No dia 22 de julho a Igreja Católica celebra a Festa de Santa Maria Madalena. Os Evangelhos, além da mãe de Jesus, falam explicitamente de três mulheres de nome Maria: Maria, mãe de Tiago e José (Mc 15,40): Maria, irmã de Lázaro e Marta; e Maria Madalena da qual foram expulsos sete demônios (Lc 10, 38). E finalmente se fala de mais uma mulher pecadora que ungiu os pés de Jesus (Lc 7, 44). A liturgia romana faz uma única comemoração destas três mulheres como se se tratasse de uma só, enquanto a liturgia oriental as festeja separadamente. Os dados históricos que possuímos sobre Santa Maria Madalena são os que nos oferece o Evangelho. (cf. O Santo do Dia, S. Conti, Vozes, 1990, p.315). O nome de Maria Madalena a descreve como sendo natural de Mágdala, uma cidade grande no tempo de Cristo localizada na costa ocidental do Mar da Galileia. Alguns exegetas identificam Maria Madalena com a pecadora pública, de que fala São Lucas (Lc 7.44). A identificação parece certa pelo fato de que a cena se deu muito perto de Mágdala. Ela acreditava que Jesus Cristo realmente era o Messias (Lucas 8, 2; Lucas 11, 26; Marcos 16,9)
Maria Magdalena foi uma das poucas pessoas que estava presente ao pé da cruz, ao lado da Virgem Maria e São João na crucificação e no funeral de Cristo. Duas mulheres, dois extremos: a Imaculada e uma pecadora pública! Ambas receberam a redenção de Cristo, mas em forma diversa: Maria por antecipação, por força da qual foi concebida imaculada; Madalena, representando a humanidade pecadora, precisou ser lavada pelo sangue do Redentor! (op.cit). Maria Madalena foi a feliz mulher que, por primeiro, viu o Cristo ressuscitado. Permaneceu na cidade durante todo o sábado, e no dia seguinte, de manhã muito cedo, ”quando ainda estava escuro”, foi ao sepulcro, achou o vazio. Andava quase desesperada, achando que alguém tivesse roubado o corpo do Mestre. “Vê a certo momento um jardineiro e, angustiada, lhe pergunta: Se foste tu que o levaste, dize-me onde o puseste”. Jesus a chama pelo nome: “Maria” , A este nome abrem-se lhe os olhos e exclama: “Rabboni”, isto é Mestre! Foi então levar a Boa-Nova da Ressurreição aos apóstolos.
Desde este momento os Livros da Sagrada Escritura silenciam sobre Madalena. A tradição diz que ficou ao lado de Nossa Senhora e São João Evangelista. Em Lucas 8,2 faz se menção, pela primeira vez, de “Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios”. Não há qualquer fundamento bíblico para considerá-la como a prostitua arrependida dos pecados que pediu perdão a Cristo; também não há nenhuma menção de que tenha sido prostituta. Os dados apresentados nos evangelhos sobre a identidade de Maria Madalena tiveram diferentes interpretações ao longo do tempo. Como foi dito, alguns acreditavam identificar nelas três mulheres diferentes. Porém, foi Gregório Vll que afirmou tratar-se de uma só mulher. A exegese contemporânea distingue três mulheres: primeira, Maria Madalena; segunda, a mulher anônima da qual havia expulsado sete demônios; a terceira, Maria, a irmã de Marta e de Lázaro. A Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa a veneram Maria Madalena como santa. Hoje, a popularidade da santa, e a devoção a ela, são prova evidente do que representa para os cristãos aquela que viu e tocou o Senhor.
Para terminar vamos citar a linda referência à Santa Maria Madalena encontrada no livro “Deus Conosco dia a dia”; Maria Madalena é uma mulher de uma vida muita bonita, pois, depois que descobriu Jesus, não o largou mais. Seguiu-o até a cruz e pode vê-lo ressuscitado, para sua grande alegria. Foi a primeira pessoa a reconhecer Jesus ressuscitado. É a primeira testemunha da Ressurreição. O jeito de Maria Madalena servir e amar a Cristo nos ensina o jeito de servir e amar aos irmãos. Ela esperou em Cristo e alcançou a vida (cf. op. cit. julho, 2015, p.89).
Pe. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista.
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