O
egoísmo é um poderoso agente criador de doenças, pois é coercitivo e
opressor. O egoísmo impõe um estilo de vida que acaba voltando-se contra
a pessoa que o experimenta e alimenta. Vivemos num mundo decaído e
estragado pelas consequências do pecado. Somos seres situados. Não
vivemos isolados nessa terra, como se uma redoma de vidro nos protegesse
e não permitisse que os problemas e os desafios do mundo nos atinjam. É
injusto querer saborear as luzes desse mundo em mudança, sem querer
ajudar a eliminas as sombras que a ausência dessa luz nos faz
experienciar.
Ao lado de um mundo que
produziu aparelhos espetaculares, para ajudar nos diagnósticos das
enfermidades e remédios fabulosos que ajudam a combater essas
enfermidades, esse mundo se tornou, também, especialista em criar
doenças e enfermidades.
Nunca o mundo foi tão
doente. Nunca tanta gente morreu de tantas doenças diferentes e
sofisticadas, como o homem do início desse terceiro milênio. Um mundo
doente, construído sobre pilares feridos e machucados, acaba gerando um
ser humano igualmente ferido e machucado. Temos um bom exemplo disso no
grande número de enfermidades mentais e psicológicas, surgidas nos
últimos tempos.
Não poderia ser diferente.
Um ser humano educado para o individualismo egoísta, acaba se
transformando num agente criador e distribuidor de doenças. Num mundo de
incertezas, como teremos pessoas firmes?
E esse homem moderno não
poderia mesmo estar firme, pois traz um mundo imenso de problemas e
desafios sobre sua cabeça e não encontra apoio em ninguém, já que todos
estão envolvidos e alimentados pelo mesmo egoísmo opressor e solitário.
O egoísmo é um poderoso
agente criador de doenças, pois é coercitivo e opressor. O egoísmo impõe
um estilo de vida que acaba voltando-se contra a pessoa que o
experimenta e alimenta.
A modernidade levou o ser
humano para a cidade. Cidade não é lugar para se viver. Cidade é lugar
para sobreviver, e assim mesmo, muito mal. Na cidade vive-se disputando o
espaço. A natureza é destruída e depois as enchentes invadem os
barracos. Nessas horas, a quem recorrer? E nas horas do congestionamento
do trânsito, onde o motorista do carro da frente, apesar de ter um
rosário dependurado no retrovisor, e uma estampa de Nossa Senhora no
vidro traseiro, é incapaz de dar passagem para alguém que necessita de
uma brecha, quem sabe para salvar um filho doente?
Ao lado dessa agitação,
existe a pressão por uma vida melhor, uma casa melhor, um bom emprego,
um carro do ano, um salário digno, um bom seguro de vida, um seguro para
o automóvel, um bom alarme no apartamento, grades nas janelas, várias
trancas nas portas... E um coração mais trancado e isolado do que tudo
isso.
Trecho do Livro: Saborear a Vida, Pe. Léo
Fonte: bethania
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