Mais
de 1 milhão de pessoas se reuniram em Paris (França) na denominada
"Marcha para Todos" em defesa do autêntico matrimônio e em contra do
projeto de lei promovido pelo presidente François Hollande para
legalizar as uniões homossexuais e a adoção de crianças por parte destes
casais.
Os
organizadores calculam que na marcha participaram entre 1,3 e 1,5
milhões de pessoas, embora diversos meios tenham divulgado que o número
de participantes que lotaram as ruas parisinas esteve entre os 340 e 800
mil.
Na
manifestação participaram milhares de casais acompanhados de seus
filhos, vestidos com cores rosado, branco e azul, e levavam cartazes e
balões impressos com a figura de uma família conformada por pai e mãe.
Nos
cartazes havia frases como: "Os pais e as mães às ruas descendem e o
matrimônio defendem", "Pai e Mãe: Não há nada melhor para uma criança",
"Todos nascemos de um homem e de uma mulher", "Nem progenitor A, nem
progenitor B: Papai e Mamãe!".
Estima-se
que 200 mil pessoas chegaram à capital francesa em trem e ônibus desde
diversas cidades para participar da marcha. A primeira hora da manhã da
segunda-feira muitas deles já haviam retornado a seus lugares de origem.
Um total
de 34 grupos, entre associações de família, católicas, protestantes,
muçulmanas, jurídicas, infantis, e inclusive algumas organizações de
homossexuais convocaram pessoas à marcha que superou todas as
expectativas.
Sobre a
manifestação, Cathering Vierling, membro do comitê organizador,
assinalou ao grupo ACI: "Foi como um tsunami. Sentia-se algo poderoso,
uma forte determinação de todos. O sentimento era de alegria e de
júbilo, combinada com uma sensação de grande força".
"Pude ver
muitos jovens e muita gente tomando os trens à meia-noite, algo que as
famílias consideraram muito necessário para poder participar desta
marcha que uniu a França", disse Vierling,
Uma
representante do partidoa Democrata Cristão, Christine Boutin, em uma
entrevista à emissora francesa BFM TV News advertiu que "se o governo,
em concreto o Presidente não reage, haverá tensões muito importantes
neste país".
Boutin
disse que "as (34) associações foram capazes de reunir muita gente, há
mais de 1 milhão de pessoas, isto nunca foi visto em 50 anos”.
“Produziu-se uma mobilização tão importante” que "se o governo não
escutar, haverá novos eventos, haverá uma cristalização de todas as
insatisfações".
A "Marcha
para todos" não só ocorreu em Paris mas também realizou-se em
diferentes cidades do mundo como Tóquio, Moscou, Jerusalém, Varsóvia,
Roma, Barcelona, Londres, Madri e Quebec.
Alguns
socialistas também estiveram na grande manifestação, protestando contra
seu próprio governo: "por favor retorne Jospin, todos ficaram loucos",
faziam coro alguns recordando o ex-primeiro ministro francês.
Também
foi possível ver alguns grupos que levavam o código civil francês e que
elevavam em protesto, como símbolo de respeito seus direitos
fundamentais assinalados pela legislação nacional.
A
previsão é de que o debate desta polêmica lei, alentada pelo presidente
Hollande e que foi uma de suas promessas da campanha eleitoral,
realize-se na próxima terça-feira 29 de janeiro.
Um grupo
de jovens mulheres se vestiu como revolucionárias francesas enquanto
mostravam letreiros onde era possível ler a frase "não toque meu código
civil", em alusão ao projeto socialista impulsionado por Hollande.
Fonte: acidigital
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