A razão teológica pela qual a Igreja batiza crianças é que o Batismo
não é como uma matrícula em um clube, mas é um renascer para a vida nova
de filhos de Deus, que acontece mesmo que a criança não tome
conhecimento do fato. Este renascer da criança a faz herdeira de Deus. A
partir do Batismo a graça trabalha em seu coração (cf. 1Jo 3,9), como
um princípio sobrenatural. Elas não podem professar a fé, mas são
batizadas na fé da Igreja a pedido dos pais.
Santo Agostinho explicava bem isto: “As crianças são apresentadas
para receber a graça espiritual, não tanto por aqueles que as levam nos
braços (embora, também por eles, se são bons fiéis), mas sobretudo pela
sociedade espiritual dos santos e dos fiéis… É a Mãe Igreja toda, que
está presente nos seus santos, a agir, pois é ela inteira que os gera a
todos e a cada um” (Epíst. 98,5).
Nenhum pai espera o filho chegar à idade adulta para lhe perguntar se
ele quer ser educado, ir para a escola, tomar as vacinas, etc. Da mesma
forma deve proceder com os valores espirituais. Se amanhã, esta criança
vier a rejeitar o seu Batismo, na idade adulta, o mal lhe será menor,
da mesma forma que se na idade adulta renegasse os estudos ou as vacinas
que os pais lhe propiciaram na infância.
Fonte: cancaonova/blog do professor Felipe Aquino
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