segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Igrejas de países lusófonos discutem e partilham desafios pastorais

Por Assessoria de Imprensa   
10 / Set / 2012 10:36
O 10º Encontro das Conferências Episcopais das Igrejas Lusófonas termina nesta segunda-feira, 10, em Timor Leste. Participaram da reunião representes do Brasil representando a CNBB (arcebispo de Palmas-TO, dom Pedro Brito); Angola; Cabo Verde; Guiné Bissau; Moçambique; Portugal;
São Tomé e Príncipe e Timor Leste. De acordo com dom Pedro, durante a reunião as Igrejas discutiram e partilharam os desafios pastorais de cada país e estudaram formas de cooperação eclesial que possam enriquecer e qualificar a sua missão.
Alguns pontos foram valorizados durante a reunião, como a reflexão sobre a importância do encontro como forma de testemunho que representam para cada Igreja. “Apesar de todas as vicissitudes do processo de descolonização pelo qual passaram alguns dos seus países, sempre souberam manter vivo um excelente e contagiante espírito de diálogo e cooperação entre si”, comentou dom Pedro.
O arcebispo de Palmas, no entanto, destacou que as Igrejas reunidas reconheceram que se poderia ter ido além em algumas iniciativas de interajuda, sobretudo no nível da permuta de partilha de experiências e intercâmbio de sacerdotes e/ou leigos, no campo da formação nos seminários e no domínio do apoio a uma comunicação social a serviço da evangelização através da expansão das rádios.
Durante a primeira parte do encontro, cada Conferência descreveu, sumariamente, a situação sócio-religiosa e política do seu país. Partilharam os acontecimentos e interpelações que cada um considerou merecida, fraterna e aberta a contributos de Igrejas com experiências comuns na sua ação pastoral. “Mereceram um especial destaque, por parte de todos, a situação política de Guine-Bissau, as eleições em Angola e a boa colaboração entre O Estado e a Igreja em Timor Leste, após os recentes atos eleitorais”, informou o representante da CNBB.
O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão, fez uma reflexão sobre o desafio das seitas face à nova evangelização. De com dom Pedro, foi um tema que ocupou bastante tempo durante o encontro. Ele falou sobre origens, riscos para o trabalho pastoral, mas também oportunidades para a nossa evangelização num mundo em profundas e aceleradas mudanças. Dom Pedro relatou o que foi destacado sobre esse tema. “Os participantes, em face de testemunhos concretos sobre as características de algumas das seitas, concederam redobrada atenção a explicações pormenorizadas por parte das Igrejas onde este fenômeno mais se faz sentir. Pelas informações prestadas, ficou a sensação de que há mesmo uma agenda das designadas ‘ideologias fraturantes’ que têm uma significativa incidência, designada e nomeadamente, em campanhas contra a natalidade e valores como a vida, a liberdade religiosa e o respeito por elementares direitos humanos, campanhas que, em alguns casos, de forma omissa, e, noutros, mais explicitamente, contam com a conivência de alguns Estados”.
As Igrejas chegaram à conclusão de que não se deve amedrontar com as seitas nem desistir da ação evangelizadora centrada no primeiro anúncio do Evangelho, através da catequese e de um catecumenato que deem consistência à fé dos crentes de modo a poderem testemunhá-la através das comundiades organizadas ao estilo das primeiras comunidades cristãs retratadas nos Atos dos Apóstolos. O representante do Brasil detalha os pontos chaves frisados sobre esse trabalho. “Foi especialmente valorizado o papel do acolhimento e do acompanhamento pessoal e comunitário das nossas comunidades cristãs, assentando nelas o testemunho e o apelo a que, pelas nossas obras, possamos entusiasmar outros pela sua adesão à família do povo de Deus”.
O encontro foi encerrado com uma missa, na Sé de Dili, presidida pelo bispo de Porto, Portugal, dom Manuel Clemente e concelebrada por todos os bispos participantes e sacerdotes presentes. Fiéis, religiosos e religiosas, além de autoridades de Timor Leste lotaram a sé. Como nos encontros anteriores, este também teve a participação da comunidade local, sobretudo nas missas.Fonte: POM

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