sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Pascom do Regional Nordeste I tem reunião agendada com Dom Vasconcelos


Quando pensamos na Ação Evangelizadora da Igreja já não podemos deixar de pensar na Pastoral da Comunicação, PASCOM.
Para que a Pascom seja cada vez mais atuante, eficiente e de acordo com o documento 99 da CNBB, Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil a Pascom do Regional Nordeste I  precisa avançar em sua organização, articulação e formação.
Assim, Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, Bispo de Sobral e referencial para a Comunicação, agendou a primeira reunião de 2016 da Coordenação da PASCOM do Regional para o dia1º de fevereiro de 2016 – às 8h30min, na sede da CNBB – Rua Felino Barroso, 405 – Bairro de Fátima – Fortaleza/CE.
Na pauta:
– Planejamento de 2016
– II MUTICOM ( que acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de março em Crato).
Informações com Marta Andrade (85) 3388.8703
download (1)

13ª Semana das Águas

Acontece de  12 a 22 de março de 2016 a 13ª Semana das Águas, em Baturité.
Padre Zé Maria Cavalcante será o homenageado na Semana das Águas, ação que ele fazia questão de participar e apoiar, todos os anos (inclusive no ano passado, mesmo debilitado e usando bastão).
Programação:
12/3 (sab) – Noite Cultural com Sanfoneiros e Violeiros em Agrovila – Aracoiaba; 13/03 (dom) – Visita às nascentes do Rio Aracoiaba em Guaramiranga e Baturité; – Celebração das Cisternas no Vale do Choró – Baturité.

14/3 (seg) – Encontro das Comissões Gestoras dos Açudes Públicos do Território Maciço de Baturité; 15/03 (ter) – Visitas nas Escolas e Universidades em Baturité, Redenção e Aracoiaba; 16/03 (qua) – Seminário das Águas em Nível Territorial e Micro bacias do Sertão e Serra do CBHRMF; – Celebração da Conquista das Cisternas no Distrito de Vazantes – Aracoiaba; – Celebração da Conquista das Cisternas no Distrito de Ideal – Aracoiaba;
17/3 (qui) – Visitas nas Escolas e Universidades em Baturité, Redenção e Aracoiaba; – Celebração da Conquista das Cisternas no Distrito Jucá do Zé Vilar – Baturité;
18/3 (sex) – Feira de Sabores e Saberes, com arte, cultura, produtos da Agricultura Familiar e da gastronomia;
19/3 (sab) – Festa de São José em Várias Comunidades e em várias cidades; – Celebração das Cisternas no Distrito de Furnas – Aracoiaba; – Celebração das Cisternas na Comunidade de Umarizeiro – Aracoiaba;
20/3 (dom) – 7ª Romaria das Águas / Celebração da Conquista das Cisternas de Placas no Geral; 21/03 (seg) – Manhã de reflorestamento de um trecho das margens do Rio Aracoiaba (Aracoiaba e Baturité); – Celebração Conquista das Cisternas no Distrito de Candeias – Baturité;
22/3 (ter) – Participação na Programação do Dia Mundial da Água em Fortaleza.

Informações:
Endereço: Rua Santos Dumont 3013 – Centro – Aracoiaba – Ceara – 62.750-000

Telefone: (85) 3347-1388;  (85) 996046224
E-mail: sttraracoiaba@gmail.com / silvanarlutador@yahoo.com.br

Missionários da Misericórdia

Algumas questões práticas desse ministério especial no Ano Santo da Misericórdia
Quais os serviços dos Sacerdotes Missionários da Misericórdia.
O Papa Francisco, com todo seu amor e ardor missionário instituiu para o Ano Santo da Misericórdia o ofício dos Missionários da Misericórdia. Para ajudar os fieis a entenderem melhor o que farão estes Missionários da Misericórdia, passamos agora a oferecer algumas explicações, a partir do que propõe o próprio Papa na Bula “Misericordiae Vultus”, n. 18:
+ Quem são os Missionários da Misericórdia?
“Na Quaresma deste Ano Santo, é minha intenção enviar os Missionários da Misericórdia. (…)Serão sacerdotes a quem darei autoridade de perdoar mesmo os pecados reservados à Sé Apostólica, para que se torne evidente a amplitude do seu mandato.
Na Igreja, quem são os sacerdotes com poder de perdoar pecados? Os Bispos e os Presbíteros (Padres), com pleno Uso de Ordem em suas Dioceses. Desta forma, todos os Sacerdotes são dispensadores da Misericórdia Divina. Mas, no caso dos Missionários da Misericórdia, são alguns Bispos Eméritos e Padres que se colocaram à disposição deste ofício no Ano Santo e serão instituídos para tal pelo Papa Francisco.
+ O que o Papa deseja destes Missionários da Misericórdia?
 “(…) Serão um sinal da solicitude materna da Igreja pelo povo de Deus, para que entre em profundidade na riqueza deste mistério tão fundamental para a fé. (…) Serão sobretudo sinal vivo de como o Pai acolhe a todos aqueles que andam à procura do seu perdão. Serão missionários da misericórdia, porque se farão, junto de todos, artífices dum encontro cheio de humanidade, fonte de libertação, rico de responsabilidade para superar os obstáculos e retomar a vida nova do Batismo.
Deste modo, os Missionários da Misericórdia, deverão ser arautos do perdão de Deus e ajudar as pessoas a quererem fazer a experiência do perdão e da reconciliação, fazendo a experiência da vida nova do Batismo, como dizia o Papa nas palavras acima. Serão pregadores convincentes da Misericórdia.
+ Quais características o Papa espera encontrar nos Missionários da Misericórdia?
“Na verdade todos, sem excluir ninguém, estão chamados a acolher o apelo à misericórdia. Os missionários vivam esta chamada, sabendo que podem fixar o olhar em Jesus, ‘Sumo Sacerdote misericordioso e fiel’ (Hb 2, 17)”.
Ou seja, o Papa espera sacerdotes de coração abertoacolhedoresalegres em seu ministério e que ao mesmo tempo vivam também eles o encontro com a misericórdia divina confessando-se e fazendo penitência pelo pecado. Espera sacerdotes que tragam consigo o dom das lágrimas, que compadecidos dos que os procurarem chorem suas dores e enxugue suas lágrimas, sendo assim, “antes de tudo, pregadores convincentes da misericórdia”(MV, n.18).
+ Quais as ações possíveis na realização do ministério destes Missionários da Misericórdia?
– Pregar sobre a Misericórdia: “(…) que sejam, antes de tudo, pregadores convincentes da misericórdia”;
– Participar ou organizar Missões Populares: “(…) ‘missões populares’, de modo que estes Missionários sejam anunciadores da alegria do perdão”;
– Celebrar o Sacramento da Reconciliação: “(…) celebrem o sacramento da Reconciliação para o povo, para que o tempo de graça, concedido neste Ano Jubilar, permita a tantos filhos afastados encontrar de novo o caminho para a casa paterna”.
+ O Papa fala que estes Missionários poderão perdoar pecados reservados à Santa Sé. Quais são esses pecados?
Quando se fala sobre perdoar pecados que são reservados para a Santa Sé está-se dizendo com a terminologia em uso no Código de 1917 sobre determinados pecados que envolvem a pena de excomunhão automática cuja remissão da excomunhão é reservada à Sé Apostólica, precisando esses pecados ser submetidos ao julgamento da Penitenciaria Apostólica para que haja a absolvição.
Quando o Santo Padre faz o aceno de autorizar estes Missionários da Misericórdia a perdoar esses “pecados reservados”, o Papa está querendo deixar evidente a amplitude do seu mandato (MV, n.18), e deixar abertas todas as possiblidades de que a misericórdia de Deus alcance todas aas pessoas que estejam arrependidas e queriam trilhar um caminho de conversão e mudança de vida, de acordo com o Evangelho.
O próprio Papa, na sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”, n. 03, diz o seguinte: “Como nos faz bem voltar para Ele, quando nos perdemos! Insisto uma vez mais: Deus nunca Se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir a sua misericórdia”. Assim, os Missionários da Misericórdia trarão consigo uma imensa, mas feliz missão, de serem portadores da Misericórdia e a julgarem com o Coração de Jesus os casos que lhes forem apresentados pelos penitentes.
+ Mas, no Ano da Misericórdia, só os Missionários da Misericórdia poderão perdoar os pecados?
Claro que não. E nem daria, devido o grande número de fieis que buscam o Sacramento da Reconciliação. Todos os sacerdotes devem se entender, porque de fato o são, como Ministros da Misericórdia de Deus. Prova tal que o Papa Francisco deu a todos os sacerdotes a faculdade de perdoar o pecado do aborto, que é reservado ao Bispo. Assim se expressa o Papa, em Carta dirigida a Dom Rino Fisichella:
“Também por este motivo, não obstante qualquer disposição em contrário, decidi conceder a todos os sacerdotes para o Ano Jubilar a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado. Os sacerdotes se preparem para esta grande tarefa sabendo conjugar palavras de acolhimento genuíno com uma reflexão que ajude a compreender o pecado cometido, e indicar um percurso de conversão autêntica para conseguir entender o verdadeiro e generoso perdão do Pai, que tudo renova com a sua presença”.
Mas, leia-se atentamente, que o Papa diz: “ajude a compreender o pecado cometido, e indicar um percurso de conversão autêntica para conseguir entender o verdadeiro e generoso perdão do Pai, que tudo renova com a sua presença”. Isso significa que o Papa não está dizendo que é lícito abortar, mas que é preciso deixar de lado essa prática horrível, que atenta contra a vida humana. Igualmente, o Pontífice está dizendo que é possível o perdão à pessoa arrependida.
Esse ministério dos Missionários da Misericórdia será, sem dúvida, um grande sinal do Amor de Deus em meio ao seu povo, uma vez que haverá mais alegria no céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão” (Lc 15,7). Aos fieis resta pedir as orações para que esses sacerdotes vivam com verdade e ardor o mandato que lhes é concedido.

Pe. Rafhael Silva Maciel
Padre da Arquidiocese de Fortaleza
Missionário da Misericórdia

Papa Francisco concederá indulgências na Jornada Mundial do Doente

A mensagem para esta celebração foi divulgada pelo Vaticano em coletiva de imprensa
Celebrada a cada três anos, a 24ª Jornada Mundial do Doente traz como tema “Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: Fazei o que Ele vos disser”. A celebração ocorrerá, em 11 de fevereiro, na cidade de Nazaré – Terra Santa. A mensagem do papa Francisco, para esta data, propõe meditar a passagem bíblica das “Bodas de Caná”.
Durante coletiva de imprensa, na Santa Sé, dia 28, foram apresentados os detalhes do evento, que será realizado a partir das motivações do Ano da Misericórdia. A exposição da temática da jornada contou com a presença do presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Dom Zygmunt Zimowski, com a participação de monsenhor Jean-Marie Musivi Mupendawatu e padre Augusto Chendi, membros do dicastério vaticano, e do secretário geral da Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa, padre Pietro Felet.
Por ocasião desta jornada, o papa Francisco concedeu indulgência plenária e parcial para quem, segundo diferentes modalidades, para quem participar das intenções Do dia Mundial do Enfermo, de 7 a 13 de fevereiro.
“Nesta Jornada Mundial do Doente, podemos pedir a Jesus misericordioso, pela intercessão de Maria, Mãe d’Ele e nossa, que nos conceda a todos a mesma disponibilidade ao serviço dos necessitados e, concretamente, dos nossos irmãos e irmãs doentes. Por vezes, este serviço pode ser cansativo, pesado, mas tenhamos a certeza de que o Senhor não deixará de transformar o nosso esforço humano em algo de divino”, disse o papa Francisco na mensagem.
Confira a íntegra do texto:
MENSAGEM DE SUA SANTIDADE FRANCISCO
PARA A XXIV JORNADA MUNDIAL DO DOENTE
(Terra Santa – Nazaré, 11 de Fevereiro de 2016)
Tema: “Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5)”
Amados irmãos e irmãs!
A XXIV Jornada Mundial do Doente dá-me ocasião para me sentir particularmente próximo de vós, queridas pessoas doentes, e de quantos cuidam de vós.
Dado que a referida Jornada vai ser celebrada de maneira solene na Terra Santa, proponho que, neste ano, se medite a narração evangélica das bodas de Caná (Jo 2, 1-11), onde Jesus realizou o primeiro milagre a pedido de sua Mãe. O tema escolhido – Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2, 5) – insere-se muito bem no âmbito do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A celebração eucarística central da Jornada terá lugar a 11 de Fevereiro de 2016, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, e precisamente em Nazaré, onde «o Verbo Se fez homem e veio habitar conosco» (Jo 1, 14). Em Nazaré, Jesus deu início à sua missão salvífica, aplicando a Si mesmo as palavras do profeta Isaías, como nos refere o evangelista Lucas: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (4, 18-19).
A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita interrogativos que nos atingem em profundidade. Por vezes, o primeiro momento pode ser de rebelião: Porque havia de acontecer precisamente a mim? Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está perdido, que já nada tem sentido…
Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva; e não porque faça desaparecer a doença, a tribulação ou os interrogativos que daí derivam, mas porque nos dá uma chave para podermos descobrir o sentido mais profundo daquilo que estamos a viver; uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus, que caminha ao nosso lado, carregando a Cruz. E esta chave é-nos entregue pela Mãe, Maria, perita deste caminho.
Nas bodas de Caná, Maria é a mulher solícita que se apercebe de um problema muito importante para os esposos: acabou o vinho, símbolo da alegria da festa. Maria dá-Se conta da dificuldade, de certa maneira assume-a e, com discrição, age sem demora. Não fica a olhar e, muito menos, se demora a fazer juízos, mas dirige-Se a Jesus e apresenta-Lhe o problema como é: «Não têm vinho» (Jo 2, 3). E quando Jesus Lhe faz notar que ainda não chegou o momento de revelar-Se (cf. v. 4), Maria diz aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser» (v. 5). Então Jesus realiza o milagre, transformando uma grande quantidade de água em vinho, um vinho que logo se revela o melhor de toda a festa. Que ensinamento podemos tirar, para a Jornada Mundial do Doente, do mistério das bodas de Caná?
O banquete das bodas de Caná é um ícone da Igreja: no centro, está Jesus misericordioso que realiza o sinal; em redor d’Ele, os discípulos, as primícias da nova comunidade; e, perto de Jesus e dos seus discípulos, está Maria, Mãe providente e orante. Maria participa na alegria do povo comum, e contribui para a aumentar; intercede junto de seu Filho a bem dos esposos e de todos os convidados. E Jesus não rejeitou o pedido de sua Mãe. Quanta esperança há neste acontecimento para todos nós! Temos uma Mãe de olhar vigilante e bom, como seu Filho; o coração materno e repleto de misericórdia, como Ele; as mãos que desejam ajudar, como as mãos de Jesus que dividiam o pão para quem tinha fome, que tocavam os doentes e os curavam. Isto enche-nos de confiança, fazendo-nos abrir à graça e à misericórdia de Cristo. A intercessão de Maria faz-nos experimentar a consolação, pela qual o apóstolo Paulo bendiz a Deus: «Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação! Ele nos consola em toda a nossa tribulação, para que também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação, mediante a consolação que nós mesmos recebemos de Deus. Na verdade, assim como abundam em nós os sofrimentos de Cristo, também, por meio de Cristo, é abundante a nossa consolação» (2 Cor  1, 3-5). Maria é a Mãe «consolada», que consola os seus filhos.
Em Caná, manifestam-se os traços distintivos de Jesus e da sua missão: é Aquele que socorre quem está em dificuldade e passa necessidade. Com efeito, no seu ministério messiânico, curará a muitos de doenças, enfermidades e espíritos malignos, dará vista aos cegos, fará caminhar os coxos, restituirá saúde e dignidade aos leprosos, ressuscitará os mortos, e aos pobres anunciará a boa nova (cf. Lc 7, 21-22). E, durante o festim nupcial, o pedido de Maria – sugerido pelo Espírito Santo ao seu coração materno – fez revelar-se não só o poder messiânico de Jesus, mas também a sua misericórdia.
Na solicitude de Maria, reflete-se a ternura de Deus. E a mesma ternura torna-se presente na vida de tantas pessoas que acompanham os doentes e sabem individuar as suas necessidades, mesmo as mais subtis, porque veem com um olhar cheio de amor. Quantas vezes uma mãe à cabeceira do filho doente, ou um filho que cuida do seu progenitor idoso, ou um neto que acompanha o avô ou a avó, depõe a sua súplica nas mãos de Nossa Senhora! Para nossos familiares doentes, pedimos, em primeiro lugar, a saúde; o próprio Jesus manifestou a presença do Reino de Deus precisamente através das curas. «Ide contar a João o que vedes e ouvis: os cegos veem e os coxos andam; os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam» (Mt 11, 4-5). Mas o amor, animado pela fé, leva-nos a pedir, para eles, algo maior do que a saúde física: pedimos uma paz, uma serenidade da vida que parte do coração e que é dom de Deus, fruto do Espírito Santo que o Pai nunca nega a quantos Lho pedem com confiança.
No episódio de Caná, além de Jesus e sua Mãe, temos aqueles que são chamados «serventes» e que d’Ela recebem esta recomendação: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2, 5). Naturalmente, o milagre dá-se por obra de Cristo; contudo Ele quer servir-Se da ajuda humana para realizar o prodígio. Poderia ter feito aparecer o vinho diretamente nas vasilhas. Mas quer valer-Se da colaboração humana e pede aos serventes que as encham de água. Como é precioso e agradável aos olhos de Deus ser serventes dos outros! Mais do que qualquer outra coisa, é isto que nos faz semelhantes a Jesus, que «não veio para ser servido, mas para servir» (Mc 10, 45). Aqueles personagens anónimos do Evangelho dão-nos uma grande lição. Não só obedecem, mas fazem-no generosamente: enchem as vasilhas até cima (cf. Jo 2, 7). Confiam na Mãe, fazendo, imediatamente e bem, o que lhes é pedido, sem lamentos nem cálculos.
Nesta Jornada Mundial do Doente, podemos pedir a Jesus misericordioso, pela intercessão de Maria, Mãe d’Ele e nossa, que nos conceda a todos a mesma disponibilidade ao serviço dos necessitados e, concretamente, dos nossos irmãos e irmãs doentes. Por vezes, este serviço pode ser cansativo, pesado, mas tenhamos a certeza de que o Senhor não deixará de transformar o nosso esforço humano em algo de divino. Também nós podemos ser mãos, braços, corações que ajudam a Deus a realizar os seus prodígios, muitas vezes escondidos. Também nós, sãos ou doentes, podemos oferecer as nossas canseiras e sofrimentos como aquela água que encheu as vasilhas nas bodas de Caná e foi transformada no vinho melhor. Tanto com a ajuda discreta de quem sofre, como suportando a doença, carrega-se aos ombros a cruz de cada dia e segue-se o Mestre (cf. Lc 9, 23); e, embora o encontro com o sofrimento seja sempre um mistério, Jesus ajuda-nos a desvendar o seu sentido.
Se soubermos seguir a voz d’Aquela que recomenda, a nós também, «fazei o que Ele vos disser», Jesus transformará sempre a água da nossa vida em vinho apreciado. Assim, esta Jornada Mundial do Doente, celebrada solenemente na Terra Santa, ajudará a tornar realidade os votos que formulei na Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia: «Possa este Ano Jubilar, vivido na misericórdia, favorecer o encontro com [o judaísmo e o islamismo] e com as outras nobres tradições religiosas; que ele nos torne mais abertos ao diálogo, para melhor nos conhecermos e compreendermos; elimine todas as formas de fechamento e desprezo e expulse todas as formas de violência e discriminação» (Misericordiae Vultus, 23). Cada hospital ou casa de cura pode ser sinal visível e lugar para promover a cultura do encontro e da paz, onde a experiência da doença e da tribulação, bem como a ajuda profissional e fraterna contribuam para superar qualquer barreira e divisão.
Exemplo disto são as duas Irmãs canonizadas no passado mês de maio: Santa Maria Alfonsina Danil Ghattas e Santa Maria de Jesus Crucificado Baouardy, ambas filhas da Terra Santa. A primeira foi uma testemunha de mansidão e unidade, dando claro testemunho de como é importante tornarmo-nos responsáveis uns pelos outros, vivermos ao serviço uns dos outros. A segunda, mulher humilde e analfabeta, foi dócil ao Espírito Santo, tornando-se instrumento de encontro com o mundo muçulmano.
A todos aqueles que estão ao serviço dos doentes e atribulados, desejo que vivam animados pelo espírito de Maria, Mãe da Misericórdia. «A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus» (ibid., 24) e levá-la impressa nos nossos corações e nos nossos gestos. Confiamos à intercessão da Virgem as ânsias e tribulações, juntamente com as alegrias e consolações, dirigindo-Lhe a nossa oração para que Ela pouse sobre nós o seu olhar misericordioso, especialmente nos momentos de sofrimento, e nos torne dignos de contemplar, hoje e para sempre, o Rosto da misericórdia que é seu Filho Jesus.
Acompanho esta súplica por todos vós com a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 15 de Setembro – Memória de Nossa Senhora das Dores – do ano 2015.
Francisco
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Pobreza e Misericórdia

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)


No dia 20 de setembro de 2015, o Papa Francisco celebrou em Havana, pela manhã, a Missa de Abertura de sua viagem apostólica, e à tarde teve um encontro com os sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas. Os temas abordados estão ligados ao tema da misericórdia cujo ano estamos a celebrar.
Nesse dia, na primeira Missa do Papa Francisco em Havana, ele disse: “O santo povo fiel de Deus, que caminha em Cuba, é um povo que ama a festa, a amizade, as coisas belas. É um povo que caminha, que canta e louva. É um povo que, apesar das feridas que tem como qualquer povo, sabe abrir os braços, caminhar com esperança, porque se sente chamado para a grandeza”, declarou na homilia da Missa que reuniu milhares de pessoa na Praça da Revolução, na capital de Cuba.
Francisco recordou, neste contexto, os mais frágeis e necessitados, advertindo os cubanos para os perigos de “projetos que podem parecer sedutores”, mas acabam por desinteressar-se de quem está ao lado de cada um. O Papa assinalou que para “ser cristão comporta servir a dignidade dos irmãos, lutar pela dignidade dos irmãos e viver para a dignificação dos irmãos”. “Servir significa, em grande parte, cuidar da fragilidade. Cuidar dos frágeis das nossas famílias, da nossa sociedade, do nosso povo. São os rostos sofredores, indefesos e angustiados que Jesus nos propõe olhar e nos convida concretamente a amar”.
Na parte da tarde, com um discurso de improviso, ele falou sobre a questão da pobreza e misericórdia. Como estamos no ano santo do Jubileu da Misericórdia será muito oportuno recordar um pouco desse pronunciamento do Santo Padre.
Foi significativa a Oração das Vésperas, rezada na Catedral da Imaculada Conceição e São Cristóbal de Havana, em que o Papa fez um apelo aos sacerdotes, religiosos e seminaristas para que “amem a pobreza como mãe”! Todo o discurso significativo do Papa Francisco foi baseado no binômio “Pobreza e Misericórdia, aí está Jesus”. Palavras profundas, de improviso, diante da fala de uma religiosa e de um padre que o precederam.
O Papa Francisco disse que: “Quando falam os profetas – e todos os sacerdotes são profetas, todos os batizados e os consagrados são profetas”,  “devemos ouvi-los, por isto entrego a homilia preparada ao cardeal e depois podem lê-la e meditá-la”, disse o Papa.
O mundo do transitório, do descartável e da busca desenfreada pelo poder e pelo ter é refratário à pobreza, porque esta incomoda. “O espírito mundano – observou Francisco – não a conhece, não a quer, a esconde, não por pudor, mas por desprezo. E se tem que pecar e ofender a Deus para que não chegue a pobreza, o faz. O espírito do mundo não ama o caminho do Filho de Deus, que se fez pobre, se fez nada, se humilhou para ser um de nós”.  “A pobreza, tentamos escamoteá-la, seja por coisas razoáveis, mas falo de escamoteá-la no coração”: “Os bens são dom de Deus. Mas quando entram no coração e começam a conduzir a vida, perdeste. Não és como Jesus. Tens a segurança onde a tinha o jovem triste”.
Relembrando o episódio bíblico do jovem rico que deveria doar seus bens para seguir Jesus, o Papa Francisco disse que: “Quantas almas destruídas, almas generosas, como a do jovem entristecido, que começaram bem e depois foram apegando o amor a esta mundaneidade rica e terminaram mal, medíocres, sem amor, pois a riqueza empobrece, e empobrece mal, nos tira o melhor que temos, nos faz pobres na única riqueza que vale a pena, para colocar a segurança em outro”.
O Papa fez um desabafo sobre o juntar dinheiro pelas instituições religiosas: “E quando uma Congregação religiosa começa a juntar dinheiro, economizar, economizar, Deus é tão bom que manda um ecônomo desastrado, que a faz quebrar: são as melhores bênçãos de Deus à sua Igreja, os ecônomos desastrados, porque a fazem livre, a fazem pobre. Nossa Santa Mãe Igreja é pobre, Deus a quer pobre, como quis pobre a nossa Santa Mãe Maria. Amem a pobreza como mãe”.
O Santo Padre chamou a atenção dos presbíteros sobre a vivência da pobreza “à nossa vida consagrada, à nossa vida presbiteral, perguntar-se:  “Como está meu espírito de pobreza? Como está meu despojamento interior”? recordando a primeira das Bem-aventuranças: “Felizes os pobres de espírito, os que não estão apegados à riqueza, aos poderes deste mundo”. “Existem serviços pastorais que podem ser mais gratificantes do ponto de vista humano, sem serem maus ou mundanos, porém, advertiu, quando alguém busca a preferência interior ao mais pequeno, ao mais abandonado, ao mais doente, ao que não conta nada, ao que não quer nada, ao mais pequeno, e serve ao mais pequeno, está servindo a Jesus de maneira superlativa. A vós mandaram onde não querias ir”.
Como vemos, o tema da Misericórdia é uma constante na vida do Papa Francisco e, sem dúvida, podemos aprofundá-lo desde a escolha do seu lema episcopal até chegarmos ao amadurecimento do tempo oportuno da convocação do ano santo do Jubileu da Misericórdia, passando por todos os pronunciamentos e posicionamentos de um tema tão importante para a Igreja: o nome de Deus é misericórdia, e o Seu rosto é Jesus Cristo. Nós, Igreja, somos chamados a anunciar esse rosto misericordioso que conduz ao Pai.
Através dessa proposta do Ano da Misericórdia, o Papa quer levar o amor aos corações e quebrar a barreira existente entre as pessoas e as civilizações. Em conclusão, rezemos pelo Papa para que ele continue tendo saúde e todas as luzes necessárias do Espírito Santo para reger essa grei de Cristo.
Fonte: CNBB

Cuidar da Terra

Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)


No dia 09 de fevereiro, dia de Carnaval, milhares de romeiros do sul do Brasil e países do Prata se reunirão na Sanga da Bica em São Gabriel para uma grande convocação em favor do cuidado da terra, “a nossa casa comum”. O encontro acontece pela trigésima nona vez como forma de celebrar o martírio de Sepé Tiarajú, o líder guarani que tombou ao lado de 1500 companheiros na Sanga da Bica, em 1756, buscando defender a terra do seu povo.
A terra, desde os primórdios, foi entregue por Deus ao ser humano para que a cuidasse e tirasse dela o seu sustento. “Cada comunidade pode tomar da bondade da terra aquilo de que necessita para a sua sobrevivência, mas tem também o dever de a proteger e garantir a continuidade da sua fertilidade para as gerações futuras” (LS, 67). A terra “e tudo o que nela existe pertence ao Senhor” (Dt 10,14). Daí que Deus proíbe toda a pretensão de posse absoluta (LS, 67) e o uso da terra como bem especulativo vai contra projeto divino.
Em 2016 a Romaria da Terra adquire um significado especial, uma vez que vem corroborar a encíclica papal “Laudato si: sobre o cuidado da casa comum” e motivar a Campanha da Fraternidade Ecumênica que alerta sobre a nossa responsabilidade para com esta Casa Comum. Conforme o Papa, “todos podemos colaborar, como instrumentos de Deus, no cuidado da criação, cada um a partir da sua cultura, experiência, iniciativas e capacidades” (LS, 14). 
As pessoas que vivem da terra, como é grande parte da população da Diocese de Santa Cruz do Sul, conhecem muito bem a importância do cuidado da terra. Num período de muitas chuvas, como foram os últimos meses, elas sofrem ao verem a terra fértil descer o rio. Igualmente sofrem quando veem a terra virando deserto pela falta de chuvas. Muitos também já começam a sofrer com a percepção do excessivo uso de agrotóxicos e herbicidas que causam danos irreparáveis à biodiversidade. Outros se questionam sobre o futuro da vida na medida em que proliferam as sementes transgênicas e desaparecem as sementes crioulas. Aliás, nesta área, a Diocese de Santa Cruz do Sul tem o belo projeto do Banco das Sementes Crioulas, apontado como um dos melhores bancos de sementes crioulas do Brasil.
Na Romaria da Terra se destaca a sacralidade da vida e a importância da terra na preservação desta vida. Em sua 39ª edição, ela também voltará seus olhos para a realidade das comunidades indígenas, que foram os primeiros ocupantes destas terras e hoje, muitas vezes, são tratados como intrusos. A luta de Sepé Tiarajú que tombou mártir na defesa das terras indígenas, servirá de inspiração para a tomada de posição.
Faço votos de que Deus abençoe os romeiros e abra os corações de todas as pessoas para se comprometerem no cuidado da Casa Comum que é o Planeta Terra.
Fonte: CNBB

Vencer a indiferença

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte



A violência, a miséria e a exclusão social aumentam os impasses que dificultam o desenvolvimento sustentável e os entendimentos entre as pessoas. Não raramente os resultados das conferências e outras iniciativas são pífios, incapazes de contribuir para solucionar as muitas demandas da população, particularmente dos mais pobres. Há uma miopia crônica que estreita os horizontes da cultura e isso precisa ser curado para dar à sociedade um novo rumo. É necessário cultivar nas consciências e nos corações a competência para debelar a indiferença que compromete a paz.
Ensina o Papa Francisco que a paz está no horizonte de um caminhar conduzido com arte e com o adequado respeito ao sentido da vida. O passo a passo desse caminho é cada pessoa assumir a tarefa de superar o descaso e o comodismo. A prioridade, conforme sublinha Francisco, é a superação da indiferença para com Deus. Ela se revela quando a pessoa não reconhece qualquer norma acima de si e pauta a conduta individual somente a partir dos próprios parâmetros. Isso está na contramão da ética e é raiz do caos moral. 
Importante é compreender que a superação da indiferença em relação a Deus não ocorrerá, simplesmente, a partir da multiplicação de igrejas em todo canto. É preciso tratar essa questão de modo ainda mais amplo nos âmbitos governamentais e jurídicos, para evitar sérias consequências. Serve de alerta, por exemplo, reportagem exibida nacionalmente mostrando que para abrir uma empresa são necessários dois anos. Já para uma igreja, precisa-se de apenas vinte minutos.
Essa facilidade deriva do entendimento de que abrir uma igreja é objetivo de quem está a serviço da superação da indiferença em relação a Deus, agindo com respeito e diálogo. Mas o que se verifica, com certa recorrência, é a busca pelo atendimento de interesses que estão na contramão de uma cultura mais clarividente. Assim, são alimentadas práticas religiosas que arrefecem a consciência social e política, necessárias para construir uma sociedade mais justa e solidária. Esse assunto, obviamente, desdobra-se em outras temáticas, sobre a tolerância religiosa e o respeito à escolha autônoma de cada cidadão.
Superar a indiferença em relação a Deus é um caminho e vivência que não se reduzem a qualquer coisa. O ponto de partida é a certeza de que, como afirma o Papa Francisco, na mensagem para o Dia Mundial da Paz para este ano, Deus não é indiferente, importa-lhe a humanidade. Deus não a abandona.  Essa é uma convicção religiosa fundamental que, quando assumida, direciona o coração humano e o qualifica. Trata-se de compreensão que impulsiona a pessoa a recuperar a capacidade de superar o mal. A verdadeira experiência de Deus não congrega indivíduos para o atendimento de interesses de bancadas e agremiações. 
Quando se vence a indiferença em relação a Deus é reconhecida a importância do outro, cultiva-se o gosto pela escuta e a capacidade para agir solidariamente. Interesses individualistas são superados, assim como a apatia e a indiferença.  Importa, assim, investir no exercício de priorizar a dignidade e as relações interpessoais, pela proximidade e escuta, sem preconceitos e discriminações, de qualquer matiz, no esforço de se colocar como ouvinte. 
Cada pessoa precisa avaliar as próprias atitudes e posturas. Tarefa que inclui, por exemplo, perguntar-se sobre o impacto causado ao próprio coração pelas notícias que mostram catástrofes, violências, injustiças, descasos. É preciso avaliar se essas informações não estão provocando entorpecimento e, assim, prejudicando a consciência solidária, indispensável para se vencer a indiferença. O desinteresse contribui para a falta de paz com Deus, com o próximo e com a criação. O momento é de investir muito para vencer a indiferença.
Fonte: CNBB

Carta de Agradecimento da Área Pastoral São José - Retiro dos Jovens-Janeiro de 2016

Caríssimo povo de Deus,
      É com sentimento de bastante gratidão que vos agradecemos pelas contribuições que fizestes para o nosso encontro. Sabemos que a nossa juventude precisa muito do nosso apoio e atenção. Vendo a necessidade da juventude experimentar o amor de Deus, guiados pelo Espírito Santo, com o apoio dos padres e dos movimentos da Área Pastoral, planejamos um momento especial voltado para os jovens. Mas para que isso acontecesse, precisávamos de muitos operários, porque a messe era grande. Mas confiantes em Deus, que sempre é Fiel ao seu povo, que não nos deixa desabrigados diante dos desafios, resolvemos enfrentar tamanha missão.

             E sendo fiel ao chamado de Deus, vocês disseram o sim de vocês aos jovens, a Igreja e principalmente, a Deus. Não temos palavras para agradecer tamanha generosidade, tamanha doação de cada ajuda que recebemos. Isso reflete o quanto que vocês são fieis ao clamor de Deus.
           Ajudaram das mais variadas formas: com doações de alimentos, em dinheiro, com ideias, com a decoração, na realização de palestras, na limpeza, na cozinha, adorando o Santíssimo, com o espaço, carregando peso... Enfim, o trabalho era longo e árduo, mas contamos com a ajuda de muitos operários.
       Quando trabalhamos em união, nada falta, pelo contrário, os cestos de pães que Jesus multiplicou para uma multidão, como narra as sagradas escrituras, no nosso encontro também se multiplicaram. Era muita fartura, nada faltou, porque vocês partilharam com o coração, porque a graça de Deus estava presente em cada um de vocês, porque vocês se doaram ao chamado de Deus.
           Não temos como dizer o nome de cada pessoa, porque com certeza faltaria gente, mas Deus sabe as obras que cada um realizou e o quão grato Ele está por isso. Com a imensa ajuda de vocês conseguimos semear sementes da Palavra de Deus no coração daqueles jovens.
             Muitos são os testemunhos das graças que Deus realizou na vida deles naquele encontro e que continua a realizar. Estamos muito gratos pelo sim de vocês a Deus! De todo o coração o nosso muito obrigado e que Deus abençoe e proteja cada um de vocês.
               Atenciosamente,
                            Área Pastoral São José     

Área Pastoral São José -CRONOGRAMA da Assembleia de Planejamento Pastoral - 2016




CRONOGRAMA da Assembleia de Planejamento Pastoral -   
2016


• 09:30 - Boas Vindas/Acolhida (São José)
 

• 10:00 - Oração (São José)
  

• 10:30 – Palavra do Pastor (Padre Francisco)
 

• 10:45 – Apresentação CFE 2016 (Pe. Luciano)
 

• 11:30 – Dinâmicas (Heitor)
 

• 12:00 – Almoço
 

• 13:00 – Leitura do Planejamento Pastoral (Cecilia e Ivete)
 

• 14:00 – Encaminhamentos.....
 

• 15:00 –Encerramento e envio/benção final.


                                                 ESPERAMOS TODOS VOCÊS!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Registrando Momentos- Retiro dos Jovens da Área Pastoral São José- Quanto a ti : Vem e Segue-ME

   




    
 




 






 




      Domingo, encerrando o final de semana e terminando o  Retiro com a Santa Missa presidida pelo Padre Francisco Martins . A missão continua, então, VEM E SEGUE-ME. Deus abençoe a todos. Foi um fim de semana mais que abençoado, Obrigada Senhor!

Tarefa fascinante

Dia é o espaço de tempo que vai, em determinados lugares da Terra, entre o instante do nascer do Sol e o seu ocaso, com claridade de luz e sol. É a esperança de cada dia que começa a despontar, circunstância durante a qual o Sol ilumina o horizonte,  para o nosso contexto dentro do planeta, com duração de vinte e quatro horas, regulada pela rotação da Terra sobre si mesma.
O dia é sinônimo de claridade, de sol. Para nós cristãos, aos olhos da fé, “sol” é uma palavra que vai muito além da definição acima, transcende, e torna-se indizível no mistério insondável de Deus, no que assevera o Livro Sagrado:  “Nunca mais o Sol a iluminará de dia, nem a Lua de noite, pois eu, o Senhor, serei para sempre a sua luz, e a minha glória brilhará sobre você” (cf. Is 60, 19).
Como é maravilhoso recordar o apóstolo Paulo, missionário por excelência; não conviveu pessoalmente com o seu Mestre e Senhor. No início, de perseguidor ferrenho da Igreja e dos cristãos, abraçou a fé na viagem para Damasco, que se deu no ápice da luz do Sol, transformando-o por completo: “Ora, aconteceu que, na viagem, estando já perto de Damasco, pelo meio-dia, de repente, uma grande luz que vinha do céu brilhou ao redor de mim. Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Eu perguntei: ‘Quem és tu, Senhor?’. Ele me respondeu: ‘Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu estás perseguindo’” (cf. At 22, 6-8).
Jesus é o Sol da justiça, da verdade e da solidariedade a nos desafiar, nas palavras do Papa Francisco (24.01.2016), em sua costumeira alocução precedida do Ângelus, ao dizer que comunidades católicas devem se juntar aos empobrecidos marginalizados, deixando claro:  “Trata-se de oferecer a força do Evangelho de Deus, que converte os corações, cura as feridas, transforma as relações humanas e sociais segundo a lógica do amor; ser cristão com o ser ‘missionário’ implica em ‘anunciar o Evangelho com a palavra e, antes ainda, com a vida’”.
Dom Helder Câmara, força mística e poética da figura humana, nos assegura que o Sol da Justiça é dom e graça de Deus: “Há pessoas que, independente de idade, pelo que são, pelo que dizem e pelo que fazem, são sempre meio-dia”. Nesse sentido, recordando o Apóstolo dos Gentios, seja no anúncio do Evangelho e carismas, seja na missão e viagens, o Artesão da Paz, com enorme disposição e sabedoria interior, se esforçou para imitá-lo.
Guardemos as palavras do Mestre e Doutor das Nações, que intrepidamente soube anunciar a Boa-Nova do Senhor Jesus, consciente de que era para ele uma exigência, por isso mesmo sua disposição para tudo, até a própria vida por causa do Evangelho: “Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima. Combati o bom combate, terminei minha corrida e guardei a fé” (2 Tm 4, 6). Amém!
Padre Geovane Saraiva*
Pároco de Santo Afonso e vice-presidente da Previdência  Sacerdotal, integra a  Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – geovanesaraiva@gmail.com

O DOUTOR ANGÉLICO

No dia 28 de janeiro a Igreja Católica celebra cada ano a festa de Santo Tomás de Aquino, um de seus filhos mais famosos e admirados. Tomás de Aquino nasceu no castelo de Rocaseca, Aquino, Nápolis no ano de 1225, filho do conde Landulf de Aquino e da condessa Teodora de Theate. Fez seus estudos básicos na abadia beneditina de Monte Cassino. Completou seus estudos superiores na Universidade de Nápolis. Aos 18 anos, contrariando a vontade dos familiares, ingressou na Ordem dos Pregadores de São Domingos (Dominicanos). De 1245 a 1248 estudou em Paris sob o magistério de Santo Alberto Magno. De 1253 até 1259 foi professor na Sorbonne. Volta à Itália para desempenhar o cargo de mestre em teologia na corte pontifícia de Agnani, Orvieto.
brendan_
“Ele era antes de tudo intelectual. Conhecido como “doctor angelicus”. Imerso nos estudos, seguidamente perdia a noção do tempo”. Sem dúvida, “seus escritos constituem um dos maiores monumentos de filosofia e teologia católica”. Seus pensamentos continuam exercendo grande influência nos estudos das universidades católicas e dos seminários católicos até hoje. Entre seus muitos escritos encontramos: A Suma contra os gentios (1259-1264), A famosa e conhecida Suma Teológica (1266), Os Comentários à Sagrada Escritura, Comentários ao Mestre das sentenças, De Trinitate, De Veritatem, Quaestiones disputate, Comentários ao Credo, ao Pai Nosso, e à Ave-Maria, além dos sermões sobre os mistérios e as festividades do Senhor. Segundo Dante “Tomás foi homem muito cortês, de bom trato para conversar e suave no falar”.
Em 1264, o Papa Urbano lV solicitou ao Tomás de Aquino que compusesse os cânticos e orações para a festa de “Corpus Christi”. O resultado foi algumas das mais famosas e emocionantes composições da música sacra. Entre as quais podemos citar: “O Sacrum Convivium”, “Lauda Sion”, “Adoro Te Devote”, “Pange Lingua”, “Sacris Sollemnis”, e “Verbum Supernum” etc. Esses cânticos foram usados nos cultos católicos até 1965 quando o Concílio Vaticano ll aprovou o uso das línguas vernáculas e a Igreja parou de usar cânticos em latim.
Faleceu no dia 7 de março de 1274, no mosteiro cisterciense de Fossanova, quando regressava do Concílio de Lião, convocado pelo Papa Gregório X. Foi canonizado em 1323 pelo Papa João XXll. O Papa Pio V declarou-o Doutor da Igreja em 1567. No ano 1880 foi declarado patrono de todas as escolas católicas.  No dia 28 de janeiro de 2015 a Igreja recorda sua memória, seu exemplo de vida, suas grandes obras teológicas e filosóficas. O lema de Santo Tomás era “contemplar e transmitir aos outros o fruto da contemplação”.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald
Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1

No Ano da Misericórdia, a construção da Paz.

“VENCE A INDIFERENÇA E CONQUISTA A PAZ.” Com este lema o Santo Padre Francisco iniciou sua mensagem para o Dia Mundial da Paz que é celebrado no dia 1º. de janeiro de cada ano. O mesmo Papa tem chamado a atenção dos fiéis da Igreja Católica e de todas as pessoas de todo o mundo para esta realidade: “Não há dúvida de que o comportamento do indivíduo indiferente, de quem fecha o coração desinteressando-se dos outros, de quem fecha os olhos para não ver o que sucede ao seu redor ou se esquiva para não ser abalroado pelos problemas alheios, caracteriza uma tipologia humana bastante difundida e presente em cada época da história; mas, hoje em dia, superou decididamente o âmbito individual para assumir uma dimensão global, gerando o fenômeno da «globalização da indiferença».”
dom-josé
E diante da indiferença generalizada e cultural que perpassa a humanidade de hoje, chama à confiança do Evangelho e a conservar as razões da esperança, pois embora “o ano passado (2015) tenha sido caracterizado, do princípio ao fim, por guerras e atos terroristas, com as suas trágicas consequências de sequestros de pessoas, perseguições por motivos étnicos ou religiosos, prevaricações, multiplicando-se cruelmente em muitas regiões do mundo, a ponto de assumir os contornos daquela que se poderia chamar uma “terceira guerra mundial por pedaços”, todavia alguns acontecimentos dos últimos anos e também do ano passado incitam-me, com o novo ano em vista, a renovar a exortação a não perder a esperança na capacidade que o homem tem, com a graça de Deus, de superar o mal, não se rendendo à resignação nem à indiferença. Tais acontecimentos representam a capacidade de a humanidade agir solidariamente, perante as situações críticas, superando os interesses individualistas, a apatia e a indiferença.” Há muitos sinais de solidariedade em nosso mundo, mais do que se propaga pelos meios de comunicação social, pois parece que o mal faz mais barulho que o bem.
“Variadas são as razões para crer na capacidade que a humanidade tem de agir, conjunta e solidariamente, reconhecendo a própria interligação e interdependência e tendo a peito os membros mais frágeis e a salvaguarda do bem comum. Esta atitude de solidária corresponsabilidade está na raiz da vocação fundamental à fraternidade e à vida comum. A dignidade e as relações interpessoais constituem-nos como seres humanos, queridos por Deus à sua imagem e semelhança. Como criaturas dotadas de inalienável dignidade, existimos relacionando-nos com os nossos irmãos e irmãs, pelos quais somos responsáveis e com os quais agimos solidariamente. Fora desta relação, passaríamos a ser menos humanos. É por isso mesmo que a indiferença constitui uma ameaça para a família humana. No limiar dum novo ano, quero convidar a todos para que reconheçam este fato a fim de se vencer a indiferença e conquistar a paz.”
Foi nesta perspectiva que foi instituído o já iniciado Jubileu da Misericórdia, com o qual quis o Papa “convidar a Igreja a rezar e trabalhar para que cada cristão possa maturar um coração humilde e compassivo, capaz de anunciar e testemunhar a misericórdia, de «perdoar e dar», de abrir-se «àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática», sem cair «na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói».”

Pois, em “seu Filho Jesus, Deus desceu ao meio dos homens, encarnou e mostrou-Se solidário com a humanidade em tudo, exceto no pecado. Jesus identificava-Se com a humanidade: «o primogênito de muitos irmãos» (Rm 8, 29). Não se contentava em ensinar às multidões, mas preocupava-Se com elas, especialmente quando as via famintas (cf. Mc 6, 34-44) ou sem trabalho (cf. Mt 20, 3). O seu olhar não Se fixava apenas nos seres humanos, mas também nos peixes do mar, nas aves do céu, na erva e nas árvores, pequenas e grandes; abraçava a criação inteira. Ele vê sem dúvida, mas não Se limita a isso, pois toca as pessoas, fala com elas, age em seu favor e faz bem a quem precisa. Mais ainda, deixa-Se comover e chora (cf. Jo 11, 33-44). E age para acabar com o sofrimento, a tristeza, a miséria e a morte. Jesus ensina-nos a ser misericordiosos como o Pai (cf. Lc 6, 36).”
Como Ele o faz, ensina a seus discípulos “a parar junto dos sofrimentos deste mundo para aliviá-los, junto das feridas dos outros para tratá-las com os recursos de que disponham, a começar pelo próprio tempo apesar das muitas ocupações. Na realidade, muitas vezes a indiferença procura pretextos: na observância dos preceitos rituais, na quantidade de coisas que é preciso fazer, nos antagonismos que nos mantêm longe uns dos outros, nos preconceitos de todo o género que impedem de nos fazermos próximo.” “A misericórdia é o coração de Deus. Por isso deve ser também o coração de todos aqueles que se reconhecem membros da única grande família dos seus filhos; um coração que bate forte onde quer que esteja em jogo a dignidade humana, reflexo do rosto de Deus nas suas criaturas. Jesus adverte-nos: o amor aos outros – estrangeiros, doentes, encarcerados, pessoas sem-abrigo, até inimigos – é a unidade de medida de Deus para julgar as nossas ações. Disso depende o nosso destino eterno.”
E aos discípulos sempre será lembrado, como o faz São João, o Evangelista, que escreve: “Se alguém possuir bens deste mundo e, vendo o seu irmão com necessidade, lhe fechar o seu coração, como é que o amor de Deus pode permanecer nele?” (1Jo 3, 17; cf. Tg 2, 15-16).
E o Papa Francisco: “É por isso que «é determinante para a Igreja e para a credibilidade do seu anúncio que viva e testemunhe, ela mesma, a misericórdia. A sua linguagem e os seus gestos, para penetrarem no coração das pessoas e desafiá-las a encontrar novamente a estrada para regressar ao Pai, devem irradiar misericórdia. A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E, deste amor que vai até ao perdão e ao dom de si mesmo, a Igreja faz-se serva e mediadora junto dos homens. Por isso, onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai. Nas nossas paróquias, nas comunidades, nas associações e nos movimentos – em suma, onde houver cristãos –, qualquer pessoa deve poder encontrar um oásis de misericórdia».”
“Deste modo, também nós somos chamados a fazer do amor, da compaixão, da misericórdia e da solidariedade um verdadeiro programa de vida, um estilo de comportamento nas relações de uns com os outros. Isto requer a conversão do coração, isto é, que a graça de Deus transforme o nosso coração de pedra num coração de carne (cf. Ez 36, 26), capaz de se abrir aos outros com autêntica solidariedade. Com efeito, esta é muito mais do que um «sentimento de compaixão vaga ou de enternecimento superficial pelos males sofridos por tantas pessoas, próximas ou distantes». A solidariedade «é a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum, ou seja, pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos», porque a compaixão brota da fraternidade.” (Mensagem do Santo Padre Francisco para a celebração do XLIX Dia Mundial da Paz – 1º de Janeiro de 2016).
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza