Ontem, como hoje, vemos muita gente
sempre esperando que o Senhor repita milagres e mais milagres na sua
vida, para que possam manter acesa a sua fé. Hoje, sabemos tudo sobre o
plano de salvação que Ele trouxe como Sua missão: salvar um povo de
“cabeça dura”.
“Cabeça dura”, muitas vezes, não por
conta própria, mas porque eles estavam aflitos e abandonados, como
ovelhas sem pastor. Assim, Jesus vem reinstalar – com Sua vida, com Sua
Paixão, Morte e, principalmente, com a Sua Ressurreição – o Reino do
Pai, novamente baseado no amor e suas consequências, ou seja, no perdão,
na doação, na honra, na verdade, na felicidade e na responsabilidade
assumida por cada filho Seu, gerado aqui na Terra. Mas, nem tudo foi um
“mar de rosas” para Ele, pois os fariseus diziam: “É pelo poder do príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
Nos dias atuais, Jesus continua Sua
missão conforme Sua promessa em nosso meio. Sempre nos guiando e nos
guardando para que sejamos felizes e, pedindo-nos, como naqueles dias,
que fortaleçamos o Reino do Pai aqui na Terra: “A messe é grande, mas, os trabalhadores são poucos. Rogai ao Senhor da messe, que mande mais operários para a sua messe”.
Só que o povo, tão evoluído com as coisas
materiais, esqueceu-se de vigiar, cada um, a sua vida, o dom recebido
do Pai amoroso, para que ela não se perca; para que ela [vida] seja
sempre mais uma realização da bondade do Criador, vivendo-a como um meio
para ajudar na sua salvação e na salvação dos outros irmãos.
Muitos são os que precisam mudar de vida
para reencontrar-se com o Pai, transmitindo aos que o cercam só o amor, o
bem e a fraternidade, orando e agindo em nome de Deus no trabalho da
messe. Não esperemos como muitos que vivem ao bel prazer, uma vida
egoísta, ignorando a dor e o sofrimento de tantos à nossa volta durante a
nossa caminhada. Achando que a fortuna e tudo o que é material que
acumulamos nos bastam. De repente, fica-se doente; de repente um mal
incurável, que pode atingir a qualquer um, com ou sem dinheiro.
Nós acolhemos o chamado de Cristo quando
fazemos tudo por amor. A vivência desse amor anima as pessoas
enfraquecidas, cansadas e sem perspectiva. O amor vence o ódio e expulsa
dos corações a intriga, a divisão, a incompreensão. Se fizermos como
Jesus fez, estaremos sendo trabalhadores da Sua messe. Quanto mais nós
nos apresentarmos à vinha do Senhor, mais “surdos e mudos” serão
curados.
Você já se sente liberto (a) do demônio
que paralisa os lábios do homem? Você conhece quando as pessoas à sua
volta estão desanimadas e sem esperança? O que você diz a elas? Você tem
ajudado a alguém pelo menos escutando e acolhendo? Você se considera
trabalhador na messe de Cristo? Em que você tem empregado o seu tempo
livre? Senão, o tempo é este e a hora é agora. Respondendo ao chamado de
Jesus, levante-se e vá anunciar a cura, a libertação, a paz e o amor de
Deus no coração dos seus irmãos que, como ovelhas sem pastor, caminham
para a perdição.
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova
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