O
culto dos Santos e a estima de suas relíquias são contestadas pelos
protestantes; eles julgam haver nisto graves desvios doutrinários, que
atribuem à Tradição católica. Mas essa prática é plenamente justificada
pela Tradição cristã mais antiga, apoiada na Bíblia, desde o Antigo
Testamento. 3
Com a certeza de que os
Santos já estão no Céu, a Igreja, sempre assistida pelo Espírito Santo
(cf Jo 16, 12-13), já nos seus primeiros tempos, começou a prestar
veneração particular àqueles falecidos que tiveram uma vida confessando
Jesus Cristo, especialmente pelo martírio.
O culto de veneração (não
de adoração) dos Santos foi até o século XVI prática tranquila e óbvia
entre os cristãos. Note bem, durante dezesseis séculos não houve
contestação a esta prática. O Concílio de Trento (1545-1563) confirmou a
validade e importância deste culto, ao mesmo tempo que ensinou a evitar
abusos e mal-entendidos muitas vezes enraizados na religiosidade
popular. Também o Concílio do Vaticano II (1963-65) reiterou esta
doutrina, mostrando o aspecto cristocêntrico e teocêntrico do culto aos
santos.
A comunhão entre os
membros do povo de Deus não é extinta com a morte; ao contrário, o amor
fraterno é liberto de falhas devidas ao pecado na outra vida, o que faz
esta união mais forte. Deus, que gera esta comunhão, proporciona aos
Santos no céu o conhecimento de nossas necessidades para que eles possam
interceder por nós, como intercederiam se estivessem na Terra. Santa
Terezinha do Menino Jesus, dizia que “passaria a sua vida na Terra”;
isto é, viveria o Céu intercedendo pelos da Terra. São Domingos de
Gusmão, fundador dos Dominicanos, ao morrer dizia a seus frades que no
Céu ele lhes seria mais útil do que na Terra.
Uma das orações
eucarísticas da santa Missa diz que “os Santos intercedem no Céu por nós
diante de Deus, sem cessar.” Que maravilha!
Fonte: cancaonova
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