Por Assessoria de Imprensa
18 / Set / 2012 10:31
Levem-na
ao mundo como sinal do amor do Senhor Jesus para a humanidade e
anunciem a todos que somente em Cristo morto e ressuscitado há salvação e
redenção”.
Com
essas palavras o Papa João Paulo II deu aos jovens de toda a Terra a
missão de fazer chegar a todos os povos o Evangelho, despertando-os para
o chamado à conversão, para a realidade do amor de Jesus. Como sinais
desse anúncio, os jovens levam consigo uma cruz de madeira de 3,8 metros
e uma imagem de Nossa Senhora Protetora do Povo Romano, pintada em
estilo bizantino. Esses dois objetos foram a pbençoados pelo Papa João
Paulo II – em 1984 e 2003, respectivamente – e doados aos jovens para
serem levados mundo afora. Com o tempo, eles se tornaram os Símbolos da
Jornada Mundial da Juventude (JMJ), sempre peregrinando pelos países que
a sediam.
No
Brasil, essa missão começou a ser cumprida no dia 18 de setembro de
2011, quando a Cruz – que passou a ser conhecida como Cruz dos Jovens – e
a imagem de Maria – que passou a ser chamado de Ícone de Nossa Senhora –
foram acolhidos com uma grande festa em São Paulo. O calor intenso
naquele dia não impediu que quase 80 mil pessoas se aglomerassem no
Campo de Marte para receber os Símbolos da JMJ, que desembarcaram
primeiro em Brasília, vindos da Espanha.
A grande
festa em São Paulo foi chamada de “Bote Fé” – um nome que se
popularizou e passou a denominar simultaneamente os shows musicais
realizados nas capitais para celebrar a passagem da Cruz e do Ícone, e
também as etapas da peregrinação em cada diocese brasileira.
Na
Arquidiocese de São Paulo, os Símbolos da JMJ permaneceram uma semana.
Foram ao encontro dos jovens em diversos lugares: na catedral, em uma
favela, em um abrigo de moradores de rua, na Cracolândia.
Depois
da capital paulista, começou a longa peregrinação que está passando por
quase todas as dioceses brasileiras. Primeiro, foi percorrido o interior
do estado de São Paulo, com exceção do Vale do Paraíba. Em seguida, os
Símbolos foram acolhidos em Minas Gerais, onde percorreram várias
dioceses, incluindo as cidades históricas. Foi então a vez do Nordeste,
onde todas as dioceses foram visitadas, começando pela Bahia e
terminando no Maranhão. Em Recife, a celebração final reuniu cerca de
120 mil pessoas – numa noite de segunda-feira! – e em Fortaleza, foram
110 mil. Mas não só as capitais acolheram a Cruz e o Ícone: os jovens
das cidades do sertão também puderam demonstrar sua devoção.
Depois
de ir ao Nordeste, os Símbolos iniciara uma trajetória rumo ao sul, e
entraram no Tocantins. Ali peregrinaram por prelazias, foram recebidos
na jovem capital Palmas, e seguiram para Goiás, onde passaram por várias
cidades e fizeram a tradicional romaria até o Santuário do Divino Pai
Eterno, em Trindade. Em Brasília, um momento marcante: a Cruz e o Ícone
entraram no Palácio do Planalto, o centro do poder do país. No
Centro-Oeste, os Símbolos também foram ao Mato Grosso do Sul e ao Mato
Grosso, onde foram acolhidos por várias comunidades indígenas.
A partir
daí, recomeçou a trajetória rumo ao norte do Brasil: agora, para o
coração da Amazônia. A Cruz e o Ícone foram para Rondônia, Acre, Roraima
e Amazonas. Se antes, a peregrinação era quase sempre feita de
caminhão, agora passou a ser feita também nos barcos que navegam pelos
rios Amazonas, Negro, Solimões, Madeira, Mamoré...
Neste
momento em que a peregrinação completa um ano, a Cruz dos Jovens e o
Ícone de Nossa Senhora estão na Prelazia de Borba, no sul do Amazonas. É
a diocese de número 169 a acolhê-los. Faltam ainda cerca de uma centena
– no Pará, no Amapá, em toda a Região Sul, nos países do Cone Sul
(Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile), no Espírito Santo e ainda em
regiões de São Paulo e Minas Gerais, sem falar no ultimo estado a
receber os Símbolos: o Rio de Janeiro.
Nunca a
peregrinação da Cruz e do Ícone foi tão longa e complexa. Cada diocese é
responsável por buscar os Símbolos na diocese vizinha. Em geral, o
traslado é feito por caminhão e, no começo da programação diocesana,
ambos são montados e colocados em seus respectivos suportes. É preciso
tomar enorme cuidado com eles, pois, apesar de grandes, são frágeis. Em
São Luís e em Brasília, a Cruz e o Ícone passaram por rápidas
restaurações. Mas o carinho do povo com os dois Símbolos é evidente.
Ao longo
de todo o trajeto, a Cruz e o Ícone percorreram dezenas de milhares de
quilômetros no interior do Brasil, atraindo multidões tanto nas grandes
capitais como nos pequenos lugarejos. Foram visitadas igrejas,
catedrais, escolas, universidades, hospitais, centros de detenção
masculinos e femininos, centros de reabilitação de dependentes químicos,
favelas, lixões, ginásios esportivos, aldeias indígenas – sem falar nas
incontáveis procissões, caminhadas e carreatas que percorreram ruas,
rodovias e estradas de terra.
Em cada
lugar, um sem número de manifestações de fé, de amor, de devoção. Os
jovens fazem festa e barulho, cantam e dançam, os idosos e crianças
também não perdem a oportunidade. Todos se aglomeram e tentam tocar,
quem sabe até carregar a Cruz e o Ícone. Alguns conseguem um toque
rápido, mas suficiente para reavivar a fé. Outros conseguem ficar por
vários minutos em meditação.
Quantos
jovens não vararam a noite buscando os Símbolos na diocese vizinha, ou
em vigília com eles a madrugada toda? Quantos não tiveram a oportunidade
de montá-los e de carregá-los? Quantos milhares de voluntários não se
mobilizaram país afora preparando toda a complexa estrutura de
acolhimento – que inclui organizar o roteiro e a liturgia, divulgar e
mobilizar a população, negociar com autoridades, agendar com artistas,
garantir equipes de segurança e socorro médico, fazer a cobertura
jornalística, etc. Quanta atenção a peregrinação não trouxe para
refletir sobre a realidade juvenil tanto na Igreja quanto na sociedade
com suas dificuldades e encantos?
Quantos
corações não se converteram a Jesus em cada etapa dessa peregrinação?
Quantos não choraram e pediram graças a Maria? Quantos não as
alcançaram? Só Deus conhece essas respostas, mas podemos suspeitar que
os números são altos...
Fonte: Jovens Conectados
Confira as melhores fotos da peregrinação da Cruz e do Ícone
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