na Igreja Nossa Senhora do Rosário. presidida pelo Pe. Luis Alberto.
  • Dia 1º de janeiro de 2016
Solenidade da Santa Mãe de Deus, Dia Mundial da Paz e Fraternidade Universal. Celebração da Santa Missa nos seguintes horários: 12 horas, presidida pelo Pe. Clairton, pároco da Catedral; 18h30min, presidida pelo Pe. Luis Alberto; 20 horas, presidida pelo Pe. Clairton, pároco da Catedral.
Celebração da Santa Missa, às 17 horas, na Igreja de São Pedro, presidida pelo Pe. Luis Madeira;
Celebração da Santa Missa, às 17h30min, na Igreja da Prainha, presidida pelo Pe. Clairton, pároco da Catedral.
Informações na Secretaria da Catedral com Consuelda: (85) 3231 4196.

Dom Aloísio Lorscheider partia há oito anos


FOTOD DE DOM ALOÍSIO
Neste dia 23 de dezembro, recordamos a partida para a casa do Pai, de Dom Aloísio Cardeal Lorscheider. Ele, um franciscano, que descobriu a verdadeira face de Deus, imprescindível ao traçado de seus passos, a partir dessa realidade misteriosa, quando o afirma numa tônica poética quanto profética, com enorme sabedoria: “Sempre fiquei muito impressionado e atraído pelo amor quente e apaixonado que São Francisco dedica a Deus. Parece que no beijo do leproso ele entendeu, como Saulo no caminho de Damasco, a doação total de Deus a nós em seu Filho Jesus Cristo. Custou a Francisco não só descer do cavalo fogoso que no momento montava, mas muito mais do cavalo do orgulho e da vaidade com que ele queria conquistar o título de grande e nobre”.
Dom Aloísio, ao se tornar Arcebispo de Fortaleza (1973-1995), dentro do seu ideal franciscano, tinha bem claro as resoluções do Concílio Vaticano II, dizendo logo de início: “A comunidade eclesial não é feudo do bispo, mas ele é o servidor de uma Igreja que se entende a si mesma como sacramento do Reino, isto é, da presença da verdade e do amor infinito de Deus para com cada criatura humana”.  Daí ele não compreender como algo natural e normal ter que conviver com a miséria e o acentuado empobrecimento do povo, que tinha como consequência o êxodo, o flagelo e a morte de muitos irmãos.
O povo de Deus no Brasil e, de modo particular, no Ceará (Arquidiocese de Fortaleza), passou a contar com o dom da profecia do Cardeal Lorscheider, para dizer que não era vontade de Deus a realidade aqui encontrada e, ao mesmo tempo, usou de todos os meios, com uma enorme vontade de transformar essa mesma realidade, marcando profundamente a caminhada da Igreja na Arquidiocese de Fortaleza. No dizer do Desembargador Fernando Ximenes: “Em pleno regime de exceção, a sociedade cearense logo sentiu os efeitos dessa guinada. As camadas desfavorecidas ou marginalizadas, os sem-terra, os sem-teto, os presos políticos, os presidiários comuns, os trabalhadores em greve – ganharam aliado de peso”.
Quando ele se tornou bispo emérito de Aparecida, veio a seguinte pergunta: o que o senhor vai fazer? Respondeu: “Sou um simples frade menor e vou fazer o que o meu provincial mandar, porque a obediência me torna livre”. Jamais podemos esquecer a chama luminosa de um coração amável e cheio de bondade, de uma pessoa humana, dotada de grandes virtudes e qualidades, de um “bispo completo”, segundo o grande teólogo Alberto Antoniazzi e nas palavras do então Senador Tasso Jereissati: “do homem mais ilustre da nossa geração, no Ceará, com a sua vida de dedicação à causa dos excluídos”, do maior benfeitor e patrimônio do povo cearense, que partiu há oito anos, deixando-nos tristes e com enorme saudade.
Agradecidos por sua presença entre nós de 22 anos, vamos render graças ao bom Deus, na Missa das 18 horas deste 23 de dezembro de 2015, na Paróquia de Santo Afonso, Parquelândia – Fortaleza-Ce. Somos conscientes da sua importância na história recente da Igreja, de modo especial pelo seu compromisso com o Reino de Deus, sensibilidade pastoral, clareza diante dos desafios, semjamais faltar-lhe a ternura do Bom Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Padre Geovane Saraiva
Pároco de Santo Afonso
*geovanesaraiva@gmail.com
*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE), da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza e vice-Presidente da Previdência Sacerdotal
 Autor dos livros:
“O peregrino da Paz” e “Nascido Para as Coisas Maiores” (centenário de Dom Helder Câmara);
“A Ternura de um Pastor” – 2ª Edição (homenagem ao Cardeal Lorscheider);
“A Esperança Tem Nome” (espiritualidade e compromisso);
“Dom Helder: sonhos e utopias” (o pastor dos empobrecidos);
“25 Anos sobre Águas Sagradas (coletânea de artigos e fotos);
“Francisco, um sinal para o mundo” (artigos sobre o Papa).
Confira algumas fotos antiga de Dom Aloísio Lorscheider do arquivo da Arquidiocese de Fortaleza
CERIMÔNIA-NA-SÉ.jpg1 Digitalizar0006 Digitalizar0009 Digitalizar0015 Digitalizar0016 Digitalizar0017 Digitalizar0019 Digitalizar0020 Digitalizar0021 Digitalizar0022 Digitalizar0023
alo%C3%ADsio1

 dom aloísio, maria l download (10) images personalidades-religiosos-brasil-aloisio-lorscheider-refem-rebeliao-presidio-paulo-sarasate-fortaleza-ceara FOTOD DE DOM ALOÍSIO images (16) Digitalizar0004 Digitalizar0012
dom aloisio

Ano Novo

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre


Estamos entrando em mais um “Ano Novo”. Marcamos o tempo transcorrido de nossa era cristã com o número 2016. Desde o evento histórico do nascimento de Jesus, passaram-se 2016 anos.
Passaram-se também vários anos de nossa vida. A espécie humana está presente sobre o planeta Terra há milhões de anos. Nosso próprio planeta possui milhardes de anos. Vemos, pois, que o tempo de nossa existência transcorre, porém ele é insignificante diante da idade da Terra. A imensidade se torna para nós inimaginável, e o efêmero, nossa possibilidade. 
O ser humano foi aprendendo a marcar o transcorrer do tempo, observando a efemeridade, o ritmo do nascer e do pôr do sol, a mudança das estações, o subir e o descer das marés, as fases da lua. 
Uma questão se impôs ao longo dos séculos: o que é o tempo? Santo Agostinho, refletindo sobre essa questão, observou: “Se estou só comigo mesmo, eu sei o que é o tempo, mas se me perguntam, não o sei”. Alguns antigos afirmavam que o tempo era um círculo eterno. Para os egípcios, ele era como uma serpente que morde a cauda; muda de pele e rejuvenesce cada vez, porém seu corpo envelhece. Ensinavam que o ser humano se encontra dentro deste ritmo, e que o tempo o vai consumindo. Para os hindus, o tempo é como uma linda mulher que tudo gera e produz, que tudo envolve e resgata para si. 
Iniciamos um novo ano! Novo significa inusitado, desconhecido, não experimentado; algo a respeito do qual não se pode oferecer resposta segundo esquemas preordenados.  Por isso, a partir da compreensão da fé, nos abrimos à possibilidade nova de um tempo que irrompe diante de nós com sentimentos de prosperidade, com votos de felicidade, confiantes de que o Senhor haverá de nos sustentar e inspirar, acompanhar e conservar. 
Temos consciência de sermos únicos. Por isso nos empenhamos em tornar cada instante que o tempo nos concede em algo precioso, com sabor de eternidade. 
Desejamos um feliz Ano Novo a quem encontramos, porque já trazemos em nós, como promessa, a felicidade do novo. O que é verdadeiramente novo acontece desde quando o buscamos intensamente. Assim, cada ano não consiste em uma repetição monótona, mas é compreendido como uma espiral ou uma escada situada entre a terra e o céu, que nos permite avançar!
No limiar de mais um “Novo Ano” podemos crer e desejar que nossa vida, durante todo o ano vindouro, seja sustentada pela audácia e pela alegria de poder avançar, convocada a percorrer sendas e vias ainda não plenamente conhecidas, buscando novos horizontes, alimentando sonhos de dias melhores para todos. Tudo isso, sem desconsiderar a própria condição de fragilidade. 
Urge cultivar atitudes novas, evitando a agressividade e o desejo de dominação. O novo do ano que começa será verdadeiramente novo se formos capazes de: descobrir e aprender meios para auxiliar quem verdadeiramente necessita de auxílio, a fim de que a vida, em suas diversas expressões, seja cuidada e promovida; ajudar a compreender que um índice maior de civilidade depende do grau de engajamento e disposição gratuita para favorecer o bem comum; perceber que precisamos de mais poesia nas relações interpessoais e com o meio ambiente; resgatar a originária força (dynamis) que permite a poetas, artistas, pensadores, místicos contemplarem tudo a partir do êxtase. 
Ousamos dizer que o modo melhor de sermos mais humanos consiste em adorar mais profundamente, em venerar com maior intensidade, em sermos mais sensíveis, gratos e devotos. Somos assim provocados a, durante o “Novo Ano”, cultivar com mais determinação nossa condição humana, marcada por sensibilidade, gratidão e devoção. 
Fonte: CNBB

Rosto de 2015

Dom Genival Saraiva
Bispo Emérito de Palmares  (PE)
 

É muito comum fazer-se um olhar sobre a vida pessoal e a realidade social, ao se aproximar o término de um ano. Todavia, num olhar cristão e numa visão cidadã, é importante que a leitura de tudo isso vá além do simples registro. Sem dúvida, há elementos que identificam o rosto do ano de 2015, por aspectos edificantes e por acontecimentos lamentáveis, tanto no mundo quanto no Brasil. Assim, o Jubileu da Misericórdia, instituído pelo Papa Francisco,no período de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016, fala ao coração das pessoas, diante de cicatrizes, de origem diversa, que  se estabeleceram no relacionamento interpessoal e comunitário, como consequência de seu afastamento de Deus. Por sua espiritualidade, este Ano Santo da Misericórdia é portador de muitas graças para os fiéis que se aproximarem de Deus misericordioso e se relacionarem com seus semelhantes, com gestos concretos de misericórdia. Dessa forma, o Papa Francisco abre caminhos de misericórdia para o povo de Deus que podem ser visualizados no simbolismo do gesto de abertura da “Porta Santa”, ou das “Portas Santas”, dado que estendeu às Dioceses do mundo católico a faculdade de fazer isso em seu território. A Encíclica “Laudato si”, do Papa Francisco, e a COP21 (“21ª Conferência das Partes (ou ‘COP’) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas”), encerrada em Paris, no dia 12 de dezembro, trazem contribuições importantes para uma ação responsável diante do poluído planeta terra e de sua previsível deterioração, caso não sejam adotadas,agora, as providências necessárias. Em termos mundiais, os atentados terroristas, em diversos países e continentes, constituem uma mancha negra na história da humanidade. A banalização da vida se evidencia de muitas maneiras, patrocinada por indivíduos e grupos que agem movidos por causas de ordem política e religiosa, com caráter reconhecidamente fundamentalista.
No Brasil, o ano de 2015 tem uma face peculiar, sob o aspecto econômico, político e social. As consequências da desarrumação da economia e os desmandos da política brasileira repercutem diretamente na vida das pessoas e no comportamento social. Embora sempre tenha havido registros na história antiga e recente do país, identificam-se traços próprios de problemas graves, em 2015, como inflação e corrupção, entre outros, que afetam a vida das pessoas e das instituições. A inflação, ao chegar ao patamar de 10%, atinge as famílias, sensivelmente; promovida por inescrupulosos agentes públicos e por gananciosos empresários, a corrupção deixa prejuízos irreparáveis na sociedade brasileira. Há muitos fatos que estão associados à corrupção, em razão da manipulação fraudulenta dos recursos públicos que deixaram de ser aplicados, conforme a destinação prevista: a violência, com índices crescentes em muitos lugares, é uma preocupação generalizada; a saúde pública continua desacreditada, haja vista a proliferação do mosquito da dengue, agora agravada pelo zika vírus, constatado no surto de microcefalia em alguns Estados; o desastre ecológico, provocado pelo rompimento de barragens no Município de Mariana, adquire grande proporção pelas nefastas consequências ambientais, sociais e econômicas nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo; a seca no Nordeste, um fato secular, e um dado novo em outras regiões, é sinal de inércia administrativa; as contas públicas, além de desvios de ordem técnica, identificados por órgãos competentes, revelam, antes de tudo, desvios de conduta ética dos gestores.
Na liturgia da Igreja Católica, o término do ano é iluminado pela mensagem renovadora da cidadania terrestre e celeste, ao celebrar o nascimento de Jesus Cristo, e o Novo Ano de 2016 começa com as bênçãos de Santa Maria, Mãe de Deus.
 Fonte: CNBB

Tempo de ser família cristã


 

Cardeal Orani João Tempesta-Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
  No Domingo após o Natal, dentro da oitava, celebra-se a festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José. É o último domingo do ano civil. O tema família esteve presente nos últimos tempos nos noticiários devido à Assembleia Extraordinária e ao Sínodo dos Bispos sobre o tema. Enquanto aguardarmos o documento pós-sinodal rezamos pela família que, como recorda São João Paulo II, “é por onde passa o futuro da humanidade”. Celebrar esta solenidade na Oitava do Natal é contemplar o ideal de família que deve ter Jesus Cristo no centro de nossas casas. 
Deus quis manifestar-se aos homens integrado numa família humana. Ele quis nascer numa família, quis transformar a família num presépio vivo. Pode-se dizer que neste domingo celebramos o “Dia da Família”.
A Palavra de Deus desta solenidade (Eclo. 3, 3-7. 14-17) lembra aos filhos o dever de honrarem pai e mãe, de socorrê-los e compadecer-se deles na velhice, ter piedade, ou seja, respeito e dedicação para com eles; isto é cumprimento da vontade de Deus.
São Paulo, em Cl 3, 12-21, elenca as virtudes que devem reinar na família: sentimentos de compaixão, de bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportarem-se uns aos outros com amor, perdoar-se mutuamente. Revestir-se de caridade e ser agradecidos. Se a família não estiver alicerçada no amor cristão, será muito difícil a sua perseverança em harmonia e unidade de corações. Quando esse amor existe, tudo se supera, tudo se aceita; mas, se falta esse amor mútuo, tudo se faz sumamente pesado. E o único amor que perdura, não obstante os possíveis contrastes no seio da família, é aquele que tem o seu fundamento no amor de Deus.
O Evangelho (Lc 2, 22-40) apresenta passos da vida da Sagrada Família. Em primeiro lugar, uma família integrada na comunidade de fé de seu tempo. Uma família que cumpre seus deveres religiosos. Uma família que vive a realidade do dia-a-dia. O Evangelho também relata a experiência de Simeão, que sente a alegria de ter em seus braços o Divino Salvador, pois seus “olhos viram a salvação”. E profetiza que Ele “está posto para a ruína e para a ressurreição de muitos em Israel”.
A celebração deste domingo nos apresenta a Sagrada Família como modelo para as nossas. E nos convida a recuperar os valores de uma família verdadeiramente cristã, marcada pelo amor, pela fidelidade e pelo casamento indissolúvel. Ela deve ser uma comunidade de fé e de oração, chamada a ser defensora e promotora da vida.
A Sagrada Família é proposta pela Igreja como modelo de todas as famílias cristãs: na casinha de Nazaré, Deus ocupa sempre o primeiro lugar e tudo Lhe está subordinado. Os lares cristãos, se imitarem o da Sagrada Família de Nazaré, serão lares luminosos e alegres, porque cada membro da família se esforçará em primeiro lugar por aprimorar o seu relacionamento pessoal com o Senhor e, com espírito de sacrifício, procurará ao mesmo tempo chegar a uma convivência cada dia mais amável com todos os da casa.
A vida em Nazaré era laboriosa. Casa pobre, cuja manutenção exigia a colaboração de todos. José, em sua pequena oficina de carpinteiro, mãos calejadas no manejo dos instrumentos, ainda muito primitivos, de sua arte. Maria, com os arranjos de dona de casa modesta. Diariamente descia à fonte – a mesma que hoje é conhecida como fonte da Virgem – e entre as mulheres do povo, como uma delas, enchia cântaros com que abastecer a casa. Maria distribuía seu tempo entre o fuso e a cozinha, sem esquecer as orações e o estudo da lei e dos Profetas. Jesus, primeiro em casa, à Mãe, depois na oficina, a José, aliviava aos pais o peso do trabalho de cada jornada.
O Beato Paulo VI nos recorda as lições de Nazaré: “Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho. Podemos aprender algumas lições de Nazaré: “uma lição de silêncio. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas aspirações e as palavras dos verdadeiros mestres”. (Alocução pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964). “Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão e amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível” (Idem).  “Uma lição de trabalho: aqui recordo que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas, que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Como gostaria de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor”. (Ibidem). 
O Papa Francisco disse com clarividência “A família é um grande ginásio de treino para o dom e o perdão recíproco”, e numa sociedade como a hodierna “por vezes sem piedade, é indispensável que haja lugares como a família, onde aprender a perdoar-se” (Audiência geral de 4 de novembro de 2015). Vamos aprender, neste Ano da Misericórdia, a ser famílias misericordiosas, escola de perdão e de compaixão.
Iluminados pela Palavra de Deus deste domingo após a festa do Natal, somos chamados a ser famílias cristãs convictas e animadas pelo Espírito diante de uma sociedade que está perdendo suas bases e enfrentando uma das piores crises de identidade da história.
Hoje, de modo muito especial, pedimos à Sagrada Família por cada um dos membros da nossa família e pelo mais necessitado dentre eles. Encerramos com a oração à Sagrada Família: “Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes, para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa”. Amém! (Oração da coleta da Missa).
Fonte: CNBB

"Não há espaço para a indiferença", afirma Francisco

SANTA MISSA DA NOITE DE NATAL
NATAL DO SENHOR
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
Quinta-feira, 24 de Dezembro de 2014
________________________________________
IMAGE
Nesta noite, resplandece «uma grande luz» (Is 9, 1); sobre todos nós, brilha a luz do nascimento de Jesus. Como são verdadeiras e atuais as palavras que ouvimos do profeta Isaías: «Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo» (9, 2)! O nosso coração já estava cheio de alegria vislumbrando este momento; mas, agora, aquele sentimento multiplica-se, porque a promessa se cumpriu: finalmente realizou-se. Júbilo e alegria garantem-nos que a mensagem contida no mistério desta noite provém verdadeiramente de Deus. Não há lugar para a dúvida; deixemo-la aos céticos, que, por interrogarem apenas a razão, nunca encontram a verdade. Não há espaço para a indiferença, que domina no coração de quem é incapaz de amar, porque tem medo de perder alguma coisa. Fica afugentada toda a tristeza, porque o Menino Jesus é o verdadeiro consolador do coração.
Hoje, o Filho de Deus nasceu: tudo muda. O Salvador do mundo vem para Se tornar participante da nossa natureza humana: já não estamos sós e abandonados. A Virgem oferece-nos o seu Filho como princípio de vida nova. A verdadeira luz vem iluminar a nossa existência, muitas vezes encerrada na sombra do pecado. Hoje descobrimos de novo quem somos! Nesta noite, torna-nos patente o caminho que temos de percorrer para alcançar a meta. Agora, deve cessar todo o medo e pavor, porque a luz nos indica a estrada para Belém. Não podemos permanecer inertes. Não nos é permitido ficar parados. Temos de ir ver o nosso Salvador, deitado numa manjedoura. Eis o motivo do júbilo e da alegria: este Menino «nasceu para nós», foi-nos «dado a nós», como anuncia Isaías (cf. 9, 5). A um povo que, há dois mil anos, percorre todas as estradas do mundo para tornar cada ser humano participante desta alegria, é confiada a missão de dar a conhecer o «Príncipe da paz» e tornar-se um instrumento eficaz d’Ele no meio das nações.
Por isso, quando ouvirmos falar do nascimento de Cristo, permaneçamos em silêncio e deixemos que seja aquele Menino a falar; gravemos no nosso coração as suas palavras, sem afastar o olhar do seu rosto. Se O tomarmos nos nossos braços e nos deixarmos abraçar por Ele, dar-nos-á a paz do coração que jamais terá fim. Este Menino ensina-nos aquilo que é verdadeiramente essencial na nossa vida. Nasce na pobreza do mundo, porque, para Ele e sua família, não há lugar na hospedaria. Encontra abrigo e proteção num estábulo e é deitado numa manjedoura para animais. E todavia, a partir deste nada, surge a luz da glória de Deus. A partir daqui, para os homens de coração simples, começa o caminho da verdadeira libertação e do resgate perene. Deste Menino, que, no seu rosto, traz gravados os traços da bondade, da misericórdia e do amor de Deus Pai, brota – em todos nós, seus discípulos, como ensina o apóstolo Paulo – a vontade de «renúncia à impiedade» e à riqueza do mundo, para vivermos «com sobriedade, justiça e piedade» (Tt 2, 12).
Numa sociedade frequentemente embriagada de consumo e prazer, de abundância e luxo, de aparência e narcisismo, Ele chama-nos a um comportamento sóbrio, isto é, simples, equilibrado, linear, capaz de individuar e viver o essencial. Num mundo que demasiadas vezes é duro com o pecador e brando com o pecado, há necessidade de cultivar um forte sentido da justiça, de buscar e pôr em prática a vontade de Deus. No seio de uma cultura da indiferença, que não raramente acaba por ser cruel, o nosso estilo de vida seja, pelo contrário, cheio de piedade, empatia, compaixão, misericórdia, extraídas diariamente do poço de oração.
Como os pastores de Belém, possam também os nossos olhos encher-se de espanto e maravilha, contemplando no Menino Jesus o Filho de Deus. E, diante d’Ele, brote dos nossos corações a invocação: «Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia, concede-nos a tua salvação» (Sal 85/84, 8).
 Fonte: CNBB

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Padre Francisco Martins,2 ANOS de ORDENAÇÃO

                                                                                                                                                                                                                                            Este é um dia abençoado, pois há 2 anos Deus recebeu o seu SIM. Deus o conheceu, o escolheu e fez o vosso coração pertencer a Ele, e a seu tempo, chamou-o para tão sublime ministério.
     Padre Francisco Martins, reconhecer o seu trabalho Pastoral e Sacerdotal é muito simples, basta a nós, fazermos uma retrospectiva no tempo e relembrarmos a sua caminhada em nossa Área Pastoral. Caminhada esta que como sacerdote teve início em  2013, quando com os braços abertos, o acolhemos com alegria , os obstáculos foram inúmeros, as dificuldades foram imensas,incansável trabalho, que sempre com muita disposição usa de inúmeros artifícios para evangelizar mais pessoas, com missas, participando ativamente dos eventos, inovações e amor a tudo que faz.
      Nós o parabenizamos neste dia tão especial e importante para o senhor e para todas as pessoas, que ao longo desses dois anos tiveram o privilégio de fazer parte da sua caminhada e serem agraciadas por sentirem o amor e a presença de Deus no senhor padre, através das suas homilias, da sua bênção, das suas palavras, do seu perdão, do seu acolhimento.
       Padre Francisco, agradecemos pelo seu contínuo zelo, dedicação, firmeza, paciência, tolerância, humildade, carinho e amor com todas as  Comunidades da Área Pastoral São José. Nossa Área Pastoral  é abençoada pela sua presença e pelo seu trabalho, sua sabedoria pastoral e os seus conselhos conduzem os nossos passos em direção a Deus, pois o senhor anuncia o que conhece, o que crê e o que vive. 
         Louvamos a Deus, pelo dom de sua vida. Pedimos que Deus continue derramando muitas bênçãos e graças na vida do senhor; Que Deus abençoe e ilumine cada dia mais sua Vocação Sacerdotal, que Nossa Senhora o proteja, lhe cubra com vosso manto sagrado e esteja à frente de todas as dificuldades e obstáculos que se puserem na sua caminhada.
        Louvamos a Deus por fazermos parte dessa Área Pastoral onde o senhor também é nosso Pastor!
Parabéns... Deus é contigo! Porque Ele ama abundantemente aqueles que o servem com alegria.



Adicionar legenda
Sinta-se abraçado, desta vez com mais força e respeito por todos da ÁREA PASTORAL SÃO JOSÉ.

                                    Parabéns!!!

Padre Luciano,4 anos de VIDA SACERDOTAL






Padre Luciano ,hoje louvamos a Deus, pelo dom de sua vida, de quem a Providência Divina se serviu, a fim de nos permitir estar aqui para agradecermos mais um ano de sua ordenação sacerdotal.

 Dia 22 de Dezembro, um dia abençoado  e para nós  um dia de também agradecer principalmente à Deus, pois Ele recebeu nesse dia o seu Sim .

Na vida, há acontecimentos e datas que não podemos esquecer e no que diz respeito a sua vocação, muito mais se torna importante fazer memória, principalmente como atitude de ação de graças pelo dom recebido.

 A Área Pastoral São José é abençoada pela sua presença e pelo seu trabalho, sua sabedoria pastoral e também os seus conselhos que sempre nos direcionam para o caminho certo.

 Hoje, nós, agentes de pastorais, compreendemos um pouco a vocação para o sacerdócio, como sendo um dom divinal, um dom para o qual é preciso abrir mão de muitas coisas  essenciais na vida como família, o conforto, os amigos, a liberdade, um verdadeiro despojar-se de si mesmo, para que no fim, se obtenha o tudo ofertado pelas mãos de Deus.

 Podemos afirmar Padre Luciano, que comemorar o aniversário de ordenação é comemorar a vida, pois o sacerdote não é apenas o homem da liturgia, mas, aquele que faz da sua vida,um culto litúrgico, identificando-se com a realidade da cruz, que é doação, amor e entrega aos irmãos e a Igreja, fazendo da sua vida um sacramento intenso e fecundo.E ser grato, estar disposto, muitas vezes não é compreendido, é ser forte, destemido, mesmo que o coração esteja partido pela dor,sorrir em meio a tristeza.

 Padre Luciano, festejar mais um ano de ordenação sacerdotal é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, ensinar novas lições, sorrir novos motivos, amar mais ao próximo e dar cada vez mais amparo, rezar mais preces e agradecer cada vez mais vezes e também amadurecer um pouco mais e olhar a sua missão de lançar as redes como uma dádiva de Deus.
Por tudo isto, Padre Luciano  agradecemos pelo seu contínuo esforço,zelo e dedicação e principalmente, por ser este fiel amigo e pai espiritual que conduz, amorosamente nossos passos em direção a Deus.

O Papa Francisco nos diz: “A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E, deste amor que vai até ao perdão e ao dom de si mesmo, a Igreja faz-se serva e mediadora junto dos homens. Por isso, onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai”. Que Neste Ano da Misericórdia, o senhor encontre cada vez mais o apoio de suas ovelhas e consiga levar mais e mais o AMOR e a MISERICÓRDIA à toda criatura.                                                                                        Parabéns...