Quatro
testemunhos levaram os jovens a aplaudir de pé seis missionários que
contaram suas experiências realizadas no Brasil e no exterior. Eles
partiram de Mary Ferreira e Fábio Aparecido, da Nova Comunidade Aliança
de Misericórdia; de Cristiane Barbosa, que fez a experiência da Missão
Fidesco, ONG criada em 1981 pela Comunidade Emanuel que hoje conta com
80 voluntários de 30 países; do casal Tadeu e Luci, do Movimento Regnum
Christi; e do jovem Rafael que fez uma experiência no México com o povo
Maia.
Confira abaixo os testemunhos:
Tadeu e Luci
Nós tivemos uma experiência de três meses no México. Participamos do projeto “Evangelizadores de Tempo Completo”, desenvolvido em várias regiões do mundo. Nosso objetivo era trazer esse projeto para o Brasil, para a diocese de Itaguaí (RJ). Nesse período vivemos naquele país para conhecer o projeto e fazer missões permanentes. Nos surpreendeu muito a religiosidade do povo mexicano. Às 5h da manhã todos levantavam para ter um dia intenso de missões com as famílias. Participamos de uma reforma de um templo lá. Tivemos a experiência de conhecer famílias que retornaram para a Igreja depois de muito tempo distante. Esse projeto se desenvolve na cidade por dois ou três anos e tem o objetivo de capacitar as lideranças para que elas possam levar trabalho missionário às pastorais. Foi uma experiência que conseguimos trazer para o Brasil, mas ainda é um projeto caro, pois as famílias são tiradas de seus trabalhos, e deve haver um salário para sustentar suas famílias. Não conseguimos levar o projeto adiante, mas ele se realiza em todo o mundo.
A partir dessa experiência, deixamos a mensagem para aqueles que ainda não conseguiram sair, deixar o seu espaço, o seu conforto, que seja para onde for, não tenha medo. Vá porque vale a pena.
Nós tivemos uma experiência de três meses no México. Participamos do projeto “Evangelizadores de Tempo Completo”, desenvolvido em várias regiões do mundo. Nosso objetivo era trazer esse projeto para o Brasil, para a diocese de Itaguaí (RJ). Nesse período vivemos naquele país para conhecer o projeto e fazer missões permanentes. Nos surpreendeu muito a religiosidade do povo mexicano. Às 5h da manhã todos levantavam para ter um dia intenso de missões com as famílias. Participamos de uma reforma de um templo lá. Tivemos a experiência de conhecer famílias que retornaram para a Igreja depois de muito tempo distante. Esse projeto se desenvolve na cidade por dois ou três anos e tem o objetivo de capacitar as lideranças para que elas possam levar trabalho missionário às pastorais. Foi uma experiência que conseguimos trazer para o Brasil, mas ainda é um projeto caro, pois as famílias são tiradas de seus trabalhos, e deve haver um salário para sustentar suas famílias. Não conseguimos levar o projeto adiante, mas ele se realiza em todo o mundo.
A partir dessa experiência, deixamos a mensagem para aqueles que ainda não conseguiram sair, deixar o seu espaço, o seu conforto, que seja para onde for, não tenha medo. Vá porque vale a pena.
Rafael, 22 anos
Em julho fiz missões entre o povo Maia, no México, a 300 km de Cancun. Fiquei um mês. Foi uma experiência diferente porque era um lugar que não tem locais apropriados para cuidar da higiene pessoal e que a figura de muitos deuses está bastante presente. Esse era o foco de trabalho. Conforme passou o tempo nós sentimos que eles têm uma necessidade grande de Deus. Percebi que as suas vidas começaram a mudar com a nossa presença. Entendemos depois que o problema deles era a falta de Deus. É um povoado com as famílias completamente desestruturadas, com muitos casos de incesto. Foi motivo de alegria tanto para os missionários como para o povoado o tempo que passamos ali. Esse trabalho mudou minha vida. Hoje eu presto mais atenção nas pessoas que estão ao meu lado. Sou mais humano por causa das missões.
Em julho fiz missões entre o povo Maia, no México, a 300 km de Cancun. Fiquei um mês. Foi uma experiência diferente porque era um lugar que não tem locais apropriados para cuidar da higiene pessoal e que a figura de muitos deuses está bastante presente. Esse era o foco de trabalho. Conforme passou o tempo nós sentimos que eles têm uma necessidade grande de Deus. Percebi que as suas vidas começaram a mudar com a nossa presença. Entendemos depois que o problema deles era a falta de Deus. É um povoado com as famílias completamente desestruturadas, com muitos casos de incesto. Foi motivo de alegria tanto para os missionários como para o povoado o tempo que passamos ali. Esse trabalho mudou minha vida. Hoje eu presto mais atenção nas pessoas que estão ao meu lado. Sou mais humano por causa das missões.
Cristiane Barbosa - FidescoTive
uma experiência com Cristo em Salvador (BA) na paróquia Nossa Senhora
dos Alagados. Eu sempre vivi lá e encontrei Cristo presente em minha
vida desde muito jovem, mas também fui muito marcada pela pobreza. Nessa
paróquia nós recebemos muitos missionários da Fidesco. Eles vão para lá
para fazer projetos conosco, estar presente, participar das pastorais, e
eu pude partilhar com eles várias experiências. Eu me perguntava: como a
pobreza é tão interessante para essas pessoas? Por que elas vêm aqui
para deixar um, dois anos de sua vida para partilhar com os mais pobres?
Que interesse eles têm de partilhar com os mais pobres? Foi aí que eu
despertei para ser missionária. Mas eu não tinha meios, nem estudo, nem
formação para ser missionária. Mas eu comecei na minha comunidade com um
projeto social de alimentação e espaço de estudo para crianças. Depois,
de 2009 a 2011 fui para o Peru trabalhar com pessoas portadoras do
vírus HIV. Lá encontrei uma realidade muito dura e de preconceito que
marcou muito a minha vida. Hoje me sinto mais humana em me relacionar
com o próximo e posso dizer que vale a pena. Se vocês têm esse desejo no
coração, não tenha medo, não se questione muito, vá.
Mary Ferreira e Fábio Aparecido, da Nova Comunidade Aliança de Misericórdia
Mary
Nós fizemos a experiência de morar um ano nas ruas da cidade do Rio de Janeiro. Queríamos experimentar como viviam os irmãos moradores de rua. Para nós foi uma experiência única. O Rio eu só conhecia pela televisão. Morar naquelas ruas, no calor, foi um desafio. O Fábio já morava lá e nos conduziu. Quando lá chegamos não sabíamos onde encontrar papelão para ser nosso colchão e ele nos direcionava em tudo. Muitos achavam que eu não ia dar conta. Mas o interessante é que eles (os moradores de rua) cuidavam de nós. Lembro que quando chegamos um dia a noite eles nos perguntaram se tínhamos o que comer e logo eles nos prepararam a quentinha para nos alimentar. Era difícil se alimentar, cuidar da higiene. Para a mulher é mais difícil. Os homens ainda conseguiam tomar banho na rua. Eu passava de quatro dias sem tomar banho. Vivemos tudo aquilo que eles viviam e eu pude perceber que eles são muito humanos.
FábioNós fizemos a experiência de morar um ano nas ruas da cidade do Rio de Janeiro. Queríamos experimentar como viviam os irmãos moradores de rua. Para nós foi uma experiência única. O Rio eu só conhecia pela televisão. Morar naquelas ruas, no calor, foi um desafio. O Fábio já morava lá e nos conduziu. Quando lá chegamos não sabíamos onde encontrar papelão para ser nosso colchão e ele nos direcionava em tudo. Muitos achavam que eu não ia dar conta. Mas o interessante é que eles (os moradores de rua) cuidavam de nós. Lembro que quando chegamos um dia a noite eles nos perguntaram se tínhamos o que comer e logo eles nos prepararam a quentinha para nos alimentar. Era difícil se alimentar, cuidar da higiene. Para a mulher é mais difícil. Os homens ainda conseguiam tomar banho na rua. Eu passava de quatro dias sem tomar banho. Vivemos tudo aquilo que eles viviam e eu pude perceber que eles são muito humanos.
Fizemos
essa experiência com o propósito de viver a Palavra de Deus com eles.
Não procurávamos a nossa comunidade de origem. Não procurávamos
paróquias para anos apoiar em nosso serviço, na missão. A gente queria
anunciar o Evangelho puro sem dizer eu sou missionário. Por isso foi uma
experiência profunda para nós, porque falar com os irmãos, acolhê-los
era muito profundo. Lembramos que havia crianças que dormiam perto de
nós e queriam ficar a noite inteira do nosso lado. Na verdade eles nos
acolheram e depois começaram a nos seguir. A gente rezava, partilhava a
Palavra de Deus juntos e aqueles que sentiam a necessidade de sair
daquela vida, a gente procurava junto com eles comunidades que podiam
acolhê-los. Foi um rico processo de conversão.Fonte: POM
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