quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Saborear a cura interior




O egoísmo é um poderoso agente criador de doenças, pois é coercitivo e opressor. O egoísmo impõe um estilo de vida que acaba voltando-se contra a pessoa que o experimenta e alimenta. Vivemos num mundo decaído e estragado pelas consequências do pecado. Somos seres situados. Não vivemos isolados nessa terra, como se uma redoma de vidro nos protegesse e não permitisse que os problemas e os desafios do mundo nos atinjam. É injusto querer saborear as luzes desse mundo em mudança, sem querer ajudar a eliminas as sombras que a ausência dessa luz nos faz experienciar.
Ao lado de um mundo que produziu aparelhos espetaculares, para ajudar nos diagnósticos das enfermidades e remédios fabulosos que ajudam a combater essas enfermidades, esse mundo se tornou, também, especialista em criar doenças e enfermidades.
Nunca o mundo foi tão doente. Nunca tanta gente morreu de tantas doenças diferentes e sofisticadas, como o homem do início desse terceiro milênio. Um mundo doente, construído sobre pilares feridos e machucados, acaba gerando um ser humano igualmente ferido e machucado. Temos um bom exemplo disso no grande número de enfermidades mentais e psicológicas, surgidas nos últimos tempos.
Não poderia ser diferente. Um ser humano educado para o individualismo egoísta, acaba se transformando num agente criador e distribuidor de doenças. Num mundo de incertezas, como teremos pessoas firmes?
E esse homem moderno não poderia mesmo estar firme, pois traz um mundo imenso de problemas e desafios sobre sua cabeça e não encontra apoio em ninguém, já que todos estão envolvidos e alimentados pelo mesmo egoísmo opressor e solitário.
O egoísmo é um poderoso agente criador de doenças, pois é coercitivo e opressor. O egoísmo impõe um estilo de vida que acaba voltando-se contra a pessoa que o experimenta e alimenta.
A modernidade levou o ser humano para a cidade. Cidade não é lugar para se viver. Cidade é lugar para sobreviver, e assim mesmo, muito mal. Na cidade vive-se disputando o espaço. A natureza é destruída e depois as enchentes invadem os barracos. Nessas horas, a quem recorrer? E nas horas do congestionamento do trânsito, onde o motorista do carro da frente, apesar de ter um rosário dependurado no retrovisor, e uma estampa de Nossa Senhora no vidro traseiro, é incapaz de dar passagem para alguém que necessita de uma brecha, quem sabe para salvar um filho doente?
Ao lado dessa agitação, existe a pressão por uma vida melhor, uma casa melhor, um bom emprego, um carro do ano, um salário digno, um bom seguro de vida, um seguro para o automóvel, um bom alarme no apartamento, grades nas janelas, várias trancas nas portas... E um coração mais trancado e isolado do que tudo isso.
Trecho do Livro: Saborear a Vida, Pe. Léo

Fonte: bethania

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