Por Fúlvio Costa
06 / Fev / 2013 09:47
“A Missão num mundo globalizado” é o tema de discussão
desde segunda-feira 4, do Curso de Extensão em Missiologia e Animação
Pastoral (3º módulo – Testemunhas a serviço do Reino) que acontece no
Centro Cultural Missionário (CCM) em Brasília. Até o fim do dia de hoje,
6, conta com a orientação do mestre em filosofia da educação,
doutorando em filosofia e psicanálise, padre Júlio César Werlang.
O sacerdote diz que é importante estudar a dimensão missionária na atualidade por que é nesse meio que o missionário está inserido e é aí que mora os seus maiores desafios na evangelização. “Fizemos uma análise da cultura pós-moderna e da mudança de época que estamos todos inseridos. Além de tematizar o processo de globalização, dei ênfase à questão ambiental, ética e social. É indispensável esclarecer os desafios da nossa época para a vida missionária”, afirmou.
Padre
Júlio relata que entender a conjuntura mundial é o ponto de partida para
o missionário que quer ter êxito em seu trabalho. “O missionário
precisa entender o mundo à sua volta considerando a consciência
eclesial, as fronteiras da missão, as situações de pobreza e miséria, os
grandes centros urbanos, as realidades emergentes”.
O
missionário padre Patrick Samuel Batista, da diocese de Luziminas (MG)
atuante há quatro anos em Nova Mamoré, Guajará-Mirim (RO), fronteira com
a Bolívia, também participa do curso de missiologia oferecido pelo CCM.
Ele destaca que esse modelo de formação favorece o trabalho que é
realizado na prática missionária. “Participar desse curso é muito
importante para alargar os horizontes, confirmar a nossa caminhada
missionária e ter certeza que esse é o caminho que a Igreja propõe a
todos nós, a partir do Evangelho”.
Para a
coordenadora do Conselho Missionário (COMIDI) da arquidiocese de
Brasília, Déa Cláudia Duarte Queiroz, a formação lembra a importância da
missiologia para a prática da missão nos diversos aspectos e ambientes.
“Além da missão ad gentes, temos o dever de praticar a missão em nosso
país, comunidades, dioceses, através dos leigos, padres e religiosos.
Esse curso vem nos lembrar disso, além de proporcionar uma visão ampla
da complexidade do mundo em que o missionário é desafiado a atuar”.
A
abertura para o novo é o diferencial do curso, segundo o missionário
leigo Orly Côco, da diocese de Cachoeiro do Itapemirim (ES). “A abertura
para acolher o novo é o ponto mais importante desse curso. Aqui nós
ampliamos a visão de mundo, os vários horizontes, a questão da
inculturação e os desafios dos missionários diante das realidades
diversas”, sublinhou. Ele aponta ainda os maiores desafios do
missionário na atualidade. “Está no contexto neoliberal, pós-moderno,
que trazem outros atrativos e o desafio cresce quando se percebe que as
pessoas passam a ter olhares diferentes em relação a dado da fé, ou
seja, as pessoas, hoje, estão mais individualistas, mais resguardadas,
fechadas em suas próprias crenças, partilhando pouco do Reino que se dá
no coletivo, na vida comunitária”.
Projeto comunitário de missão
Nesta
quinta-feira, 7, tem início o último tema do curso. É orientado pelo
secretário executivo do CCM, padre Estevão Raschietti. “Projeto
comunitário de missão” será dividido em vários subtemas como “Práticas e
compromissos para uma Igreja em estado permanente de missão. Elementos
para uma iniciação à ação e à animação missionária”; “Caminhos e
caminhantes para uma Igreja em estado permanente de missão. Elementos
para uma espiritualidade da ação e animação missionária”; “Rumo a um
projeto comunitário de missão. Elementos para um plano de ação e
animação missionária”. Fonte: POM
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