São João Evangelista ou
apóstolo João foi um dos doze apóstolos de Jesus e, além do Evangelho,
também escreveu três epístolas e o Livro do Apocalipse.
João seria o mais novo dos doze
discípulos; tinha, provavelmente, cerca de vinte e quatro anos de
existência à altura do seu chamado por Jesus. Consta que seria solteiro e
vivia com os seus pais em Betsaida. Era pescador de profissão –
consertava as redes de pesca. Trabalhava junto com seu irmão Tiago e em
provável sociedade com André e Pedro.
As heranças deixadas nos escritos de João
demonstram uma personalidade extraordinária. De acordo com as
descrições, ele seria imaginativo nas suas comparações, pensativo e
introspectivo em suas dissertações e pouco falador como discípulo. É
notório o seu amadurecimento na fé pela evolução da sua escrita.
Segundo os registros do Novo Testamento,
João foi o apóstolo que seguiu com Jesus na noite em que Ele foi preso. O
apóstolo foi corajoso a ponto de acompanhar o seu Mestre até a morte na
cruz.
Em seu Evangelho, encontramos seis cenas
em que aparece um discípulo anônimo. Algumas vezes, ele é caracterizado
como “o discípulo amado” ou como “o discípulo a quem Jesus amava”.
Assim acontece no encontro com Jesus, junto a João Batista na última
ceia, na condução de Jesus preso no pátio do sumo sacerdote, junto à
cruz com Maria, nessa narrativa de hoje, do encontro do túmulo vazio e
na pesca milagrosa com o ressuscitado no mar da Galileia.
A tradição o identificou com João, irmão
de Tiago, cujo nome não aparece neste Evangelho, pois seria ele o seu
próprio autor. No encontro do túmulo vazio, enquanto Maria Madalena e
Pedro ficam perplexos, este discípulo destaca-se por crer na presença
viva de Jesus sem vê-Lo. Sem necessidade de aparições do Ressuscitado, o
apóstolo tem uma fé penetrante que reconhece a eternidade de Jesus em
sua humanidade, a partir da experiência que teve de seu convívio e de
seu testemunho de amor.
A História conta que João esteve presente
e ao alcance de Jesus até a última hora. A ele foi entregue a missão de
tomar conta de Maria, a mãe de Cristo. Jesus, como Filho único de
Maria, tinha a responsabilidade de cuidar de Sua mãe após a morte de Seu
pai José (quanto aos supostos “irmãos” de Jesus designados nos
Evangelhos, os linguistas e historiadores sérios atestam que, em
aramaico, antigo idioma utilizado por Jesus, as palavras que designavam
“irmãos” eram utilizadas indistintamente para primos e outros parentes).
Jesus poderia, é claro, ter passado esta
incumbência para algum de seus supostos irmãos – se Ele realmente os
tivesse -, mas a entregou aos cuidados de Seu melhor amigo: João (sendo
tal argumento mais uma prova consistente de que Jesus não teve irmãos
carnais).
Depois da morte e martírio de Tiago, João
teria partido para a Ásia Menor, onde dirigiu a importante e influente
comunidade cristã de Éfeso, fundada por Paulo anos antes. João esteve
várias vezes na prisão, foi torturado e exilado na Ilha de Patmos, onde
teria escrito o Apocalipse por um período de cerca de quatro anos, até
que o cruel imperador Domiciano foi assassinado e o manso imperador
Nerva chegasse ao poder em Roma.
De todos os doze apóstolos, João Zebedeu
finalmente tornou-se o mais destacado teólogo. Ele morreu de morte
natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos.
Que ele nos ajude a proclamar, cada dia, que o sepulcro de Cristo continua vazio. Porque “Ele não está aqui, ressuscitou como havia dito”. Louvor e Glória ao Senhor!
Padre Bantu Mendonça - Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário