terça-feira, 24 de março de 2015

Dia dos Missionários Mártires: 1062 mortos desde 1980

2015-03-24 Rádio Vaticana

A Igreja Católica assinala nesta terça-feira, dia 24, o 23º Dia Mundial de Oração e Jejum pelos Missionários Mártires. A iniciativa tem como objetivo lembrar, com oração e jejum, todos os missionários que foram mortos no mundo e todos os agentes pastorais que derramaram o seu sangue por causa do Evangelho.
Este acontecimento, que neste ano de 2015 tem como tema “Sob o sinal da Cruz”, começou a ser celebrado por iniciativa do Movimento Juvenil Missionário das Obras Pontifícias Missionárias de Itália, em 1993. 
O Dia Mundial de Oração e Jejum pelos Missionários Mártires é celebrado no aniversário do assassinato de D. Oscar Romero, Arcebispo de El Salvador assassinado a 24 de março de 1980 e que será beatificado pelo Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, no próximo dia 23 de maio, em El Salvador.
Nos últimos 34 anos, 1062 agentes pastorais perderam a vida “de modo violento”, 242 dos quais durante o genocídio de 1994 no Ruanda.
Dados relativos a 2014 registam os seguintes números: 26 missionários mortos, entre os quais sacerdotes, religiosos, religiosas, 1 seminarista e 1 leigo. A violência foi maior no continente americano, onde foram mortas 14 pessoas ligadas à Igreja Católica.
(RS)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Arquidiocese de Fortaleza comemora aniversário de posse de Dom José Antonio

boletim-março-decorteHoje, 24 de março a Arquidiocese de Fortaleza comemora o aniversário de posse de Dom José Antonio, como arcebispo de Fortaleza. São 16 anos de pastoreio nesta centenária Igreja Particular. Tem sempre procurado, com muita dedicação e zelo, exercer o múnus episcopal junto a seu rebanho. O nosso arcebispo tem governado a Igreja de Fortaleza com seus bispos auxiliares e vigários gerais, com os Conselhos Presbiteral, Episcopal, Pastoral e Econômico e com o Colégio de  Consultores, que têm funcionado, nestes dezesseis anos, com a sua presidência , em reuniões ordinárias , agendadas anualmente. O bispo de uma diocese recapitula sacramentalmente Cristo, cabeça da Igreja. Por isso, é fundamental que todas as forças evangelizadoras, missionárias e pastorais da Arquidiocese caminhem em permanente comunhão com nosso Arcebispo. Agradeçamos a Deus por sua presença e por seu pastoreio e a ele por tão denodadamente caminhar conosco. Que Deus o cubra de graça, fortaleza e sabedoria para fazer esta Arquidiocese centenária ser permanentemente testemunha e anúncio do Reino de Deus, sacramento de salvação, promotora da vida plena para todos, sobretudo, como diz o querido papa Francisco, para aqueles que estão, ou que vivem, na periferia existencial.
Miguel Brandão – Secretariado Arquidiocesano de Pastoral
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Ramos na mão e no coração

Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros (MG)


“Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Marcos 11,10). É a expressão do povo inchado de alegria à passagem do Rei pobre, montado num jumentinho e entrando na capital do país. Os ramos e mantos foram lançados à sua passagem. Que rei é esse que não tem carruagem nem faz a propaganda de seu reinado?! É um rei diferente. Não é político de algum partido. Ele veio unir e não partir ou dividir. Seu comando não é para súditos interessados em propinas ou benesses. Sua riqueza prometida vale mais. É a riqueza da dignidade humana, do ideal de altivez de caráter, de olhar para o ser humano com a ação do bom samaritano, da ovelha perdida, do pai do filho pródigo, do perdão à pecadora pública, da água prometida à samaritana do poço de Jacó, do perdão aos carrascos lá do alto da cruz...

Esse rei pobre sabe “dizer palavras de conforto à pessoa abatida” (Isaías 50, 4). Ele oferece o próprio corpo para ser batido e não se afasta de quem lhe dá bofetada (Cf. Isaías 50, 8). Vai ao matadouro sem fazer resistência e ainda diz, do alto da cruz: “Pai, perdoa-lhes. Eles não sabem o que estão fazendo”(Lucas 23,33). Colocam inscrição na haste superior da cruz, caracterizando que Ele é rei! Quem o julgou e condenou pensava, talvez, que era superior a quem ele estava condenando! Mal sabia que o condenado, se quisesse, poderia aniquilá-lo. Mas o reino de Jesus é justamente o da misericórdia, do perdão,  do retorno à condição de justo a toda  pessoa que se arrepende e aceita o reinado de Deus.
Ainda bem que Deus não é vingativo nem quer tirar proveito do ser humano. Ele não precisa disso. Mas recompensa a cada um por sua vida e suas ações. Eis a necessidade de aceitarmos o senhorio divino. Com ele nos humanizamos, a ponto de nosso coração ser como verdadeiro ramo de aclamação do domínio do amor de Deus em nós. Tornamo-nos, assim, pessoas livres de todo o egoísmo e apego aos “reis” que nos escravizam, com as “propinas” das ilusões que nos fazem colocar a matéria acima da dignidade humana, da ética, da fraternidade, do ideal de amar e servir o semelhante.
Nossa religiosidade apenas de fachada e consumo social, ou de atos religiosos que nos apresentam como pessoas de fé. Sem o compromisso de colocar em prática os preceitos divinos, ela não representa a verdadeira fé transformadora da vida, em que deixamos os ditames do Filho de Deus nortearem nossa vida. Na forma verdadeira da fé teremos a força necessária para fazermos a sociedade ter o reino do entendimento, do diálogo, da lisura moral, da família constituída com os valores humanos e cristãos, bem como da política de verdadeira promoção do bem comum, a partir da inclusão social dos marginalizados.
Dentro dessa perspectiva e prática de vida, caminhamos confiantes, sabendo que Deus está conosco, como nosso Rei. O profeta traduz bem o ânimo de quem vive assim: “ Não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado” (Isaías 50, 7).
Fonte: CNBB

Semana Santa, mistério central de nossa fé

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) 

A Semana Santa é o grande momento litúrgico do ano, quando celebramos o mistério central de nossa fé: a Ressurreição de Jesus. Para isso, temos um tempo muito especial e com celebrações profundas. No fundo é um grande retiro espiritual das comunidades eclesiais, convidando os cristãos à conversão e renovação de vida. Ela se inicia com o Domingo de Ramos e se estende até o Domingo da Páscoa. É a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
A celebração do Domingo de Ramos lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, aonde vai para completar sua missão, que culminará com a morte na cruz. Os evangelhos relatam que muitas pessoas homenagearam a Jesus, estendendo mantos pelo chão e aclamando-O com ramos de árvores. Por isso, hoje os fiéis carregam ramos, recordando o acontecimento. Imitando o gesto do povo em Jerusalém, querem exprimir que Jesus é o único mestre e Senhor.
Nos primeiros dias da Semana Santa, a Liturgia apresenta textos bíblicos que enfocam a missão redentora de Cristo. Nesses dias não há nenhuma celebração litúrgica especial, mas nas comunidades paroquiais é costume realizarem procissões, vias-sacras, celebrações penitenciais e outras, procurando realçar o sentido da Semana. São tradicionais os sermões do depósito, do encontro de Nosso Senhor com Maria Santíssima no caminho do Calvário, e o Sermão de Nossa Senhora das Dores.
O ponto alto da Semana Santa é o Tríduo Pascal (ou Tríduo Sacro), que se inicia com a missa vespertina da Quinta-feira Santa e se conclui com a Vigília Pascal, no Sábado Santo. Os três dias formam uma só celebração, que resume todo o mistério da Páscoa. Por isso, nas celebrações da quinta-feira à noite e da sexta-feira à tarde não se dá a bênção final; ela só será dada, solenemente, no final da Vigília Pascal.
Na Quinta-feira Santa de manhã (ou em outro dia que as necessidades pastorais aconselharem) celebra-se a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. A Eucaristia é o sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, que se oferece como alimento espiritual. Pela manhã só há uma celebração, a assim chamada Missa do Crisma que, em nossa Arquidiocese, será celebrada na Catedral Metropolitana, na Avenida Chile, quando todos os sacerdotes irão renovar seus compromissos presbiterais. Nesta Missa do Crisma acontece a bênçãos dos óleos dos catecúmenos e enfermos. E há também a consagração do óleo do Crisma. Ao final, entregaremos um frasco aos presbíteros para que os levem às suas paróquias, para a utilização na celebração dos sacramentos neste ano.
Na quinta-feira à noite acontece a celebração solene da Missa em que se faz memória da instituição da Eucaristia, do mandato do amor ao próximo e do Sacerdócio ministerial. Nessa missa, realiza-se a Cerimônia do Lava-pés, em que o celebrante recorda o gesto de Cristo, que lavou os pés dos seus apóstolos. Esse gesto procura transmitir a mensagem de que o cristão deve ser humilde e servidor.
Nessa celebração também se recorda o mandamento novo que Jesus deixou: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei”. Comungar o corpo e sangue de Cristo na Eucaristia implica a vivência do amor fraterno e do serviço. Essa é a lição da celebração.
Na Sexta-feira Santa a Igreja contempla o mistério do grande amor de Deus pelos homens. Ela se recolhe no silêncio, na oração e na escuta da Palavra Divina, procurando entender o significado profundo da morte do Senhor. Neste dia não há missa. À tarde acontece a Celebração da Paixão e Morte de Jesus, com a proclamação da Palavra, a oração universal, a adoração da cruz e a distribuição da Sagrada Comunhão. Na primeira parte, são proclamados um texto do profeta Isaías sobre o Servo Sofredor, figura de Cristo, outro da Carta aos Hebreus que ressalta a fidelidade de Jesus ao projeto do Pai, e o relato da paixão e morte de Cristo, do evangelista João. São três textos muito ricos e que se completam, ressaltando a missão salvadora de Jesus Cristo. O segundo momento é a Oração Universal, compreendendo diversas preces pela Igreja e pela humanidade. Aos pés do Redentor imolado, a Igreja faz as suas súplicas confiantes. Depois segue-se o momento solene e profundo da apresentação da Cruz, convidando todos a adorarem o Salvador nela pregado: “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. – Vinde adoremos”. E o quarto momento é a comunhão. Todos revivem a morte do Senhor e querem receber seu corpo e sangue; é a proclamação da fé no Cristo que morreu, mas ressuscitou. Nesse dia a Igreja pede o sacrifício do jejum e da abstinência de carne como ato de homenagem e gratidão a Cristo, para ajudar-nos a viver mais intensamente esse mistério, e como gesto de solidariedade com tantos irmãos que não têm o necessário para viver.
A Semana Santa não se encerra com a sexta-feira, mas no dia seguinte, quando se celebra a vitória de Jesus. Só há sentido em celebrar a cruz quando se vive a certeza da ressurreição.
Sábado Santo é dia de silêncio e de oração. A Igreja permanece junto ao sepulcro, meditando no mistério da morte do Senhor e na expectativa de sua ressurreição. Durante o dia não há missa, batizado, casamento, enfim nenhuma celebração de sacramentos.
À noite, a Igreja celebra a solene Vigília Pascal, a “mãe de todas as vigílias”, revivendo a ressurreição de Cristo, a vitória sobre o pecado e a morte. A cerimônia é carregada de ricos simbolismos, que nos lembram a ação de Deus, a luz e a vida nova que brotam da ressurreição de Cristo.
Então o tempo se abre para a Páscoa! Após termos retomado os vários símbolos e rezado solenemente a liturgia, partimos para as alegrias pascais, prolongadas pela oitava e celebradas nos 50 dias desse belíssimo tempo, convidando-nos a ser suas testemunhas até os confins da terra!
 Fonte: CNBB

Arquidiocese de Fortaleza realiza encontro vocacional

Arquidiocese de Fortaleza
   A Arquidiocese de Fortaleza (CE) realizou no último final de semana, dias 21 e 22 de março, o Primeiro Encontro Vocacional de 2015. O evento ocorreu no Seminário Propedêutico Dom Aloísio Lorscheider e reuniu 64 rapazes em fase de discernimento para a vocação sacerdotal.
Jovens de 35 paróquias diferentes receberam formação, ouviram testemunhos vocacionais e participaram dos momentos de oração e da celebração eucarística.
“Consideramos que este número é uma resposta ao esforço dos trabalhos da Pastoral Vocacional que acontece durante todo o ano. Por sua vez, os párocos das diversas regiões episcopais colaboram na promoção de novas vocações”, comenta o responsável pela Pastoral Vocacional da arquidiocese de Fortaleza, padre Rafhael Maciel.
Está previsto para o decorrer de 2015 que os jovens sejam acompanhados por padres e seminaristas da equipe vocacional e que participem de encontros mensais. “Este é um diferencial do acompanhamento vocacional que muito tem ajudado os jovens neste importante processo de discernimento”, considera Maciel.

Com informações e fotografia da arquidiocese de Fortaleza (CE)
Fonte: CNBB

Encontro para jovens multiplicadores






    Com grande participação dos jovens aconteceu dia (22/03) o último dos 4 encontros para jovens MULTIPLICADORES tendo em vista a missão do centenário que acontecerá em outubro nas regiões episcopais. Nossos sinceros agradecimentos aos bispos, vigários episcopais, párocos, vigários, diáconos, religiosos, leigos e missionários que confiaram e nos ajudaram na realização destes momentos. 


Agradeço também aos facilitadores que estiveram conosco nesta missão. É com muita liberdade que agradeço em especial a irmã ROSINEIDE por tudo o que ela fez conosco. Sentimos muito a sua falta, mas ao mesmo tempo ficamos felizes por sua nova missão e pelo povo que lhe tem como evangelizador. 

Atenciosamente coordenador do COMIDI Pe. Luciano Gonzaga

quinta-feira, 19 de março de 2015

Dia de S. José: pai é estar presente, ser paciente e saber perdoar

2015-03-19 Rádio Vaticana

Hoje é dia de S. José. A Igreja celebra nesta quinta-feira, dia 19 a Solenidade de S. José, patrono da Igreja Universal. Há dois anos o Papa Francisco dava início solene ao seu pontificado apresentando S. José como o “guardião”, porque “sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, mostra-se ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos”.
Em 2014, o Santo Padre afirmou neste dia que S. José é o modelo de “educador” e de “papá” para todos os pais do mundo.
Já neste ano de 2015 na quarta-feira, dia 4 de fevereiro na catequese da audiência geral, o Papa Francisco falou sobre a figura do pai na família. Recordou que S. José teve a tentação de deixar Maria quando descobriu que estava grávida, mas abraçou a sua missão de pai. O Santo Padre deixou claro que “cada família tem necessidade de um pai.”
Segundo o Papa Francisco, a primeira necessidade é que um pai esteja presente na família:
“A primeira necessidade é precisamente esta: que o pai esteja presente na família. Que esteja junto da sua mulher, para partilhar tudo, alegrias e dores, trabalhos e esperanças. E que esteja junto dos seus filhos no seu crescimento: quando jogam e quando se empenham, quando estão sem preocupações e quando estão angustiados, quando se exprimem e quando estão taciturnos, quando ousam e quando têm medo, quando fazem um passo errado e quando reencontram o caminho. Pai presente sempre.”
O Papa Francisco referiu ainda na sua catequese a parábola do filho pródigo, melhor conhecida como sendo a do pai misericordioso que encontramos no Evangelho de S. Lucas e considerou encontrarmos nesse texto uma grande dignidade e ternura na espera daquele pai pelo seu próprio filho. Um bom pai – concluiu o Santo Padre – sabe esperar e sabe perdoar.
“Os pais devem saber ser pacientes. Às vezes, não há outra coisa a fazer que não seja esperar, rezar e esperar com paciência, doçura, magnanimidade, misericórdia. Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar.”
Recordemos, entretanto, que a 19 junho de 2013, o nome de S. José foi inserido nas Orações Eucarísticas II, III e IV do Missal Romano através de um decreto emitido pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. A decisão de acrescentar esta referência na principal oração da celebração da missa justifica-se, de acordo com a Santa Sé, “pelo seu lugar singular na economia da salvação como pai de Jesus”.
O documento da Santa Sé escreve o seguinte: “S. José de Nazaré, colocado à frente da Família do Senhor, contribuiu generosamente na missão recebida na graça e, aderindo plenamente ao início dos mistérios da salvação humana, tornou-se modelo exemplar de generosa humildade, que os cristãos têm em grande estima, testemunhando aquela virtude comum, humana e simples, sempre necessária para que os homens sejam bons e fiéis seguidores de Cristo”.
Os factos relativos à vida de S. José são contados nos Evangelhos, sobretudo nos textos de Mateus e Lucas, que o citam pela última vez no episódio da perda e encontro de Jesus no Templo.
Acredita-se que o culto a S. José teve início entre as comunidades cristãs do Egito; no Ocidente, os servitas, membros de uma ordem mendicante do século XIV, começaram a festejar o dia 19 de março como data da morte de S. José.
S. José foi declarado patrono da Igreja universal em 1870, por Pio IX; Pio XII instituiu em 1955 o dia 1 de maio como o dia de S. José Operário. (RS)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Bispos latinos apresentam Repam em Washington

“Direitos Humanos e indústrias extrativas na América Latina" é o tema do encontro que ocorre hoje, 19, em Washington. Bispos e leigos que representam a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), serão recebidos em audiência pela Comissão Inter-Americana de Direitos Humanos (CIDH).  A delegação irá expor casos sobre a ação do extrativismo e o impacto das obras atingem diretamente os direitos humanos das populações indígenas e campesinas, ocorridos no Brasil, Equador, Honduras, México e Peru.
O bispo de Roraima (RO), dom Roque Paloschi, que representa a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fala da importância do encontro de apresentação da Repam.
“O desejo nosso é fazer saber aquilo que a Igreja pensa e o trabalho que tem desenvolvido diante desta grande problemática que é a Indústria extrativa e também o desrespeito às populações originárias ou não da grande região da Pan-Amazônia”, explica o bispo.
De acordo com dom Roque, é necessário combater o lucro pelo lucro. “Queremos, nas pegadas de Jesus que veio para que o mundo tenha vida e vida em abundância, também ajudar a promover e defender a vida de todos e da Criação, de um modo muito especial”, comenta.
Direitos humanos
Durante a audiência, será entregue à Comissão relatório sobre a atuação da Igreja Católica na proteção as violações dos direitos humanos, que aponta, também, a criminalização dos defensores de direitos humanos e as graves consequências na saúde, na integridade e na vida, sobretudo das comunidades indígenas e campesinas.
A delegação é formada por representantes do Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), do Secretariado Latino-americano e do Caribe da Caritas (SELACC), da Confederação Latino-americana e caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR) e da Comissão para a Amazônia da CNBB.  
Com informações da Rádio Vaticano. 
Fonte: CNBB

Família, trabalho, silêncio

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (RJ)

Essas três palavras caracterizam a vida do grande protetor da Sagrada Família, do patrono dos trabalhadores, o homem da obediência e do silêncio: São José, cuja festa celebraremos amanhã. José é um nome hebraico, cujo significado é “aumento, acréscimo, Deus dê aumento” (Gn 30,24). E que belo nome! Nome honrado, sobretudo por dois grandes personagens bíblicos: no Antigo Testamento, José, o grande provedor do Egito, vendido pelos irmãos e depois vice-rei, figura de Jesus Cristo, e no Novo, São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus.

São José era de família nobre, a família real de Davi. Se a sua família ainda estivesse reinando, ele seria um príncipe. Mas a sua nobreza veio principalmente por ter sido escolhido para esposo e guarda da honra daquela que viria a ser a mãe do Filho de Deus feito homem.
Quando ele tinha apenas desposado Maria, primeira parte do casamento hebraico, mas antes de recebê-la em casa, ocorreu a Anunciação e a Encarnação do Filho de Deus. Maria objetou ao Anjo mensageiro a impossibilidade de ter um filho, pois “não conhecia varão” (Lc 1,34), isso apesar de ser noiva de José, o que claramente indica o seu voto de virgindade, de pleno conhecimento do seu futuro esposo. O Anjo, da parte de Deus, lhe garantiu que a concepção daquele filho não seria por obra humana, mas sim “por virtude do Espírito Santo” (Mt 1,18). O próprio José, em sonho, foi advertido pelo anjo do que ocorrera. E ele teria como missão ser o guarda daquela Virgem Mãe e pai nutrício daquele Filho, que era realmente o Filho de Deus. E Jesus lhe dava o nome de pai, sendo conhecido como “o filho do carpinteiro” (Mt 13,55), tido por todos “como sendo filho de José” (Lc 3,23).
São José protegeu a Sagrada Família, sobretudo na fuga para o Egito, quando da perseguição de Herodes ao Menino Jesus. Como chefe e protetor da Sagrada Família, ele se tornou o patrono de todas as famílias. E seu modelo de amor, humildade, paciência e obediência a Deus. : “Do exemplo de São José chega a todos um forte convite a desenvolver com fidelidade, simplicidade e modéstia a tarefa que a Providência nos designou” (Bento XVI).
São José é também o padroeiro dos trabalhadores porque, como carpinteiro, sustentava a Sagrada Família com o seu suor e o trabalho de suas mãos. A festa de São José, como padroeiro dos trabalhadores, se comemora no dia 1º de maio, dia do trabalho. Antes havia uma festa para honrar o Patrocínio de São José, ou seja, sua proteção, seu amparo. Daí o nome muito comum a pessoas e cidades, Patrocínio e José do Patrocínio, em honra do patrocínio de São José.
Tendo tido a mais bela das mortes, pois morreu assistido por Jesus, que ainda não tinha começado a sua vida pública, e por Maria Santíssima, São José é invocado como padroeiro dos moribundos e patrono da boa morte.
O Papa Pio IX proclamou São José patrono da Igreja, que é a família de Deus. Por tantos gloriosos motivos, São José faz jus à honra e à devoção especial que lhe tributamos. 
Fonte: CNBB

CNBB abre credenciamento de jornalistas para a 53ª Assembleia Geral

Os profissionais de imprensa interessados na cobertura da 53ª Assembleia Geral da CNBB (AG), que se realizará de 15 a 24 de abril, em Aparecida (SP), podem solicitar credenciamento até o dia 05 de abril, por meio do cadastro online. A credencial dará acesso ao local do evento e as dependências do Basílica do Santuário Nacional, para cobertura de missas, de acordo com normas estabelecidas.
A Assembleia de 2015 será eletiva. Durante o evento serão escolhidos a Presidência da CNBB, constituída pelos presidente, vice-presidente e secretário geral, e os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais. A Assembleia Geral terá como tema central a avaliação global da caminhada da CNBB e a definição das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o quadriênio de 2015 a 2019. O Estudo 107 da CNBB, “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade” estará como tema prioritário.
Orientações
O formulário de credenciamento do profissional/veículo deve ser devidamente preenchido pela internet. Posteriormente, a equipe de Assessoria de Imprensa da CNBB confirmará aos veículos o recebimento do cadastro. As credenciais serão entregues no primeiro dia da Assembleia, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP), mediante apresentação de carteira de identidade.
Informações pelo telefone: (61) 2103-8313 ou imprensa@cnbb.org.br 
Fonte: CNBB

Encerramento dos Festejos a São José em Nossa Área Pastoral



                                                                   
         HOJE ENCERRANDO OS FESTEJOS DE SÃO JOSÉ EM NOSSA ÁREA PASTORAL,TEREMOS  A PROCISSÃO  QUE SAIRÁ ÀS 17:30 DA IGREJA SÃO JOSÉ, AV. POMPÍLIO GOMES(Castelo de Castro), 300.  Após a PROCISSÃO HAVERÁ A SANTA MISSA PRESIDIDA POR PADRE LUCIANO GONZAGA. (VIGÁRIO  DA ÁREA.)                                                                                               CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODAS AS COMUNIDADES DA NOSSA ÁREA,

terça-feira, 17 de março de 2015

A Festa de São José

padre-Brendan200No dia 19 de março celebramos a festa de São José, o pai legal de Cristo, o esposo puríssimo da mais nobre e alta de todas as criaturas, a Santíssima Virgem Maria. Dada a escassez de dados bibliográficos relativos a José, à literatura apócrifa dos primeiros séculos encarregou-se de enriquecê-los a seu gosto. Por exemplo, que José era um homem muito avançado em idade, casada com uma donzela. Não há base histórica para isso.  O nome de José em Hebraico significa: “Deus acrescenta ou cumula de bens”, e de fato José, o carpinteiro de Nazaré, teve um crescimento contínuo de graças e privilégios. Conhecemos pouco sobre a vida de São José: unicamente as rápidas referências transmitidas pelos Evangelhos.  Três passagens, porém, destacam-no acima de todos: “José era homem justo” (Mt 1, 19), “desposada a um homem chamado José” (Lc 1, 27), “a ele darás o nome de Jesus” (Mt 1, 21). Este pouco, contudo, é o suficiente para destacar seu papel primordial na história da salvação.
Pode se disser que a devoção a José é antiga, mas o culto público e litúrgico é bastante recente, com o início no fim de século XV. Em 1870 o papa Pio lX  declarou José patrono da Igreja Católica e, em 1955, o grande papa Pio Xll o declarou patrono dos operários. Dois documentos oficiais do Vaticano falam sobre o culto de São José: a Carta Encíclica “Quamquam Pluries” do papa Leão Xlll e a Exortação Apostólica  “Redemtoris Custos” do papa João Paulo ll (1989). O papa João XXlll pediu sua proteção especial para o Concílio Vaticano ll e acrescentou seu nome ao Cânon da Missa (1962). José é o ele de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento e o último dos patriarcas. A missão de José na história da salvação constitui em dar a Jesus um nome, fazê-lo descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas. “A primeira vez que José é mencionado no Evangelho é na cena da anunciação em que Maria é chamada noiva de um homem da casa de Davi de nome José. Depois aparece quando Maria aparentava os sinais de sua divina maternidade e José lhe desconhecia a origem. Ele foi tomado de terrível dúvida, na incerteza de como agir, mas o evangelista diz que, sendo ele “homem justo”, não quis denunciar Maria de infidelidade, mas preferiu tomar uma solução que, salvando a honra de Maria, teria provocado certa odiosidade sobre a sua própria pessoa. Decidiu sumir do lugar” (cf. S.Conti, O Santo do dia, Vozes, Petrópolis, 1990, p. 126).  Foi então em sonho que um anjo o avisou: “José , filho de Davi, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa: o que foi gerado nela provém do Espírito Santo, e ela dará à luz um filho a quem porás o nome de Jesus, pois é ele que salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1 20-22). Depois deste fato, ainda se fala dele, quando outra vez o anjo lhe apareceu em sonho avisando-o das intenções diabólicas de Herodes que pretendia matar o Menino Jesus, e o manda fugir para o Egito.  Pela última vez seu nome é mencionado no Evangelho quando recebeu ordem de voltar do Egito porque já tinha falecido o Rei Herodes. Depois disso só se fala dele indiretamente.
“Os evangelistas não citam uma só palavra de José que aparece como o homem do silêncio, escondido e humilde. Mas em compensação ele é o homem do trabalho, para sustentar sua família, é o homem reto, obediente, de fé profunda, inteiramente disponível à vontade de Deus; alguém que amou, creu e esperou em Deus e no Messias contra toda a esperança” (op.cit. p.126). José cooperou com o mistério da Encarnação desde o matrimônio com Maria. Ela foi instrumento direto e físico gerando de sua carne o Verbo. José foi instrumento indireto e moral, por consentir num casamento virginal e por integrar a Sagrada Família.
Este é o santo incomparavelmente grande e simpático que veneramos no dia 19 deste mês de março. Sua figura quase desaparece nos primórdios do Cristianismo, para que se firma melhor a origem divina de Jesus. Porém, grandes santos como São Bernardo, Santo Tomás de Aquino e Santo Afonso Maria de Ligouri lhe dedicaram tratados cheios de devoção e entusiasmo. Desde então seu culto cresceu continuamente. É ainda patrono dos pais de família, dos tesoureiros, dos trabalhadores em geral. É advogado da boa morte e especialmente dos seminários e centros de formação sacerdotal.
                                                      Pe. Brendan Coleman Mc Donald,  Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1

Campanha da Fraternidade

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)

A Campanha da Fraternidade teve sua origem na Arquidiocese de Natal, no ano de 1961. Padres daquela Arquidiocese idealizaram uma campanha durante a Quaresma daquele ano, em favor das atividades assistenciais e promocionais desenvolvidas, a fim de arrecadar fundos para manutenção das mesmas. Tal iniciativa foi o embrião da Campanha da Fraternidade estendida a toda a Igreja no Brasil.

Ela tem como objetivos permanentes: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho; renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
A cada ano a Campanha da Fraternidade aborda um tema com forte incidência sobre a vida social. Assim, ao longo dos anos, a Campanha contribuiu para evidenciar situações que causam sofrimento e morte no seio da sociedade brasileira, nem sempre percebido por todos.
Assim, também, contribui para que o chamado à conversão próprio da Quaresma se estenda ao âmbito comunitário e social, despertando as consciências para as graves situações de injustiça, dor, sofrimento e morte existentes, tendo em vista ações transformadoras. Trata-se de um modo privilegiado de fazer a Páscoa repercutir ainda mais no seio da sociedade, gerando fraternidade e vida.
Passado mais de meio século, pode-se constatar que a Igreja, também por meio da Campanha da Fraternidade, vem exercendo sua missão de anunciar Jesus Cristo, compromissada com a caminhada histórica do povo brasileiro, apontando para a superação de situações marcadas por injustiças e iluminando a vida de todos com a fraternidade, em vista da construção de uma sociedade de irmãos e irmãs.
‘Ao longo de uma história de solidariedade e compromissos com as incontáveis vítimas das inúmeras formas de destruição da vida, a Igreja se reconhece servidora do Deus da vida’. Isso porque existe uma profunda ligação entre evangelização e promoção humana e cuidado pela vida em todas as suas expressões.
A Igreja possui uma missão que lhe é própria: anunciar o Evangelho a toda criatura. Sabe também da responsabilidade que tem de colaborar com a sociedade. Por isso, ela atua em favor de tudo o que eleva a dignidade humana, consolida a coesão social e confere sentido mais profundo à atividade humana. Dessa forma ela colabora para tornar mais humana a família humana e a sua história.
A Campanha da Fraternidade é uma iniciativa privilegiada para que sejamos recordados de que não podemos descuidar de nossos deveres temporais, faltando com os deveres em relação ao próximo e com o próprio Deus.
Os critérios da dignidade humana, do bem comum e da justiça social norteiam o diálogo e a colaboração da Igreja para com a sociedade. É por esses mesmos critérios que a Igreja pauta sua própria atuação, enquanto força de transformação deste mundo à luz do Reino de Deus, anunciado e mostrado presente por Jesus Cristo.
A Campanha da Fraternidade visa a despertar e nutrir no seio de toda a sociedade o espírito comunitário e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum, educando para a vida fraterna, a justiça e a caridade, exigências éticas centrais do Evangelho. Assim, a cada ano, através dessa iniciativa, nos é oferecida a oportunidade de integração neste belo momento de comunhão eclesial.
A Igreja, também através da Campanha da Fraternidade 2015, deseja colaborar para despertar a consciência de que as estruturas, as normas, a organização da sociedade devem estar verdadeiramente a serviço de todos; deseja, sobretudo, contribuir para que a festa da Páscoa se torne sempre mais a festa da ‘vida em plenitude para todos’!
 Fonte: CNBB

Eu vim para servir

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)

A Campanha da Fraternidade deste ano de 2015 tem como lema “Eu vim para servir”, expressão tirada da palavra de Cristo registrada por São Marcos em seu evangelho: “Eu vim para servir e não para ser servido” (Mc 10, 45).

Toda pessoa humana se realiza pela prática do bem, da generosidade, da misericórdia. Servir gratuitamente vale mais que qualquer remuneração material. O contrário seria culto ao egoísmo e à ganância, o que não dignifica a ninguém. Também a Igreja quer ser servidora, solidária e só se realiza com a prática destas virtudes, pois assim lhe ensinou seu fundador, Jesus. Em que a Igreja quer servir? Em tudo aquilo que dignifica a pessoa humana, em tudo aquilo que leve o planeta e a raça humana serem melhores, mais conformes ao plano do Criador.
Um dos problemas ameaçadores da humanidade hoje é o cuidado com a ecologia. Vivemos num planeta cada vez mais complicado com certas situações, pois o próprio ser humano, que deveria cuidar muito bem de seu habitat natural, coloca-o em risco de sobrevivência. A natureza se compõe de muitos elementos que convivem harmoniosamente, como um jardim de muitos matizes que se completam de forma equilibrada, resultando na formação da beleza natural que encanta e emociona. A imagem do jardim do Éden, descrito no livro do Gênesis, traduz esta realidade harmoniosa entregue pelo Criador ao homem e à mulher. Porém, submissos ao pecado, ao invés de cuidar amorosamente do seu espaço, o ser humano faz queda no egoísmo, e coloca em risco a criação.
Na realidade atual, os cientistas têm alertado, com frequência, a respeito do aquecimento global, sobre o efeito estufa, sobre as mudanças climáticas, afinal sobre o novo comportamento da natureza. O ser humano não é apenas usuário da natureza, nem só seu desfrutador, mas é parte integrante e como tal é parte interessada. Porém, com ele, todo o sistema é também todo ele interessado. Quando faltam condições de vida, faltam-nas para as pessoas, para os animais, para os vegetais, afinal, para o planeta.
Tais preocupantes mudanças experimentadas, sobretudo de 30 anos para cá, têm causado situação realmente alarmante. As causas são muitas, porém as mais graves são as antropológicas. A pessoa humana tem utilizado mal os recursos naturais. Porque não sabe? Não, propriamente. A maioria das pessoas sabe que respeitar a natureza é algo necessário, bom e indispensável para que se possa viver bem. Porém, há um fator inebriador, massificante da consciência que é a sede de lucro. Um provérbio latino cabe bem aqui: Auri Sacra Fames. De fato, a fome execranda do ouro ilude a mente humana e embota o espírito. Por causa do dinheiro fácil e volumoso, desmatam-se florestas, sem recompô-las, ajuntam-se lixos nos lixões que produzem gases entorpecentes e líquido venenoso agredindo o ar, as águas, matando os pássaros, os peixes, as árvores e causando danos ao ser humano direta e indiretamente. A poluição das chaminés, dos canos de descarga dos veículos e outros elementos poluentes continuam envenenando a atmosfera produzindo danos ao planeta.
A Campanha da Fraternidade conclama a todos para um grande mutirão de serviço global, ou seja, propõe união inteligente para vencermos juntos nossos problemas comuns. Quer ser a voz dos que crêem em Deus, Pai - Criador, e a partir da Palavra revelada, deseja prestar um serviço à pessoa humana alertando, formando, despertando as consciências para dizer que ainda é tempo de salvar a natureza, e proteger o planeta para que este continue sendo um lugar de vida e não uma ameaça de morte.
Servir é também semear esperança e convidar para a ação positiva que se dará por uma movimentação educativa, a fim de que os homens e as mulheres saibam cuidar melhor do jardim de Deus oferecido gratuitamente a todos nós.
 Fonte: CNBB

Dom José Antônio nos Festejos de São José - Sexto Dia





Dom José Antônio, é com muita carinho que agradecemos ao senhor por sua presença em nosso meio, Domingo,15 de Março para celebrar conosco aqui na Área Pastoral na festa de nosso padroeiro, São José. A casa é sua e as portas estão sempre abertas, grande pastor. Queremos neste espírito de festa agradecer também pelo seu grande zelo e cuidado que tens demostrado por nossa Arquidiocese de Fortaleza. Pedimos em nossas orações pelo senhor que próximo dia 24 de março faz 16 anos do seu episcopado à frente da Arquidiocese de Fortaleza. Somos gratos a Deus por ter nos mandado este querido pastor, para guiar as suas ovelhas. Que o Senhor possa cada vez mais dá-lhe força e coragem para guiar o seu rebanho.

Agradecemos também a todos que contribuíram para que este dia fosse um grande momento de espiritualidade e convivência.
A Área Pastoral São José, no Barroso II, vem realizando a festa de seu padroeiro desde o dia 10 de março com o TEMA “São José escolhido por Deus Pai para ser o guarda fiel das Famílias”. A festa tem como objetivo contribuir para que as famílias tomem consciência de ser igreja missionária.( Pe. Luciano Gonzaga)























domingo, 15 de março de 2015

Ano Santo: "Sede misericordiosos como o Pai"

2015-03-15 Rádio Vaticana
Testo di lancio: Ano Santo da Misericórdia é a grande notícia destes últimos dias na Igreja. Uma oportunidade de reconciliação para todos os fiéis no 50º aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II

“Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia. (…) Este Ano Santo iniciar-se-á na próxima solenidade da Imaculada Conceição e concluir-se-á a 20 de novembro de 2016.”
Foi com estas palavras que o Papa Francisco anunciou o Ano Santo da Misericórdia que é a grande notícia deste fim-de-semana no Vaticano e em toda a Igreja.
“Sede misericordiosos como o Pai”, versículo retirado do Evangelho de S. Lucas, que será o lema deste Jubileu Extraordinário que se inicia no dia 8 de dezembro próximo e conclui-se a 20 de novembro de 2016. A iniciativa convida os fiéis do mundo inteiro a celebrarem o sacramento da Reconciliação.
A abertura do próximo jubileu vai acontecer no 50.º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II e, segundo explica a Santa Sé, em comunicado de imprensa, “adquire um significado particular, impelindo a Igreja a continuar a obra começada com o Vaticano II”.
O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, responsável pela organização das celebrações deste jubileu, recorda em nota oficial que o Papa tinha afirmado no início de 2015 que se vivia “o tempo da misericórdia”. Foi no Angelus do domingo 11 de janeiro.
D. Rino Fisichella é o Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização e falou à Rádio Vaticano sobre o significado deste Jubileu:
“É um significado que se confirma na simbologia que o Papa Francisco quis utilizar. Antes de mais, fez o anúncio a 13 de março, ou seja, o ingresso no terceiro ano do seu pontificado; fê-lo durante uma celebração penitencial, recordando aos confessores o dever que têm de exprimir a misericórdia; fê-lo confessando-se ele próprio e tornando-se depois confessor. Portanto, penitente e confessor, o testemunho do grande mistério da misericórdia que nos envolve… e não esqueçamos que será aberta a Porta Santa precisamente no dia do quinquagésimo aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II. Todos estes elementos, no meu entender, indicam o percurso e dão significado a este Jubileu Extraordinário.”
Em nota de imprensa o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização realça que o tema da misericórdia está muito presente no atual pontificado e que já como bispo Jorge Mario Bergoglio tinha escolhido como lema ‘miserando atque eligendo’, que evoca uma passagem do Evangelho segundo S. Mateus: “olhou-o com misericórdia e escolheu-o”.
Recordemos que no primeiro Angelus após a sua eleição, há dois anos, o Papa Francisco falou da misericórdia como a palavra que “muda o mundo”.
Em novembro de 2013, o Papa surpreendeu dezenas de milhares de pessoas reunidas no Vaticano com a sugestão de um ‘medicamento espiritual’ para as suas vidas, distribuindo numa caixa própria, a ‘Misericordina’.
Já na sua mensagem para esta Quaresma de 2015, o Papa Francisco deixou votos de que as paróquias e comunidades católicas se tornem “ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença”.
Finalmente, a palavra ‘misericórdia’ aparece mais de 30 vezes na primeira exortação apostólica do pontificado, ‘Evangelii gaudium’, ‘A alegria do Evangelho’. (RS)
Fonte:News.VA

​Durante a celebração penitencial na basílica de São Pedro Francisco anunciou o Ano santo da misericórdia - O grande perdão

2015-03-14 L’Osservatore Romano
«Pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual; e devemos fazer este caminho. Por isso decidi proclamar um jubileu extraordinário que tenha no seu centro a misericórdia de Deus. Será um Ano santo da misericórdia». Anunciou o Papa Francisco na tarde de sexta-feira 13 de Março, segundo aniversário da sua eleição ao Pontificado, durante a celebração da penitência presidida na basílica vaticana.
Também este ano, na vigília do quarto Domingo de Quaresma, nos reunimos para celebrar a liturgia penitencial. Estamos unidos a tantos cristãos que, hoje, em todas as partes do mundo, aceitaram o convite para viver este momento como sinal da bondade do Senhor. Com efeito, o Sacramento da Reconciliação permite que nos aproximemos com confiança do Pai para ter a certeza do seu perdão. Ele é deveras «rico em misericórdia» e difunde-a em abundância sobre quantos a Ele recorrem com coração sincero.
Contudo, estar aqui para experimentar o seu amor é em primeiro lugar fruto da sua graça. Como nos recordou o apóstolo Paulo, Deus nunca deixa de mostrar a riqueza da sua misericórdia no decorrer dos séculos. A transformação do coração que nos leva a confessar os nossos pecados é «dom de Deus». Sozinhos não somos capazes. Poder confessar os nossos pecados é um dom de Deus, é uma dádiva, é, «obra sua» (cf. Ef 2, 8-10). Por conseguinte, ser tocados com ternura pela sua mão e plasmados pela sua graça permite que nos aproximemos do sacerdote sem recear pelas nossas culpas, mas com a certeza de sermos por ele acolhidos no nome de Deus, e compreendidos não obstante as nossas misérias; e também que nos aproximemos sem um advogado defensor: temos um só, que que deu a sua vida pelos nossos pecados! É Ele que, com o Pai, nos defende sempre. Ao sair do confessionário, sentiremos a sua força que volta a dar vida e restitui o entusiasmo da fé. Depois da confissão renascemos.
O Evangelho que ouvimos (cf. Lc 7, 36-50) abre-nos um caminho de esperança e de conforto. É bom sentir sobre nós o mesmo olhar compassivo de Jesus, assim como o sentiu a mulher pecadora na casa do fariseu. Neste trecho repetem-se com frequência duas palavras: amor e juízo.
Há o amor da mulher pecadora que se humilha diante do Senhor; mas ainda antes há o amor misericordioso de Jesus por ela, que a estimula a aproximar-se. O seu choro de arrependimento e de alegria lava os pés do Mestre, e os seus cabelos enxugam-nos com gratidão; os beijos são expressão do seu afecto puro; e o perfuma que deitou com abundância confirma quanto Ele é precioso aos seus olhos. Cada gesto desta mulher fala de amor e exprime o seu desejo de ter uma certeza inabalável na sua vida: ser perdoada. Esta certeza é uma boa certeza! E Jesus dá-lhe esta certeza: acolhendo-a demonstra-lhe o amor de Deus por ela, precisamente por ela, uma pecadora pública! O amor e o perdão são simultâneos: Deus perdoa-lhe muito, perdoa-lhe tudo, porque «amou muito» (Lc 7, 47); e ela adora Jesus porque sente que n'Ele há misericórdia e não condenação. Sente que Jesus a compreende com amor, a ela, que é uma pecadora. Graças a Jesus, Deus esquece os seus muitos pecados, não os recorda mais (cf. Is 43, 25). Porque também isto é verdade: quando Deus perdoa, esquece. É grande o perdão de Deus! Agora para ela começa uma nova fase; renasceu no amor e numa vida nova.
Esta mulher encontrou deveras o Senhor. No silêncio, abriu-lhe o seu coração; na dor, mostrou-lhe o arrependimento pelos seus pecados; com o seu choro, apelou-se à sua bondade divina para receber o perdão. Para ela não haverá juízo algum a não ser o que vem de Deus, e este é o juízo da misericórdia. O protagonista deste encontro é certamente o amor que vai além da justiça.
Ao contrário Simão, o dono de casa, o fariseu, não consegue encontrar o caminho do amor. Tudo é calculado, reflectido... Permanece firme no limiar da formalidade. Isto é mau, o amor formal, não se compreende. Não é capaz de dar o passo seguinte para ir ao encontro de Jesus que o leva à salvação. Simão limitou-se a convidar Jesus para almoçar, mas não o recebeu deveras. Nos seus pensamentos invoca apenas a justiça e fazendo assim erra. O seu juízo sobre a mulher afasta-o da verdade e nem sequer lhe permite compreender quem é o seu hóspede. Deteve-se à tona - na formalidade - não foi capaz de ver no coração. Diante da parábola de Jesus e da pergunta sobre qual foi o servo que mais amou, o fariseu responde correctamente: «Aquele a quem perdoou mais». E Jesus não deixa de lhe fazer observar: «Julgaste bem» (Lc 7, 43). Só quando o juízo de Simão se orienta para o amor, ele é justo.
A chamada de Jesus leva cada um de nós a nunca se deter na superfície das coisas, sobretudo quando estamos diante de uma pessoa. Somos chamados a olhar para além, afixar o coração para ver de quanta generosidade cada um é capaz. Ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus; todos conhecem o caminho para aceder a ela e a Igreja é a casa que acolhe todos e não rejeita ninguém. As suas portas permanecem abertas, para que quantos são tocados pela graça possam encontrar a certeza do perdão. Quanto maior for o pecado maior deve ser o amor que a Igreja manifesta em relação àqueles que se convertem. Com quanto amor Jesus olha para nós! Com quanto amor cura o nosso coração pecador! Nunca se assusta com os nossos pecados. Pensemos no filho pródigo que, quando decide voltar para o pai, pensa no que lhe deve dizer, mas o pai não o deixa falar, abraça-o (cf. Lc15, 17-24). Assim faz Jesus connosco. «Pai, cometi tantos pecados...» - «Mas Ele ficará contente se tu fores: abraça-te com tanto amor! Não tenhas receio».
Queridos irmãos e irmãs, pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual; e devemos percorrer este caminho. Por isso decidi proclamar umJubileu extraordinário que tenha no seu centro a misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia. Queremos vivê-lo à luz da palavra do Senhor: «Sede misericordiosos como o Pai» (cf. Lc 6, 36). E isto sobretudo para os confessores! Muita misericórdia!
Este Ano Santo terá início na próxima solenidade da Imaculada Conceição e concluir-se-á a 20 de Novembro de 2016, Domingo de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo e rosto vivo da misericórdia do Pai. Confio a organização deste Jubileu ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, para que o possa animar como uma nova etapa do caminho da Igreja na sua missão de levar o Evangelho da misericórdia a todas as pessoas.
Estou certo de que toda a Igreja, que tem tanta necessidade de receber misericórdia, porque somos pecadores, poderá encontrar neste Jubileu a alegria para redescobrir e tornar fecunda a misericórdia de Deus, com a qual cada um de nós está chamado a dar conforto a todos os homens e mulheres do nosso tempo. Não nos esqueçamos de que Deus perdoa tudo, e Deusperdoa sempre. Não nos cansemos de pedir perdão. Desde já confiamos este Ano à Mãe da Misericórdia, para que dirija para nós o seu olhar e vele sobre o nosso caminho: o nosso caminho penitencial, o nosso caminho com o coração aberto, durante um ano, para receber a indulgência de Deus, para receber a misericórdia de Deus.
Fonte: News.VA